Resenha - Glorious Burden - Iced Earth
Por Sílvio Costa
Postado em 08 de abril de 2004
Agora que o hype em torno da união do "ex-vocal do Judas Priest" com uma das mais incríveis bandas de música pesada do lado de cá do Atlântico já diminuiu, parece ser possível analisar este disco do ponto de vista puramente musical, sem paixões prejudiciais.
Talvez este seja o trabalho mais bem acabado do Iced Earth, independente da presença de Tim Owens. Talvez a presença de um vocalista mais "heavy" e menos ligado a performances melódicas (como era o caso do fantástico Matt Barlow) tenha contribuido para deixar o disco muito pesado, sem perder aquelas características melódicas que sempre marcaram a banda. Eu arriscaria dizer que este é o disco "mais Blind Guardian" do Iced Earth.
A temática do álbum é a paixão de Jon Schaffer pela História (em especial pela história do seu país) e os temas são desenvolvidos com muita inteligência, sem soarem, em momento algum, cansativos ou doutrinários. Trata-se de uma aula suave de história norte-americana, com algum exagero patriótico perfeitamente aceitável em tempos de patrulhamento ideológico elevado como esses em que vivemos.
Do ponto de vista musical, o destaque continua sendo, como nos três últimos álbuns do Iced Earth, o maravilhoso trabalho do baterista Richard Christy, além, é claro, das altíssimas doses de peso providenciadas pela afiadíssima guitarra de Schaffer. O disco ganha tons melódicos com a adição de backing vocals grandiosos (tipo aqueles do Blind Guardian) e bases instrumentais muito bem construídas.
Quanto à performance de Tim Owens, isto merece considerações à parte. Ele, que sempre cantou maravilhosamente bem, se supera neste "The Glorious Burden". Qualquer dúvida quanto a isto, ouça "Attila" ou "Waterloo", só para citar dois exemplos. Além da carga melódica que ele acrescenta a qualquer música que canta (mesmo nos temas mais pesados), todas as músicas ganharam personalidade própria. Não ficou parecendo, como no projeto paralelo de Jon Schaffer com Hansi Kürsh (Blind Guardian), uma mistura amórfica. Ao contrário, há aqui um material muito característico do Iced Earth, onde é possível encontrar todos aqueles elementos que nos fazem apreciar a banda ao longo destes anos com dois adicionais: a maturidade de Jon Schaffer como compositor e a incrível voz de Tim Owens.
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