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Resenha - Against The Law - Stryper

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 10 de abril de 2003

Ano: 1990

O mais controverso álbum da carreira do Stryper e o mais problemático com certeza. O logo tinha mudado, as letras já não traziam claras referências a Deus ou a salvação, um álbum de puro protesto. Como os próprios integrantes da banda disseram, eles não eram o melhor exemplo de cristãos durante a gravação do álbum.

Bruce Dickinson

Segundo eles:

"Nós estivemos fazendo uma captura pela liberdade musical" (Robert Sweet-baterista)

"Mas nós nunca podíamos ter deixado isso ser mal interpretado como uma mudança em nossa fé. Nossa música vem do coração. Nós, não sentamos e dizemos, ‘Bem, isto vai soar legal no rádio, vamos escrevê-la desse jeito’. Jamais. Sucessos são ótimos, mas a coisa mais importante para nós é sermos honestos com nós mesmos e para com nossos fãs, e escrever a música a qual nos foi dada a habilidade para fazer. Nós somos soldados sob o comando de Deus". (Michael Sweet – vocalista e guitarrista)

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Fora as trágicas conseqüências por ser mal interpretado e ter causado o fim da banda, no campo musical o álbum é fantástico. Trata-se do álbum do Stryper com melhor produção e mixagem, excelentemente produzido, e depois do bom mas melódico em excesso, "In God We Trust", "Against The Law" era tudo o que um verdadeiro fã estava esperando. É como uma volta às origens, só que com a modernidade necessária, levando a um resultando sonoro espetacular.

O peso dos riffs estava de volta, os solos característicos também. Oz Fox levou essa "captura musical" a sério. O "homem-selvagem" do Stryper tinha voltado com força total. A banda abandonou os backing vocals mais clássicos e incorporou vozes mais fortes e encorpadas. Michael Sweet estava cantando como nunca. Tudo isso levou a um álbum homogeneamente pesado.

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A música que dá título ao petardo, "Against The Law", já começa com as batidas de Robert Sweet seguida de um riff violento de Oz Fox e quando Michael grita "Day After Day"... sim, meu amigo, pode comemorar, talvez por esta ter sido a primeira música que eu ouvi deles, tenha me marcado bastante, mas o que se segue é uma música singular, perfeita.

"Two Time Woman" consegue mostrar perfeitamente a evolução que a banda procurou e que alcançou, dotada de um refrão espetacular, contagiante. Impossível não cantar junto. O jogo de vozes ficou simplesmente perfeito, histórico.

"Rock The People" fala sobre a paixão de tocar, e tem aquela levada que eles fazem tão bem. Nota-se claramente o perfeito entrosamento entre os músicos, a bateria muito presente e destacada, todos os integrantes passam entrosamento, alegria e técnica muito grandes.

"Two Bodies" intercala momentos mais pesados com outros mais calmos, um solo fantástico, e Michael Sweet arrebentando os pulmões (apesar de não ser aqui que ele mostra o seu máximo).

"Not That Kind of Guy" é mais rápida, guitarras distorcidas e solos magistrais, riffs fortes e trabalho de vozes singular, e acaba com uma risada sarcástica.

"Ordinary Man" começa com riff espetacular, um daqueles do mesmo quilate de "Smoke on The Water", Oz Fox incansável, Michael Sweet mostrando toda sua técnica com várias mudanças no tom de voz. Para não ficarmos elogiando Michael a cada música, vamos simplificar dizendo que ele é um daqueles vocalistas lendários, que figura facilmente entre os melhores de todos os tempos.

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"Lady" é uma baladaça com uma levada acústica, mas não tão melosa como "My Love Always Show". Bela ao extremo,além de você sua namorada também vai gostar.

Sabe aquele tipo de música com uma batida forte da bateria marcando o ritmo, acompanhada daquele solo anormal e baixo galopante? "Caught in The Middle" prova que Against The Law tem o melhor trabalho de vozes que o Stryper já fez, nem melosos nem guturais.

"All for One" começa com uma linda passagem no violão, que se contra-balança com o peso da guitarra. O refrão é algo esplêndido: Todos por um e um por todos

Não é o modo que deveria ser?
Nós sempre mudaremos este mundo?
Unidos nós estaremos de pé
Unidos nós nunca cairemos
Se for todos por um e um por todos

Bruce Dickinson

Precisa comentar? Além de tudo, eles fazem excelentes letras, falando de Deus ou não.

A última música, "Rock The Hell Out Of You" é raivosa, a mais rápida, pesada e violenta do álbum. Um grito de "Nós fazemos Heavy Metal"! A sua letra é um hino de batalha, ainda que seja, nas entrelinhas, sobre o exército de Deus: "Com exércitos do céu, Nós lutaremos com fúria, Está tudo no ritmo e o fogo vem do tablado."

Aula de peso, aula de técnica, aula de letras, aula de atitude. "Against The Law" é o Stryper em ótima forma. Se as letras seguissem a mesma linha de "Soldiers Under Command" ou "To Hell With The Devil" este álbum seria considerado o melhor da sua carreira. Pena que niguém entendeu o que a banda estava querendo mostrar.

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Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
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