Slash: dando o seu melhor no pós-Guns N' Roses
Por Herick Sales
Fonte: Herick Sales Guitar
Postado em 27 de novembro de 2018
Sei que vou ser xingado por uns, mas ok. Antes de mais nada, quero salientar que sou guitarrista, professor, e não sou fã radical do Guns, então farei uma avaliação com ares um pouco técnicos e mais isentos quanto à banda que lhe deu projeção, porém são opiniões e você pode discordar na boa. :-)
Slash possui uma grande influência do rock e hard rock clássico dos anos 70, como AC/DC, Aerosmith, Led Zeppelin (essas 3 bem explícitas, tanto na forma de tocar, quanto na postura), e em momentos mais virtuoses, tem influência de músicos como Michael Schenker (Ufo). Sua forma de tocar é calcada fortemente no blues rock, e com isso ele passeia por várias vertentes, do pop ao metal, e todas essas características ficaram explícitas no mega clássico Appetite for Destruction, e nos mais ecléticos Use Your Illusion I e Use Your Illusion II (eu sempre achei que se fosse condensado em um único álbum, seria um registro perfeito). Mas e depois? Veio o fraco The Spaghetti Incident?, sua saída da banda, e 2 álbuns na acunha do Slash's Snakepit, mas parecia que faltava algo. Essa história começou a mudar em 2002 com a criação do Velvet Revolver, que adicionou ninguém mais ninguém menos que Scott Weiland! Vamos ser sinceros? Ia dar merda essa porra, e deu! Mas não sem antes entregar 2 belos álbuns! O primeiro deles, Contraband de 2004, uma mistura das duas bandas: hora meio Guns, hora meio Stone Temple Pilots, já trazia um Slash diferente, mais pesado e direto do que o normal, como se quisesse se distanciar um pouco da pomposidade dos Illusions. Já de cara vemos isso com a faixa Sucker Train Blues, seguida da Do It For The Kids (essa é muito Stone Temple Pilots), a absurdamente pesada Headspace e os 2 maiores hits da banda, Fall to Pieces (essa poderia ter sido do Guns tranquilamente) e Slither.
Já no segundo álbum, Libertad, a banda passou a soar mais homogênea, não como suas antigas empreitadas, e sim como Velvet Revolver. E dá pra ver isso já de cara na música Let It Roll. Daí em diante, é uma canção melhor que a outra, num álbum que trouxe algo que se evidenciaria mais e mais nos trabalhos do Slash: refrãos grudentos e fortes, além de solos cada vez mais trabalhados!
Aí deu merda. A banda deu uma pausa que dura até hoje, e Slash resolveu gravar um álbum solo, mas ao contrário do que uns esperariam, não era instrumental! Era um álbum com seu nome na capa, e participações que iam desde Ozzy à Fergie, passando por Lemmy e por aquele que viria a ser sua alma gêmea musical: Myles Kennedy! Podemos notar aqui, algo impressionante: seja num momento pop, num rock suave, num hard ou num quase thrash, Slash trabalha em prol da música, ao estilo de cada vocalista e sem deixar de ser ele!
E por falar em Myles Kennedy, preciso dizer algo do meu ponto de vista: Myles é disparado o melhor vocalista que Slash já trabalhou (ao menos tecnicamente falando). O cara canta tudo com perfeição! Assim, surgiu seu segundo trabalho, Apocalyptic Love, com mais uma cassetada de canções fodas, como a faixa título, One Last Thrill (essa poderia estar tranquilamente no Appetite), You're a Lie, Bad Rain e na que considero a melhor música da sua carreira, tendo equilibrado na mesma tudo que ele já fez na vida, e que mostra como ele evoluiu tecnicamente: Anastasia.
Lembra que falei sobre refrãos? Em World on Fire a química com Myles chegou num patamar absurdo em que cada música poderia ser single, hit, seja lá como queira, tamanha a qualidade de cada uma, seja em riffs, solos ou melodias vocais. E segue Slash tocando cada vez melhor, seja tecnicamente quanto melodicamente. Vou destacar algumas só pra ajudar...
E por fim, Slash volta a fazer turnê com o Guns N’ Roses, junto do seu amigo Duff, e veio a ideia de que sua carreira solo seria deixada de lado. E para a minha felicidade (e de muitos), não foi. Tendo gravado as guitarras digitalmente, sei lá que macumba ele fez que parece ter gravado em amplificadores muito bem timbrados, há poucos meses saiu o álbum Living The Dream. É chover no molhado enumerar as boas canções e riffs, mas quero destacar duas em especial:
1) The Great Pretender: Slash sempre foi um cara da Les Paul, e aqui parece que ele quis prestar uma homenagem a um mestre do blues, o saudoso Gary Moore, tanto que ela lembra muito a estética da linda Still Got The Blues. Não há uma nota desnecessária, e a interpretação de Myles parece sair da alma. Pra mim, a melhor música do ano disparada!
Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
2) Boulevard Of Broken Hearts: Soando moderna e com um clima que poucas vezes foi abordado na sua musicalidade, ela começa com um riff em uma corda, que vai se desdobrando até um refrão que explode, um interlúdio extremamente viajante e um solo...ahhhh, que solo! Apenas ouça!
Pra fechar, afirmo que você pode e tem todo direito de discordar, mas vale a reflexão: Slash é muito mais do que o Guns, e mostrou que o que ele lançou com o mesmo, foi só o começo, pois o melhor ainda estaria por vir. E que continue assim...
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
A profecia da lendária sambista Clementina de Jesus sobre os Titãs
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Bryan Adams fará shows no Brasil em março de 2026; confira datas, locais e preços
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Mike Portnoy comemora maior turnê do Dream Theater e indica novidades para 2026
O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Os tipos de canções do Guns N' Roses que Axl afirma terem sido as "mais difíceis" de compor


O convite era só para Slash e Duff, mas virou uma homenagem do Guns N' Roses ao Sabbath e Ozzy
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
A opinião de Slash sobre o anúncio da volta do Rush em 2026
Bret Michaels ficou em dúvida entre Slash ou C.C. DeVille no Poison
Já gravado, novo álbum de Slash sairá apenas em 2027
Slash queria que o Guns N' Roses fosse uma banda mais na linha do Motörhead
A composição suja e crua que Slash fez para o Guns, mas não deu tempo, era tarde demais
Pattie Boyd: o infernal triângulo com George Harrison e Eric Clapton
Black Sabbath: os vocalistas misteriosos da banda
