Thrash Metal: o gênero eterno do Metal
Por Gabriele Moura
Fonte: The Metal World
Postado em 28 de abril de 2016
Podemos dizer que é um dos subgêneros do metal que revolucionou seu tempo. Ele surgiu em resposta mais agressiva e pesada ao movimento do Glam Metal e a NWOBHM. O subgênero começou a surgir no final da década de 1970 e início de 1980, nos Estados Unidos, com mais intensidade na região conhecida como Bay Area, na Califórnia. Quatro bandas, Anthrax, Megadeth, Metallica e Slayer, são creditadas como pioneiras e difusoras do gênero, e hoje formam o Big Four Of Thrash Metal.
Na Alemanha o Thrash Metal também surgiu com grande força, mas nota-se claras diferenças para o Thrash americano. As bandas Tankard, Destruction, Kreator e Sodom formam o Big Four Of Thrash Metal Germany, o que comprova a força do gênero no país germânico.
O movimento também chegou em solo brasileiro, tendo Sepultura como a principal banda. Inicialmente, o Sepultura era mais voltado para o lado obscuro do thrash metal, logo com o lançamento de Schizophrenia em 1987 a banda despontou no exterior o que levou a assinar com o selo europeu Roadrunner Records. Tempo depois a banda passou a tomar o Brasil como inspiração, lançando, talvez dois de seus melhores álbuns, "Roots" e "Arise", discos e evocaram a tradição brasileira, com foco nos nossos povos nativos.
O que define ou não o som Thrash é a sua velocidade e andamento. O gênero possui características claras que nos permite identificar com demasiada facilidade. A guitarra do Thrash Metal é bastante distorcida, marcada pelo Palm Muting ou abafamento, que é uma técnica de guitarra usada para diminuir a intensidade do som das cordas tocadas. Os riffs são mais graves e contínuos e geralmente são tocados em tremolo, isto é, a repetição rápida de uma nota ou uma alternância rápida entre duas ou mais notas.
A bateria do Thrash Metal é mais complexa e rápida do que vinha sendo feito anteriormente. Técnicas como o D-Beat e os Blast Beats começaram a ser usadas com base para o gênero, pois empregam muita velocidade. O bumbo duplo é uma característica marcante, pois agrega mais peso ao som, e essa mistura de peso e velocidade faz da bateria Thrash algo fantástico. Sem duvida os maiores bateristas do gênero são Paul Bostaph e Dave Lombardo, sendo o último co-fundador do Slayer. Ambos os bateristas citados são pioneiros no uso do bumbo duplo, e podem ser tidos como dois dos melhores bateristas da história.
O baixo no Thrash não tem a mesma imponência que tinha no NWOBHM, mas é marcante do mesmo modo. O baixo geralmente segue as rufadas de bateria, com isso cria-se uma atmosfera mais pesada e o mesmo efeito é passado para a música. Frank Bello é um dos baixistas mais influentes no gênero, no Anthrax ele utilizava da alternância entre tocar com palheta e dedos, dando uma nova cara ao instrumento, visto que, geralmente os baixistas optam por um ou outro. David Ellefson também chama atenção, o co-fundador do Megadeh é conhecido pelas linhas de baixo complexas e velozes e isso fica claro nas faixas "Peace Sells" e "Trust". Ellefson utiliza de palheta, pois facilita sua rápida e brusca alternância de corda. É impossível falar de baixo no Thrash Metal sem citar o nome do já falecido Clif Burton. O ex-membro do Metallica era fantástico, Burton empregava felling ao tocar e sua emoção era transmitida ao ouvinte. Buston não utilizava palhetas, suas linhas de baixo chegam a lembrar das clássicas de Greezer Butler, principalmente na introdução de "For Whom The Bell Tolls".
O vocal Thrash varia bastante. Algumas bandas, como o Metallica por exemplo, utilizam de um vocal mais técnico e menos ruidoso, já outras, como Slayer, Exodus, Sepultura e uma infinidade de outras, optam por um semi-gutural, ou seja, um vocal mais arranhado e ruidoso que funde-se muito bem ao instrumental costumeiramente distorcido do gênero. As letras normalmente fazem alguma crítica, tanto politica, religião, problemas sociais e afins, têm a função de motivar as pessoas a refletirem sobre o assunto abordado.
O Thrash Metal foi fundado há décadas atrás e ainda hoje permanece muito vivo. Existe uma constante renovação de bandas, e as antigas adotam elementos mais contemporâneos tornando o estilo algo atual e presente na vida de todo o "headbanger".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Dave Grohl elege o maior compositor de "nossa geração"; "ele foi abençoado com um dom"
A melhor música do melhor disco do AC/DC, segundo o Heavy Consequence
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Os tipos de canções do Guns N' Roses que Axl afirma terem sido as "mais difíceis" de compor
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"


30 bandas de thrash metal do mundo todo em 1 vídeo
A relação do "Black Album" do Metallica e do grunge com o declínio do thrash metal
Como dois caras vindos do jazz ajudaram a criar um dos maiores clássicos do thrash metal
Os melhores riffs de thrash metal fora do "Big 4", segundo a Loudwire
Pattie Boyd: o infernal triângulo com George Harrison e Eric Clapton
Black Sabbath: os vocalistas misteriosos da banda


