Resenha - Vampires In The Church - St. Madness
Por Thiago El Cid Cardim
Postado em 25 de janeiro de 2007
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A faixa título do novo disco do quinteto norte-americano St.Madness, "Vampires In The Church", tem uma letra que deixa bem claro do que eles estão falando – pelo menos nas entrelinhas, obviamente. Quem são as grandes sanguessugas do atual cenário mundial, caríssimo leitor? Você já tem a resposta na ponta da língua. Para os brasileiros, no entanto, os próprios músicos do St.Madness são verdadeiros "vampiros na igreja", corpos estranhos na nada criativa (e puritana) cena musical estadunidense. Deixe os rótulos de lado. O St.Madness faz heavy metal. E ponto final. Do tipo forte, energético, cru, sem frescuras, sem hip hop, sem elementos eletrônicos, nem pop e nem "new". Só heavy metal. Pesado, muitíssimo bem-executado e, acima de tudo, bem-humorado. Quer mais alguma coisa?

O visual corpse paint e os codinomes de gosto duvidoso podem enganá-lo a princípio. Não se trata de uma banda de black metal e tampouco de uma "banda piada". Oriundos do Arizona, a proposta do St.Madness fica ainda mais clara neste quinto álbum de estúdio, o primeiro com a nova formação – na qual o frontman e líder Prophet e o baterista Dark Soul recebem o reforço de Altar Boy (guitarra), Mad Marvin (guitarra) e Uno Mosh (baixo). Uma sonoridade que varia do metal tradicional da dobradinha Iron Maiden/Judas Priest (como na climática faixa-título e em "Until Death") ao thrash violento da trinca ianque Metallica/Megadeth/Anthrax ("Speaking In Tongues", "Missing Girl’s Body Found", "Expressionless"), com uma deliciosa pitada de letras irônicas e sacanas. E o mais interessante de tudo é que a mistura esbanja criatividade e doses fartas de personalidade.
No meio da porradaria, ainda há espaço para o inacreditável riff circense metalicamente transfigurado de "Carl The Clown", para a veloz e quase punk "I Cut Myself" e sua letra "apaixonada" (?), para o "metalcore" alucinado e para bater cabeça de "Kill", para os traços de Black Sabbath em "Ever After" e para a surpreendente "Covered In Blood Again", um incrível blues acústico sobre um assassino que tem prazer em matar e no qual a voz de Prophet demonstra ecos de David Lee Roth. Mesmo assim, no entanto, tamanha diversidade sonora dá origem a um produto final bem coeso e indubitavelmente heavy metal.
Outros destaques são o hino "Arizona", uma semibalada que não demora a se tornar pura pancadaria e escrita para homenagear a terra natal do St.Madness, e a letra safadíssima de "Head", uma verdadeira exaltação ao sexo oral. A cereja do bolo é o cover de "Walk", canção do Pantera que acabou incluída no disco como uma homenagem ao saudoso Dimebag Darrell. Embora a interpretação do grupo não seja lá muito diferente da original, pelo menos é trazida com sinceridade e fidelidade, tornando-se um acréscimo perfeito para o restante da bolacha.
"Vampires in The Church", no fim das contas, é um disco que funciona como prova inconteste de que ainda existe vida inteligente na bagunçada (e indigesta) salada de frutas que é a indústria musical da Terra do Tio Sam.
Line-up:
Prophet – Vocal
Altar Boy - Guitarra
Mad Marvin – Guitarra
Uno Mosh - Baixo
Dark Soul – Bateria
Tracklist:
01. Vampires In The Church
02. Speaking In Tongues
03. Arizona
04. Covered In Blood Again
05. Return To Madness
06. Carl The Clown
07. Head
08. Ever After
09. Walk
10. Missing Girl’s Body Found
11. I Cut Myself
12. Expressionless
13. Kill
14. Until Death
15. Just Say Goodbye
Outras resenhas de Vampires In The Church - St. Madness
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Site cita Alírio Netto como novo vocal do Angra mas depois apaga matéria
5 fortes candidatos a assumir os vocais do Angra após a saída de Fabio Lione
O que pode ter motivado a saída abrupta de Fabio Lione do Angra?
Poucas horas após deixar o Arch Enemy, Alissa White-Gluz lança primeira música de álbum solo
James Hetfield não ficou feliz com o visual adotado pelo Metallica nos anos 90
A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
As três linhas de baixo favoritas de Flea, do Red Hot Chili Peppers
Arch Enemy anuncia a saída da vocalista Alissa White-Gluz
As duas preocupações de Rafael Bittencourt com o anúncio do show da formação "Rebirth"
Imprensa internacional repercute saída de Fabio Lione do Angra e destaca surpresa
Os 3 clássicos dos anos 1980 que você não precisa sentir culpa por amar
Fabio Lione e Angra comunicam fim da parceria
O cantor "sensacional" que Robert Plant sabe que poderia tê-lo substituído no Led Zeppelin
Plantão Médico Deep Purple: 6 membros atuais e antigos que convivem com problemas de saúde
Gregório Duvivier: "Perto de Chico Buarque, Bob Dylan é uma espécie de Renato Russo!"
Slipknot: Qual é o significado e a tradução do nome da banda?
A banda brasileira que impressionou Sepultura por som tão bom que parecia estrangeira
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



