Resenha - Time Of The Oath - Helloween
Por Fire Power
Postado em 13 de abril de 2003
Um álbum semi-temático que conta a história das profecias de Nostradamus. Neste álbum encontra-se uma banda em plena evolução, com um som mais abrangente, não tão fixado no Heavy Metal Melódico, passando um pouco pelo Hard Rock como em "A million to one", "Wake up the Mountain" e "Anything my mama don't like", pelo Rock/Heavy Progressivo, nas excelentes "Mission Motherland" e "The Time of The Oath". Temas clássicos do Helloween logicamente estão presentes como "We Burn", "Steel Tormentor", "Kings Will Be Kings", "Power" (grande sucesso da banda, já entrou para história!) e a pesadona "Before the War".
A performace dos músicos é excelente. Andi Deris surpreende com interpretações realmente emocionantes, com linhas de vocais criativas, contrapondo as belas melodias em temas como "Forever and One (Neverland)" e "If I Knew", com agressividade, como em "Before the War".
Michael Weikath é ,como sempre, essencial para o Helloween! Solos recheados de melodias "bluesy" e riffs como nos velho tempos, mas seu forte são as composições! "Power" (sempre ela!!!) é um clássico, que é considerada por boa parte dos fãs a melhor música do Helloween.
Roland Grapow é puro virtuosismo. Solos velozes e limpídos, riffs com influências de Led Zeppelin e Deep Purple enriquecem o trabalho deste fabuloso guitarrista!
Uli Kusch e Markus Grosskopf fazem uma "cozinha" sólida e onipresente. Markus com sua linha de baixo característica, carece um pouco de técnica, mas compensa com a criatividade que transborda das quatro cordas de seu Baixo. Uli despensa comentários, simplesmente magnifico, rápido e preciso, com variações de tempo muito bem encaixadas como em "Mission Motherland".
Um álbum muito bom, não no nível dos Keepers, mas que agrada bastante!
We Burn - Mostra que a banda não veio para brincadeiras! Uma excelente composição de Deris, rápida e pesada, com guitarras distorcidas e sujas na medida certa. A linha de baixo é magnífica. Veloz e variada, a bateria de Uli Kusch destaca-se pela precisão quase que cirúrgica. Andi Deris dá uma aula de interpretação, parece que está cantando para uma platéia. As guitarras estão corretas encaixando melodias de acordo com as linhas de vocais de Deris.
Steel Tormentor - Mais um tema típico de Helloween, com um ótimo trabalho de bateria, tanto na introdução, que é arrasadora, quanto no restante da música, onde as viradas de bateria são destaques pois quebram o ritmo veloz da canção. Os solos de guitarra lembram bastante a fase antiga do Helloween, ou seja, simples e eficientes. Andi Deris também faz bonito, criando uma melodia de vocal que fixa na cabeça do ouvinte após algumas audições.
Wake up the Montain - Markus é o destaque absoluto, pois, mais uma vez demonstra sua criatividade, construindo ao lado do vocal de Deris uma melodia cativante. Quebrando um pouco o rítmo acelerado das músicas anteriores, esta faixa está no lugar certo e na hora certa. Os duetos de guitarra também se destacam, lembrando bastante os dueto de guitarra e teclado do glorioso Rainbow da fase "Rising".
Power - A melhor faixa do disco, talvez a melhor do Helloween na década de 90 ao lado de "The Chance". Uma música empolgante, contando com um desempenho extraordinário de Andi Deris. As guitarras se destacam, Michael Weikath arrasa com um riff inicial matador, Roland não fica atrás; com sua guitarra muito bem timbrada, constrói ao lado de Weiktah duetos perfeitos. O refrão desta música dispensa comentários. mais uma vez Michael Weikath prova que é, ao lado de Kai Hansen, o maior compositor do Heavy Metal Melódico.
Forver and One (Neverland) - Uma balada muito bonita, em homenagem ao falecido amigo Ingo Schwichenberg, com uma introdução de piano básica e um refrão contagiante. Esta faixa merece menção honrosa.
Before The War - A faixa mais pesada do álbum, após uma pequena introdução, Andi Deris, Roland Grapow, Michael Weikath, Markus Grosskopf e Uli Kusch começam a massacrar nossos ouvidos! Pesada, muito veloz, riffs cortantes e uma levada de bateria e baixo no melhor estilo Helloween da fase Walls of Jericho. Mais uma vez, podemos destacar o refrão desta música, marcante, com backing vocals bem graves contrapondo a timbre estridente da voz de Deris.
A Million To One - Puxando para um lado mais progressivo, vem numa levada bem cadenciada, com um bom trabalho de guitarra de Grapow, que utiliza um timbre limpido e cristalino. Uli Kusch dita o ritmo da canção, usando muito bem sua técnica, abusando de sua precisão.
Anything My Mama Don't Like - A faixa mais fraca do disco, com um acento pop considerável, desde as linhas vocais até as guitarras. Apesar de não ser uma música ruim, está deslocada no contesto sombrio do álbum. Enfim, a única faixa dispensável de "The Time of the Oath".
Kings Will Be Kings - Helloween puro! Logo de cara Roland e Weiktah começam solando. Deris também mostra boa versatilidade, criando ótimas melodias de vocais, e destacando-se com uma intepretação louvável, Uli e Markus fazem o básico com maestria, ou seja, bateria rápida e precisa, baixo veloz e pesado. Kings Will Be Kings poderia estar em qualquer álbum da fase clássica da banda.
Mission Motherland - Viajem de exatos 9 Minutos, onde mais uma vez as têndencias progressivas da banda vêm à tona, com uma variação atmosférica interessante. Contrapondo momentos pesados com partes mais intimistas, todos os integrantes se destacam. As guitarras estão perfeitas. Uli Kusch, como sempre, surpreende, contrapondo passagens onde espanca seu instrumento e outras onde simplesmente acompanha o resto da banda. Markus faz um excelente trabalho, com seu baixo bem ajustado, aparecendo bastante, provando que músicos bons são aqueles que são criativos. Andi Deris encaixa sua voz com maestria, utilizando um timbre agardável, conivente com as melodias das guitarras. Enfim uma música que transporta o ouvinte para outro planeta!
If I Knew - Balada setentista, onde os destaques ficam por conta de Michael Weikath, com as melodias de sua guitarra, e Andi Deris que compensa sua limitação técnica com muito feeling e criatividade nas linhas vocais.
The Time Of The Oath - Como era de se esperar, esta é a faixa mais sombria do álbum. Roland Grapow é o responsável por tal característica. Além de ser o compositor desta, ele executa um riff perfeito, sombrio e pesado, lembrando bastante Led Zeppelin, principalmete Kashmir. O solo desta música também demonstra a técnica deste excelente guitarrista. O Refrão é, marcante, agonizante, combinando com a letra desta canção.
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