Lista: discos para "presentear" seus piores inimigos
Por Mateus Ribeiro
Postado em 25 de setembro de 2020
Existem três coisas que sempre vão cruzar o seu caminho: formigas, fãs de IRON MAIDEN e pessoas chatas. Enquanto os insetos e os seguidores da banda britânica podem ser driblados com certa facilidade, se livrar de pessoas xaropes é uma tarefa bem mais difícil, até mesmo porque elas estão em todo lugar: na sua família, no ambiente de trabalho e até mesmo em seu círculo social, já que sempre existe algum amigo que traz uma mala sem alças para o rolê.
Por mais que se faça esforço para não encontrar, você SEMPRE vai encontrar alguém que seu santo não bate. Em casos extremos, essa pessoa vai perceber que te irrita e a partir disso, vai fazer de tudo para te tirar do sério o quanto puder, te despertando aquela vontade imensa de proferir ofensas verbais do mais baixo calão. Porém, a violência, seja física, verbal ou de qualquer outra forma, nunca é uma saída para resolver seus problemas. Pelo contrário, se você usa da força bruta, os problemas ficarão maiores.
Existem formas muito mais efetivas de você tirar essas pessoas tóxicas (como os jovens gostam de dizer). Uma dessas formas é presentear o indivíduo inconveniente é o "presentear" com alguma coisa que certamente, não vai fazer a mínima diferença na vida dessa pessoa. Não, não estou falando de caixas de lenços ou de um porta-retratos, mas sim, de discos que estão longe de agradar multidões. É bem provável que depois de receber uma bomba dessas como "presente", a pessoa perceba que você também sabe ser da pá virada e saia da sua vida.
Aproveite que aquela chatice chamada "amigo secreto" (ou "amigo oculto") está chegando e prepare a sua lista. Vai que por uma triste coincidência, você acaba tirando uma dessas pessoas. Sem mais tempo para conversa fiada, aperte o play e prepare o embrulho do presente que vai expulsar qualquer mané da sua vida.
"Super Collider" – MEGADETH: um disco que está longe de ser legal e que mostra o momento menos criativo de Dave Mustaine em sua longa e produtiva carreira. Outra escolha também pode ser "Risk", lançado em 1999, mas este último ainda tem "Breadline", que no final das contas, é uma música legal. Portanto, "Super Collider" é a escolha acertada.
"World Painted Blood" – SLAYER: por mais que o pessoal mais casca grossa se esforce para defender este trabalho, o penúltimo disco de estúdio do SLAYER passa MUITO longe dos melhores momentos da banda. E olha que os caras já fizeram coisa mais ou menos (alô, "Diabolus In Musica"), mas em "World Painted Blood", a coisa foi realmente caprichada.
Enjoativo e cansativo, só não é uma tremenda desgraça porque tem "Hate Worldwide", uma música que é até audível. De resto, corra o quanto puder.
"The X Factor" – IRON MAIDEN: não é preciso ser um gênio ou um profundo conhecedor para saber que Blaze Bayley não foi a melhor escolha para substituir Bruce Dickinson como vocalista do IRON MAIDEN. O primeiro disco com Blaze nos vocais, "The X Factor", mostra que a troca, definitivamente, não iria dar certo.
Apesar de apresentar raros bons momentos (a gigantesca "Sign of the Cross" e "Man on the Edge"), "The X Factor" não se salva.
"Subterranean Jungle" – RAMONES: particularmente, eu sou fanático por RAMONES e ouço com muito carinho tudo o que a banda fez durante seus 20 e poucos anos de carreira. Quer dizer, quase tudo.
Lançado em 1983, "Subterranean Jungle" é o disco mais fraco do RAMONES. A banda não passava por um bom momento e é possível notar isso nas composições fracas e totalmente descartáveis. Isso para não falar na produção ruim e na falta de criatividade, escancarada nos TRÊS covers que a banda inseriu no disco e no riff inicial de "Somebody Like Me", que é idêntico ao de "Blitzkrieg Bop".
"Siren Charms" – IN FLAMES: a banda sueca, que já foi um dos nomes mais importantes do death metal melódico, cansou de pisar na bola, principalmente depois do lançamento de "Clayman", em 2000. Pouso a pouco, o som da banda foi ganhando toques de modernidade, até o ponto de ficar parecido com o de qualquer banda estadunidense formada por jovens de franja, tatuagens coloridas e camisetas sem manga.
O ápice de toda essa gourmetização do IN FLAMES pode ser conferido em "Siren Charms", um disco horroroso, que tem como cereja do bolo a medonha "Through Oblivion", que se parece com uma versão pesada de qualquer música do COLDPLAY (o que não é exatamente um elogio).
"Eye II Eye" – SCORPIONS: o SCORPIONS é uma banda muito respeitada e influente no mundo do heavy metal e do hard rock. Certamente, o respeito que a banda mantém até os dias de hoje NÃO foi conquistado com o décimo quarto disco de estúdio dos germânicos.
Com músicas totalmente pop, o SCORPIONS se distanciou da sonoridade clássica que demonstrou em seus melhores momentos. A desgraça sonora apresentada em "Eye II Eye" é muito bem representada pela constrangedora "To Be No 1", que poderia facilmente ser faixa de algum disco da banda HANSON.
Nota: se você não se lembra do HANSON, refresque a sua memória clicando no player a baixo e tire suas próprias conclusões.
"The Astonishing" – DREAM THEATER: a maioria das pessoas que não gostam do DREAM THEATER, alega que não gosta por conta das músicas enormes que a banda faz. Pois bem, o disco lançado em 2016 possui inúmeras músicas curtas, a maioria delas, bem chatas e sem sal.
Se a pessoa chata que você der o disco gostar do presente, ao menos você vai passar bastante tempo longe dela, já que o play tem 2 horas e 10 minutos de duração. O problema é se ela quiser ouvir e você estiver junto...
[an error occurred while processing this directive]"Illud Divinum Insanus" – MORBID ANGEL: um trabalho que foi esperado por anos pelos fãs da banda. Apesar de ter gerado muita expectativa (principalmente pela volta do grande David Vincent), "Illu Divinum Insanuns" é uma decepção quase completa. Por mais que uma ou outra música represente o death metal que consagrou a banda, o excesso de modernidade acabou frustrando muita gente.
A terrível "Too Extreme" é um bom exemplo de como os mestres também podem errar a mão algumas vezes. Extremamente decepcionante, com o perdão do trocadilho.
"St. Anger" – METALLICA: você não achou que essa bomba em forma de música iria ficar de fora, achou? Sem sombra de dúvidas, "St. Anger" é o maior atentado sonoro da história da música pesada.
Durante os seus 75 minutos de duração (que parecem uma eternidade), o oitavo disco de estúdio do METALLICA desfila músicas chatas, sem alma, e para coroar tudo, com um som de bateria mais irritante do que tomar chuva segunda-feira de manhã no ponto de ônibus. Só dê isso de presente para alguém se você tiver sérias desavenças com esta pessoa.
[an error occurred while processing this directive]"Dawn of Victory" – RHAPSODY: que me perdoem os fãs de metal dragão/espada/castelo. Tudo desse estilo é muito bem tocado, produzido e tal. Mas haja paciência...
Bônus: qualquer disco dos Los Hermanos ou do Engenheiros do Hawaii pode ser uma ótima opção...
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