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A verdadeira polêmica por trás da histórica apresentação do Queen no Live Aid

Por Yuri Apolônio
Postado em 02 de setembro de 2023

Diferente do que mostra o filme "Bohemian Rhapsody", a história do Queen por trás do lendário show no festival Live Aid envolve, na verdade, uma situação ainda mais polêmica do que aquelas que a banda estava acostumada.

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

De fato, a relação do Queen com a imprensa, especialmente a britânica, nunca foi boa, mas o álbum mais recente, o "Hot Space", gera uma recepção fria até mesmo por parte dos fãs. A banda até se recupera parcialmente ao fazer um ajuste de rota com o "The Works", em 1984, mas o aceite para realizar shows naquele mesmo ano em um hotel de luxo na África do Sul, durante o apartheid rompe a bolha da crítica especializada. O que rende uma multa por parte da união dos músicos ao Queen, além de fazê-los entrar numa espécie de lista negra das Nações Unidas.

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Para ser justo com o filme, de fato, a relação entre os membros do Queen não era nada agradável naquele primeira metade dos anos 80. Os rumores sobre isso eram verdadeiros, mas nada tem a ver com a descoberta HIV positivo de Freddie Mercury como aponta o filme. Isso só afetaria a banda alguns anos depois.

Se você está gostando do texto e gostaria de acompanhá-lo em vídeo, com imagens, siga para o fim da página para assisti-lo em meu canal no YouTube. Caso contrário, é só continuar lendo-o abaixo.

Certo, para entendermos de fato essa história, primeiro vamos voltar um pouco no tempo, mais especificamente para o período mais longo de férias entre os membros do Queen desde o início da banda, logo após o fim da turnê do "Hot Space".

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Durante as férias, exceto por John Deacon, cada músico trabalha em algum projeto paralelo. Roger Taylor volta aos estúdios, para dar início aos trabalhos do seu segundo álbum solo, o Strange Frontiers, lançado entre o "The Works" e o início da sua turnê. Brian May, em paralelo, apresenta sua primeira obra fora do Queen, o "Star Fleet Project", gravado e lançado em 83, com a participação de Eddie Van Halen. Creditado como Brian May and Friends, trata-se de um mini-LP fruto jams que duraram 2 dias.

Freddie Mercury, por sua vez, grava 3 canções em parceria com Michael Jackson, mas que acabam por nunca serem lançadas. Tem uma fofoca, que o ex-empresário de Freddie (o tal do Paul Prenter, vilão no filme e provavelmente também na vida real) venderia a um jornal anos mais tarde. Ele diz que Michael Jackson pegou Mercury usando cocaína com uma nota de 100 dólares em uma sala de recreação anexa ao estúdio e ficou putaço. Enfim. Fato é que as canções acabariam sendo lançadas separadamente por ambos os músicos

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No período, Freddie recebe ainda a proposta para colaborar com a canção Love Kills, para a trilha sonora de um novo corte do clássico de ficção científica "Metrolopolis", filme do alemão Fritz Lang, de 1926, que seria realizado pelo músico e artista italiano Giorgio Moroder. Lançado no meio da turnê do "The Works", o compacto da canção, apesar de creditado como um trabalho solo de Freddie Mercury, conta basicamente com Giorgio Moroder, os demais três membros do Queen e o produtor da banda, Reinhold Mack. Anos mais tarde. Roger e Brian retrabalhariam a faixa e dariam, desta vez, os créditos ao Queen.

As sessões para o "The Works" têm início em agosto de 83, com a banda preparando uma nova trilha sonora, desta vez para o filme "The Hotel New Hampshire", lançado no Brasil com o nome "Um Hotel Muito Louco". Ocorre que a ideia da trilha é abandonada logo no início, com uma única canção destas sessões sendo aproveitada para o álbum: a Keep On Passing the Open Windows, provavelmente a menos interessante do disco.

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Para as gravações, o Queen escolhe continuar com o Musicland Studios, em Munique, e mantém também o produtor Reinhold Mack, com quem vinham trabalhando desde 1980. A diferença, nessa ocasião, se dá com a banda realizando gravações nos EUA pela primeira vez, além de contarem pela primeira vez também com um quinto músico nos estúdios. Tratava-se do tecladista Fred Mandel, que havia participado da perna americana da turnê do "Hot Space". Mandel, além de já ter passagens por clássicos como o "The Wall", do Pink Floyd, vai trazer algumas contribuições dignas de nota para o "The Works".

Após cerca de 6 meses de criação e gravação, o Queen lança Radio GaGa como 1º single do novo álbum e a primeira inédita em quase 2 anos. Apesar de ainda apostar boa parte na sonoridade eletrônica, mesmo no Reino Unido, local onde essa sonoridade "moderna" do Queen fazia menos sucesso, Radio GaGa alcança o 2º lugar nas paradas, além de atingir o topo em 9 países pela Europa.

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Roger Taylor, músico que compôs a canção, conta que no início não acreditou muito em seu potencial, até Freddie ouvi-la e perceber que ali havia "um produto comercial verdadeiramente bom, forte e vendável". Por incrível que pareça, Radio GaGa é o primeiro grande sucesso de Roger Taylor, um dos músicos que mais produtivos do Queen.

Com o single levando o Queen de volta ao topo, "The Works" é lançado em fevereiro de 1984. No início, o álbum apresenta boas vendas, seguindo o sucesso do compacto.

Para a Rolling Stone, este era o primeiro disco da banda desde algum tempo. Para a revista Sound, desta vez o Queen havia optado pela bola de segurança, sem se arriscar tanto como fizera no "Hot Space".

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O problema é que as boas vendas duram pouco, e despencam com o boicote dos EUA ao clipe de I Want to Break Free. A controvérsia se dá devido ao divertidíssimo clipe onde os músicos aparecem vestidos de mulher. Com canais como a MTV simplesmente boicotando o vídeo, o single mal alcança o Top 50 na américa. Chegou-se a requisitar para que o Queen gravasse outro vídeo, só para a América, o que, na minha visão, a banda acertadamente recusou.

Com a polêmica, esta seria a primeira vez desde a turnê "Queen II", em 1974, que a banda não inclui shows na América do Norte. Segundo os envolvidos, a decisão era de Freddie Mercury. Para o vocalista, não havia necessidade de voltarem para o Estados Unidos para tocarem noite após noite nos mesmos lugares de sempre ou em espaços ainda menores.

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Sem os EUA, a curta turnê, ao menos se comparada às anteriores, conta com 48 shows ao longo de nove meses e passa por 4 continentes. Destaque para o palco da turnê, que tinha como inspiração o filme "Metropolis", com enormes engrenagens, uma passarela para Freddie Mercury e o aparato de iluminação gigantesco, típico do Queen.

Apesar da notável participação no disco, Fred Mandel deixa o grupo para assumir os teclados do Supertramp, banda que ele deixa pouco depois para tocar com seu ídolo Elton John. Quem assume a função de músico de apoio no Queen é Spike Edney, que também viria a ter uma participação considerável nos trabalhos futuros da banda.

No final de 1984, após a perna européia da turnê, temos então esta que é provavelmente a maior polêmica da história do Queen.

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Não era recente a ideia da banda em realizar shows em cada um dos continentes do globo. E desde 81, para atingir esse marco, faltava somente a África. A questão é que o país escolhido naquele continente para essa façanha acabou sendo a África do Sul, justamente durante o apartheid.

Na Inglaterra, nos anos 80, o tema da discriminação racial na África do Sul, ainda mais como política de estado, era especialmente sensível. Lembremos que foram os britânicos quem colonizaram aquela região.

Como era de se esperar, uma enorme polêmica é criada quando o Queen anuncia uma série de shows no Sun City, um hotel-cassino de luxo próximo a Johanesburgo. E desde vez, não somente a crítica musical, mas até mesmo outros artistas desaprovariam a escolha. A União dos Músicos Britânicos, instruia artistas filiados a não tocarem no país, justamente devido ao regime racista e sanguinário. Havia ainda um clima muito forte de boicote às empresas que fizessem negócios com a África do Sul.

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Na imprensa, desta vez, as acusações eram ainda mais pesadas que as normais. O jornal New Musical Express, chega a acusar o Queen de se utilizar de uma "vil estética fascista" no recente clipe de Radio GaGa para criticar os shows na África do Sul.

O Queen até tenta se defender dizendo que exigiu que o público presente fosse misto (ainda que o ingresso custasse mais que mil dólares). A banda também argumenta que sempre buscou se apresentar nos lugares mais diversos. O que era um fato, já que o Queen tocou no Brasil e na Argentina, mesmo durante ditaduras militares sanguinárias.

Visto o tamanho do estrago, a empresa Queen entra no modo de contenção de danos. Primeiro, com a doação de royalties para uma escola, seguido do incomum lançamento de um single de natal, com "Thank God It's Christmas". Mas o estrago já estava feito, o Queen é multado pela União dos Músicos Britânicos e colocado na lista negra de artistas das Nações Unidas.

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Para piorar, naquele natal de 1984, o single que alcança o topo nas paradas não era do Queen, mas do supergrupo Band Aid, com "Do They Know It's Christmas?". O Band Aid foi um grupo de músicos britânicos e irlandeses, liderados por Bob Geldof, e que contava com músicos como Phil Collins, Sting, George Michael, membros do U2, do Status Quo, entre outros. Com o single, o Band Aid buscava arrecadar fundos para o combate à fome na Etiópia.

Tanto o Queen, quanto outros artistas que haviam passado pelo Sun City, na África do Sul, como Elton John e Rod Stewart, foram esnobados. Os membros do Queen admitiriam anos depois que, por mais que eles tenham feito os shows com a melhor das intenções, pensando somente nos fãs, tocar no Sun City havia sido um erro.

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Por sorte ou destino, tem início o ano de 1885 com o Queen visitando justamente o país mais indiferente possível a esse tipo de polêmica: o Brasil. Me refiro à segunda e mais famosa passagem da banda aqui pelo país, para a lendária 1a edição do Rock in Rio.

O Queen era uma das atrações especiais, responsável por encerrar as duas sextas-feiras do festival, que contavam com transmissão da Rede Globo para cerca de 60 países.

Após a passagem pelo Brasil, o Queen só retorna aos palcos no mês de abril, com uma série de shows na Oceania e no Japão. Conta-se que apesar de ninguém dizer nada abertamente, internamente havia a sensação de que estes poderiam ser os últimos shows do Queen.

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Durante esta última perna, na inédita passagem da banda na Nova Zelândia, único show da história do Queen por lá, rola também o unico show em que Freddie Mercury se apresenta terrivelmente embriagado, tendo sido inclusive de ser carregado ao palco para cantar.

Ao menos no Japão, no mês seguinte, Freddie está impecável, como é possível observar no vídeo oficia "We Are the Champions: Final Live in Japan" único lançamento oficial em vídeo desta turnê. Um destaque interessante desta tour, e que pode ser notado nesse vídeo, é o uso de recursos eletrônicos no palco, maior até do que durante a turnê do "Hot Space". Além dos teclados, desta vez há também o uso de baterias eletrônicas.

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Outro acontecimento importante dessa passagem pela Oceania e Ásia, se dá quando Freddie Mercury lança seu único álbum solo: "Mr Bad Guy". Composto por 11 canções que ele compôs sozinho e onde ele é responsável também por gravar boa parte pianos e sintetizadores.

Sem a presença do Queen, "Mr Bad Guy" se parece muitos mais com o "Hot Space" do que aquilo que o banda fizera antes ou depois desta obra. Ainda assim, o disco rende dois bons singles, "I Was Born to Love You" e "Made in Heaven", justamente as canções regravadas pelos membros do Queen após a morte de Freddie para álbum póstumo da banda, o "Made in Heaven", de 1995.

De volta ao Queen, anos mais tarde, Brian May lembraria que quando teve fim a turnê do "The Work"s, o clima interno era tão tenso que sua sensação era a de quê eles não tocariam mais juntos por, no mínimo, uns 5 anos.

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A questão é que apesar do clima ruim, dos recentes lançamentos solo, dos boatos que a banda acabaria, havia também um burburinho, de que Bob Geldof vinha organizando algo que para ele era evolução natural do compacto "Do They Know It's Christmas?". E desta vez o Queen seria convidado a participar!

A enorme repercussão causada pelo compacto fez com que Geldolf desse início à organização de um festival envolvesse em um único todos os maiores artistas pop daquele tempo: o Live Aid.

A história por trás do convite ao Queen, conta que Bob Geldof teve de conversar pessoalmente a banda. Inicialmente, o grupo acreditou que a realização de uma empreita tão grande quanto se propunha era impossível. Além disso, o Queen tinha alguns receios: já há um bom tempo que a banda não se apresentava durante o dia; seria impossível também a instalação dos aparatos de iluminação ultra gigantes em um festival como aquele; além disso, se trataria de um show de somente 20 minutos, com equipamento padrão de um festival, algo que é sempre um problema para as bandas.

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Mas Geldof, no momento em que se encontra o Queen, os faz prometer a participação. O que interrompe aquele que, ao menos, seria outro grande período de férias para o grupo.

Ainda hoje, é difícil acreditar no tamanho de tudo que ocorreu naquele 13 de julho em 1985. Só para a gente ter uma ideia, o festival ocorreria em paralelo na Inglaterra e nos EUA com maior repercussão, embora também houvessem shows em outros países.

Somente na Inglaterra, o Live Aid leva 72 mil pessoas ao lendário estádio Wembley, em Londres. Nos EUA, o público no John F. Kennedy Stadium, na Philadelfia seria ainda maior, com quase 90 mil. Juntos, eles somam aproximadamente 45 shows em cerca de 24 horas. É mais fácil citar algumas poucas bandas de relevância que ficaram de fora do que querer citar o line-up e acabar deixando gente boa de fora.

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O Queen foi posicionado para tocar no início da noite em Londres, mais exatamente às 18h41, horário local. A banda tocaria logo após o Dire Straits, que tava na ponta dos cascos, vendendo disco como água e vinha para o segundo álbum seguido no topo das paradas. Já tinha rolado também a famosa apresentação do U2, em que eles executam uma versão de 12 minutos de "Bad", além de mais algumas participações notáveis.

Com o Queen estava não somente a responsabilidade de fazer um grande show, mas também passar o bastão para as lendas do rock que tocariam à noite. Não à toa, Brian May comenta que ficou mais nervoso antes de entrar no palco do Live Aid do que em qualquer outro show de sua vida.

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Mas o Queen sabia o tamanho de seu dever e leva a participação no festival o mais a sério possível. Foram 3 dias de ensaios com cronômetros que marcaram os cerca de 20 minutos que eles dispunham o para o show. A equipe dos bastidores do grupo também se preparou, ao estudar o equipamento disponível para o festival.

No filme mostra e os membros da banda meio que confirmam uma história de que o Queen se infiltrou na organização do festival e aumentou o som do palco, mas isso é, no mínimo, um exagero. Os próprios responsáveis pelo festival desmentem isso. O que ocorre é que de fato os engenheiros de som do Queen souberam utilizar bem o sinal da banda antes de fazê-lo chegar aos controles de volume, e isso fez parecer com que a banda estivesse mais alta que as demais.

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Fato é que as polêmicas, as críticas partindo de outros artistas e as criticas da imprensa, tudo isso desapareceu ali, quando Freddie Mercury executa os primeiros acordes de "Bohemian Rhapsody".

Quando Freddie, sozinho no piano, na frente de quase 80 mil pessoas, canta os primeiros versos, o mundo percebe que a arte do Queen estava acima de tudo.

O repertório é matador. Após uma versão abreviada de "Bohemian Rhapsody", o Queen traz um sucesso recente, com "Radio GaGa", fazendo o Wembley se parecer um mar de braços batendo palmas nos refrões. Em seguida, vem "Hammer to Fall", a canção mais pesada no show, seguida pela mais acessível "Crazy Little Thing Called Love". Para fechar, como não poderia deixar de ser, a dobradinha clássica de final de show do Queen, os hinos: "We Will Rock You", numa versão bem curtinha e "We Are the Champions", com todo o Wembley cantando em coro.

O trabalha estava terminado, após o Queen o Live Aid contaria somente com dinossauros como David Bowie, The Who, Elton John e Paul McCartney.

Detalhe que não pode ser deixado de lado é quando antes do ex-beatle, Freddie Mercury e Brian May voltariam ao palco para tocar "Is This the World We Created...?", balada do álbum mais recente. Diga-se de passagem, a canção foi escrita ainda antes do single que originou o Live Aid e traz uma letra reflexiva justamente sobre a fome e sobre o que fazemos para mudar essa situação.

Ao final, o Live Aid havia sido transmitido para 150 países e contaria com uma audiência estimada de quase 2 bilhões de pessoas. Tamanha repercussão permitiu que a iniciativa arrecadasse 127 milhões de dólares para ajudar a combater a fome na Etiópia.

Nos dias seguintes ao Live Aid, diversos artistas são impactados positivamente pelas apresentações no festival, em especial Phil Collins, Madonna, U2 e, claro, o Queen. A coletânea de 3 anos antes, "Greatest Hits", volta ao Top 20 das paradas. "The Works" sobe várias posições. E até o disco solo de Freddie é impactado.

Na época, parte do público, incluindo muitos artistas já considerariam a apresentação do Queen como a melhor do festival. Mas foi em 2005 que um pool com mais de 60 jornalistas e artistas da industria musical consideraria os 23 minutos do Queen no Live Aid como a melhor apresentação de uma banda de rock de todos os tempos.

Brian May explica que após o show, todos do Queen retomam a ideia de que a banda unida era muito maior do que qualquer um deles sozinho. Até porque, cabe destacar, o relacionamento entre os músicos já era mais longo do que o casamento de qualquer um deles.

Dois meses depois do Live Aid, a banda já estaria de volta ao estúdio,desta vez para gravar a trilha sonora para o filme "Highlander" e que também se transformaria num novo disco de inéditas: "A Kind of Magic". Mas tanto esse disco quanto a épica e emocionante última turnê do grupo com a formação clássica, serão temas para um próximo texto.

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