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Resenha - Motley Crue - Motley Crue

Por Jeferson Alan Barbosa
Postado em 30 de outubro de 2003

Após o lançamento do ótimo e multi platinado DR. Feelgood e da coletânea "Decade of Decadence" o Motley Crue decide despedir o vocalista Vince Neil que por sua vez já estava cansado das exaustivas tours, além de começar a sentir falta de uma vida mais familiar, sem falar das briguinhas internas de ego que acontecem em toda grande banda.

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Para encurtar a estória, graças aos Deuses do Rock, o escolhido foi o americano John Corabi, que havia deixado uma ótima impressão em sua ex-banda o "The Scream".

Este trabalho do Motley é diferente de tudo o que a banda já havia feito, quase tudo mesmo (ver final da resenha).

As guitarras estão mais sujas, a bateria mais cadenciada e pesada, e o vocal potente de Corabi, que de longe é superior ao de Vince Neil, sem falar que Corabi ainda colaborou como guitarrista a este trabalho, inclusive dando mais espaço para Mick Mars soltar seus riffs pesados.

O começo é arrasador com a pesadona Power To The Music, um hardão de 1º que mistura algo de Rap (não se assustem os mais conservadores) mais é isso mesmo! uma fusão perfeita feita por uma banda de categoria (me desculpem aqueles que taxam o Motley como Metal farofa).

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Com esse inicio devastador ficamos super curiosos com o que viria a seguir, e os caras não decepcionam em nenhum momento, preparem os ouvidos é porrada atrás de porrada.

Mick Mars está certeiro, tocando como nunca, as bases são super pesadas e seus solos matadores.

Uncle Jack e Hooligans Holiday seguem o ritmo, até quando as coisas parecem que iriam se acalmar com a introdução de Misunderstood, com Corabi mostrando que também sabe compor e cantar ótimas melodias, fazendo em seguida quase chover com sua participação ao lado de Mr. Glenn Hughes, que empresta sua potente voz a essa maravilhosa música, perfeita!

Loveshine é curta e traz um pouco de calma ao cd, lembrando em sua introdução, Ain’t Gonna Cry no More do Whitesnake.

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Poison Apples tem um clima bem rock n’ roll, inclusive com um pianinho enrustido de fundo, super bacana, mostrando uma diversidade de músicas inédita em um único cd da banda.

Hammered é meio morna, não empolga como as outras mas, não deixando porém o pique do cd cair.

A surpresa maior fica por conta de 8Til Death Do Us com seu clima meio psicodélico levando o Motley a uma fronteira onde nunca esteve antes. Mick Mars está impecável!

Welcome To The Numb soa um pouco como Aerosmith, com Corabi tocando até gaita e mostrando todo seu talento vocal.

Smoke The Sky é puro heavy metal e mantém lá em cima a sonoridade pesada do CD, simplesmente demais.

Dropping Like Flies parece ser uma seqüência de Loveshine, calma também, mas com um refrão mais pesado.

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Para fechar o CD com chave de ouro e como não podia faltar aos trabalhos do Motley, a linda balada Driftaway, que acaba nos permitindo perceber um único ponto em comum em relação a outros trabalhos da banda, as belas baladas que sempre estiveram presentes nos CDs do Motley Crue.

Pena que Jonh Corabi não durou muito no Motley, pois com certeza teria ainda muito a oferecer à banda, talvez devido a esse fato é que o Motley só foi encontrar novamente sua identidade muito tempo depois com o lançamento do albúm New Tatoo.

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Sobre Jeferson Alan Barbosa

Comecei a ouvir Rock aos 12 anos, no inicio dos anos 80, meu primeiro disco foi "PETER FRAMPTON Special" mas foi através do extinto programa "Som Pop" exibido pela TV Cultura que passei a conhecer aquelas que seriam as minhas bandas preferidas, KISS e IRON MAIDEN. Como não tinha dinheiro, a única solução era pedir discos emprestados aos amigos, sendo que os primeiros foram: Fireball e Made In Europe (DEEP PURPLE), Saint n' Sinners (WHITESNAKE), Heaven and Hell (BLACK SABBATH), Iron Maiden (IRON MAIDEN) e Killers (KISS). Possuo um vasto acervo pessoal que incluem fotos, pôsteres e reportagens de muitas bandas, sendo o maior deles o da banda KISS. Assisti a inúmeros shows mas, destaco entre eles como sendo os de maior importância, as duas primeiras edições do Rock in Rio (85 e 91), onde assisti o melhor show da minha vida, o JUDAS PRIEST na tour do disco "Painkiller".
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