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Resenha - Fooled Eyes - Thessera

Por Bruno Sanchez
Postado em 20 de outubro de 2006

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Antes de começar, vamos separar as coisas para evitar futuras decepções: se você não tem paciência para músicas com mais de 5 minutos, solos intrincados e viradas, então pare por aqui porque o Thessera não será do seu agrado. Agora, se você gosta de Metal Progressivo – mas acima de tudo - tem bom gosto, prepare-se porque esses mineiros de Juiz de Fora têm tudo para ganhar uma cadeira cativa no seu coração com o álbum de estréia, "Fooled Yes".

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O CD foi lançado de maneira independente, mas você já começa a perceber o cuidado com o produto pelo encarte de 20 páginas. Muito bem feito, com diversas fotos e imagens coloridas enigmáticas (se encaixando no contexto da história que comento abaixo), além das letras de todas as músicas. Um capricho raro para um debut.

Até aí, tudo estaria perdido se o som dos caras fosse chato e apenas mais um em meio ao vasto mar de bandas, mas felizmente, o Thessera trouxe competência de sobra para a cena.

O trabalho é conceitual e conta a história de um artista plástico que desmaia em sua festa de noivado. Durante o "transe", ele revive os principais momentos de sua vida e passa a se questionar sobre tudo que aconteceu. De certa forma, o lado melancólico em alguns momentos e o final nada feliz acabam nos remetendo a outro clássico instantâneo: "Metropolis Pt II: Scenes From A Memory" do Dream Theater, mas as comparações param por aí porque o som dos brasileiros tem uma identidade própria muito forte.

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O mais legal da banda, é que eles não se prendem as influências de sempre, como o progressivo dos anos 70 (Rush, Yes e Pink Floyd) e trazem diversos elementos inovadores a sua musicalidade, desde o Psicodélico dos 60 até o Hard Rock (sem contar o Jazz, Blues e até um pouco da música brasileira).

Todo o instrumental é fantástico, com destaque para o tecladista Rodolfo Amaro e suas harmonias. O vocal de Marcelo Quina também é muito bom e sem cometer os exageros no agudo, comuns ao gênero e também ao melódico. Em determinados momentos o cara lembra um pouco o estilo Russel Allen a frente do Symphony X.

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Fica difícil aqui definir o verdadeiro estilo (classificar simplesmente como ‘Prog Metal’ é algo muito restrito para o som do Thessera, acredite). Temos a balada ("The Leading Roles"), faixas mais experimentais ("Inverse"), até músicas mais pesadas e diretas (a ótima "Party´s On").

O único probleminha é na produção do álbum, que destaca alguns sons mas deixa outros um pouco abafados (como é o caso da bateria em determinadas músicas), mas como o disco foi lançado de maneira totalmente independente e todos os custos saíram do bolso dos integrantes, eles merecem um desconto, até porque isso não chega a atrapalhar a qualidade final do trabalho em si, é apenas um detalhe para os fãs mais chatos.

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Você é fã de música progressiva de qualidade? Então vá atrás de "Fooled Eyes", que não irá se arrepender. Um trabalho competente e bem feito. Agora estou curioso para ver um show do Thessera e toda a complexidade do álbum reproduzida ao vivo.

(2006 – ProgRock Records nos EUA / Hellion Records - Brasil)

Track List :
Le Chef D´oeuvre
The Gallery
Broken Psyches
Candlefire
The Leading Roles
Party´s On
Inverse
Conflagration
Heaven´s Gate

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Sobre Bruno Sanchez

Paulistano, 26 anos, Administrador de Empresas e amante de História. Bruno é colaborador do Whiplash! desde 2003, mas seus textos e resenhas já constavam na parte de usuários em 1998. Foi levado ao Rock e Metal pelos seus pais através de Beatles, Byrds e Animals. Com o tempo, descobriu o Metallica ainda nos anos 80 e sua vida nunca mais foi a mesma. Suas bandas preferidas são Beatles, Metallica, Iron Maiden, Judas Priest, Slayer, Venom, Cream, Blind Guardian e Gamma Ray.
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