Resenha - Nº 4 - Stone Temple Pilots
Por Ricardo Augusto Sarcinelli
Postado em 09 de dezembro de 1999
Reestabelecido em sua line-up após incontáveis e sucessivos problemas do vocalista Scott Weiland com as drogas, o STP apresenta um dos álbuns mais aguardados do ano. O frenesi em torno da banda não é em vão, uma vez que eles foram responsáveis por uma revigoração no rock quando este apanhava feio em função da reafirmação do metal e pelo esfacelamento do movimento que convencionou-se intitular "grunge", ao qual a banda sempre foi sumariamente vinculada. Mesmo donos de um estilo único e particular, como a grande maioria dos grupos deste movimento, o Stone atravessou um mar de críticas estúpidas e comparações idem, de profissionais que conheciam tanto de música quanto eu de balet, até conseguirem finalmente o respeito da mídia. Nada de novo portanto no maravilhoso mundo do show business...
Stone Temple Pilots - Mais Novidades

Nº. 4 apresenta uma banda reconfigurada, rearranjada e pesada, muito pesada. À primeira audição o álbum soa um tanto difícil aos ouvidos acostumados aos três volumes anteriores, mas logo tudo se transparece. É exatamente esta abordagem mais agressiva - principalmente nas três primeiras faixas ("Down", "Heaven & Hot Rods" e "Pruno"), com a guitarra de Dean DeLeo afinada em ré (isso é lindo!) - o grande diferencial deste álbum. A facilidade com que Scott Weiland desfila entre o caótico e o poético é algo quase que sobrenatural, onde belíssimas melodias se interpõem ao calipso rocker concebido sobre a sempre formidável cozinha de Robert DeLeo (Baixo) e Eric Kretz (Bateria). A competência e técnica dos músicos é evidenciada a cada acorde, impossibilitando qualquer destaque singular, embora canções como "Down" (primeiro single), "Church On Tuesday", "Sour Girl" , "Glide" e "I Got You" sejam realmente capazes de tocar os céus.
Este quarto volume, embora mantendo o estilo particular da banda, não é uma continuação dos trabalhos anteriores, que possuíam muitos aspectos comuns entre si, mas uma reafirmação de uma das bandas que, se conseguir exorcizar seus próprios demônios, tem todos os requisitos para se tornar uma das mais influentes da próxima década.
Sim, eles possuem hábitos um tanto estranhos como abusar das maquiagens (no sentido feminino da coisa mesmo!), usar roupas escandalosas ou ainda comporem a quatro, pelados numa banheira. Talvez eles estejam rindo disto tudo, talvez sejam um bando de viados mesmo. Estes são os Stone Temple Pilots, e não o seriam se fossem diferentes. Guardemos nossos preconceitos e antigos dogmas no milênio que se finda. Para compreendermos o futuro, não precisaremos mais destas ferramentas.
Nota: 8 (oito)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A surpreendente balada que era a música favorita de todos os tempos de Ozzy Osbourne
O álbum que metade do Black Sabbath concordava ser o pior da banda
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro

A música escrita em violão de 25 dólares que virou um dos grandes clássicos dos anos 90
Guitarrista do Stone Temple Pilots reflete sobre morte de Scott Weiland
5 rocks internacionais assumidamente influenciados pela bossa nova
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


