Van Halen: "For Unlawful Carnal", o melhor álbum na era Hagar
Por Herick Sales
Fonte: Herick Sales Guitar
Postado em 05 de abril de 2016
Vou evitar dizer "o melhor solo do álbum", pois torna-se redundante, tratando-se desse cidadão. Pois bem, para dar um "oi", e bem carregado, a mais conhecida do álbum, "Poundcake", abre com sua icônica introdução de furadeira, com pegada pesada de bateria, em um riff na qual quero chamar a atenção: note como soa tudo pesado, sem possuir toneladas de distorção! Dentre brincadeiras com harmônicos naturais, a canção vai subindo a adrenalina até seu solo, dando uma aula de dinâmica, técnica e melodia. Tenho pra mim, que é um dos melhores que ele já compôs, com direito até mesmo ao som de furadeira novamente. Trago essa faixa ao vivo, pra você ver a treta:
Em seguida, a agressiva "Judgement Day", entrega um riff bem mais direto e heavy metal, com direto a solo de tapping, feito com as 2 mãos por cima do braço da guitarra! Não entendeu? Vou botar ao vivo também…
Com clima misterioso, começa "Spanked", que deságua num riff funky, belas melodias vocais, e um solo coeso e cozinha presente. Note como todos abusam da dinâmica, e deixam tudo com clima de jam. A seguinte, "Runaround", tem aquele clima típico de hard rock, mas dê atenção a sua introdução, que se repete várias vezes na música, com um dedilhado com acordes atípicos para o estilo. A guitarra desenha a música toda, arpejando acordes em muitos momentos e fazendo arranjos com notas dos acordes, até seu solo altamente inspirado, cheio de wah-wah, que entre frases belas, tapping, alavancadas, preenche cada espaço do groove. A mais experimental do álbum, "Pleasure Dome" , é de dar um certo nó na cabeça, graças ao groove de bateria altamente louco , que brinca com o riff de Eddie Van Halen, dando margem a um solo com ares mais livres e técnicos. A rocker "In N Out", abre já com o pé na porta, sem pedir licença, sendo um hard rock vigoroso, que releva aos mais atentos, uma certa influência de Jimmy Page em alguns trechos, até Eddie se soltar no solo. Veja como ele brinca com as alterações que a alavanca proporciona, e a festa que ele faz com ligados, tapping, e até trechos outside, sem deixar de jogar frases bem blues rock entre os vocais até o seu final, do jeito que só ele sabe fazer mesmo. Já iniciando com um tapping atípico, com uma linha melódica dissonante, "Man On A Mission" vem, e deixa um groove dançante e pesado ao mesmo tempo, e seu solo que entra sem pressa, e meio que plaina pela levada usada. A introdução pesada de "The Dream Is Over" tem na sequência uma bela melodia na guitarra e mais acordes dedilhados dando um ar diferente ao típico hard rock anos 80, e você notará isso, ao ouvir seu refrão altamente pra cima. Note como que Eddie entra detonando tudo no solo! "Right Now", é outro hit do álbum, que possui uma bela base de teclado, e arranjo bem elaborado em volta, e talvez, o solo mais melódico do disco. Obs: essa música foi usada na campanha de Obama, nas eleições americanas! Os belos acordes dedilhados de "316", soam agradáveis, e dão margem a última canção do disco, "Top Of The World", que sintetiza bem o espírito musical do Van Halen: um hard rock pra cima, com clima de festa, e arranjos bem elaborados, além da guitarra de um dos maiores músicos que o mundo já viu.
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