Resenha - Mourning Sun - Fields Of The Nephilim
Por Bruno Sanchez
Postado em 01 de julho de 2007
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Mesmo que desconhecidos do grande público brasileiro, o Fields Of The Nephilim é uma banda inglesa "cult", especialmente na Alemanha, com uma legião de fãs fiéis, não importa se os caras somem por anos ou até mesmo décadas.

Para quem não conhece, o Fields foi formado em 1984 na pequena cidade de Stevenage, no Leste da Inglaterra e passou por inúmeras turbulências e trocas de formações ao longo das últimas décadas. Mesmo com todos os problemas, eles emplacaram o single ‘Moonchild’ nas paradas inglesas em 1988 e daí para frente, quase todos os seus trabalhos tiveram boas repercussões.
O estilo dos caras é um Rock / Metal Gótico com fortes influências do Doom Metal (Candlemass, especialmente) e nomes mais díspares como o Sisters Of Mercy ou Depeche Mode.
Em 1991, com a saída do exótico vocalista Carl McCoy para seguir projetos mais pesados (inclusive um chamado apenas Nephilim), a banda suspendeu suas atividades e o nome do Fields Of The Nephilim acabou apenas na memória dos devotos fãs.
Por volta de 2002, McCoy resolveu que o nome original, Fields Of The Nephilim, pertencia a ele e, sem o consentimento dos seus antigos companheiros, começou a trabalhar em cima de um novo álbum, justamente o ‘Mourning Sun’ em questão, lançado em 2005 na Europa, 2006 nos EUA e no Brasil há pouco tempo pelas mãos da Hellion Records.
Após esse histórico, a primeira coisa que pode ser dita sobre ‘Mourning Sun’, é que temos um disco bem diferente, talvez estranho pelo excesso de simbolismos. Se você já não é um fã de Metal Gótico (e pelo amor de Deus, não confundir com o que se convencionou chamar de gótico, hoje em dia) ou Doom Metal, também não é este CD que vai mudar sua vida.
Carl, como de costume, se supera ao criar toda uma atmosfera mística em torno de seu trabalho e, ao contrário dos trabalhos anteriores da banda que tinham a guitarra e o saxofone (!) como carro chefe. Aqui quem comanda a brincadeira são as linhas de teclado no melhor estilo Type O Negative da fase ‘Bloody Kisses’.
Sua voz também não tem nada de excepcional, mas é única e combina com o estilo intrincado de composições: sussurros em algumas faixas e gritos quase guturais em outras, lembrando o que ele já fez no Nephilim nos anos 90.
Sim, o estilo da banda foi preservado mesmo com a ausência de todos os integrantes originais, com exceção de McCoy. Quem já era fã, vai se identificar com a ótima introdução atmosférica ‘Shroud’, seguida por ‘Straight To The Light’, gótica até a alma ou a cadenciada ‘Requiem’, lembrando bastante os trabalhos antigos. Mas temos novidades também como a rápida e "moderninha" ‘Xiberia’.
No geral o álbum é curto, bem produzido (pelo próprio Carl em um estúdio ambulante) e as músicas são variadas, mas fica um pouco aquela sensação de "excesso de tudo" nas composições.
A versão nacional ainda vem com a faixa bônus ‘In The Year 2525’. Outra que é bem diferente dos padrões da banda e lembra um pouco Rammstein.
Mas vale ou não a pena comprar o álbum? Isso depende muito do seu gosto pessoal. Se você já está acostumado com as maluquices de McCoy, vai fundo. Se você não conhece nada do gênero e ficou apenas curioso com a resenha, pode se decepcionar com o experimentalismo.
Faixas:
1. Shroud (Exordium)
2. Straight to the Light
3. Nem Gold Dawn
4. Requiem (Le Veilleur Silencieux)
5. Xiberia (Seasons In The Ice Cage)
6. She
7. Mourning Sun
8. In theYear 2525
Outras resenhas de Mourning Sun - Fields Of The Nephilim
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
10 guitarristas impossíveis de serem copiados, conforme o Metal Injection
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A capa do Iron Maiden que traz nove bandeiras de países envolvidos na Guerra Fria
Dave Mustaine acha que último disco do Megadeth é o melhor da banda em décadas
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
O chef demitido após fazer foto com Axl Rose; "Valeu, vale e vai valer até meu último dia"
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock

Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


