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Genesis: Discografia comentada

Por Tiago Meneses
Postado em 14 de fevereiro de 2016

Sem dúvida alguma que o GENESIS foi uma das maiores bandas de rock progressivo da história, trazendo dentro da sua discografia verdadeiras pérolas que são basicamente uma aula de boa música. Mas o grupo possui suas fases, o que muitas vezes acaba fazendo a banda não ser apreciada como um todo devido as mudanças de sonoridades. O fato é que de um jeito ou de outro a sua importância é inegável.

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From Genesis to Revelation (1969)

Bom, se levarmos em conta que no início eram apenas jovens de 19 anos (exceto ANTHONY PHILLIPS que tinha 18) se divertindo, sem muita pretensão e buscando um hit, a música de, "From Genesis to Revelation" tem sim o seu valor, e que se fosse gravado por outra banda talvez sequer seria um álbum esquecido, pois é melhor que muitos de bandas pop da época. Mas aqui falamos de um dos dinossauros do rock progressivo, e se comparado a isso, realmente é um disco que nem de longe pode ser visto como um dos seus melhores. De destaque, a voz e interpretações de PETER GABRIEL que sempre são um caso à parte mesmo sem ter atingido a sua maturidade vocal e o teclado de TONY BANKS que também faz um bonito trabalho como nas faixas "In Hiding", "In the Wilderness", "Window" e "Am I Very Wrong". Talvez o resultado poderia ter ficado mais interessante ainda se a guitarra de ANTHONY PHILLIPS não fosse tão tímida. Um começo divertido, mas muito longe dos padrões GENESIS de música progressiva.

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Nota: 5

Formação:
Peter Gabriel
Anthony Phillips
Tony Banks
Mike Rutherford
Jonathan Silver

Trespass (1970)

Em "Trespass" com certeza o GENESIS deu de fato o seu primeiro passo importante dentro da música progressiva. Se quiser fazer comparação em relação ao álbum anterior, irá bater até a dúvida de como eles conseguiram mudar drasticamente em tão pouco tempo, pois nenhuma banda nunca fez isso. Muito mais consistente, cativante, viciante. As músicas são muito bem elaboradas, ótimas mudanças de ritmos. Ao mesmo tempo que encontra-se partes sutis, delicadas e suaves, por outro lado possui uma sonoridade enérgica. Todos os músicos estão precisos, mas querendo ou não, o GENESIS estava ficando grande demais pro baterista JOHN MAYHEW (tendo sido esse o seu primeiro e último trabalho com a banda), e as habilidades vocais de PETER GABRIEL ainda não estão completamente desenvolvidas. A qualidade musical do álbum é extremamente homogênea, ainda que muitas pessoas (inclusive eu) coloque "The Knife" um degrau acima das demais. Mas é difícil fazer isso quando em um álbum também tem "Looking For Someone", "White Mountain" e "Stagnation". Um disco que elevou o GENESIS a um novo patamar, onde mesmo os seus membros ainda sendo muito jovens, a maturidade musical estava quase plena.

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Nota: 9

Formação:
Peter Gabriel
Anthony Phillips
Tony Banks
Mike Rutherford
John Mayhew

Nursery Cryme (1971)

Em seu terceiro passo discográfico o GENESIS contou com duas substituições. Na bateria saiu JOHN MEYHEW pra entrada de PHIL COLLINS e na guitarra ANTHONY PHILLIPS deu lugar a STEVE HACKETT. Aqui como é de se esperar a mudança não é drástica em relação a Trespass, mas ainda assim nota-se uma evolução musical para o desenvolvimento misterioso e atmosférico no qual a banda ficou conhecida até o álbum, "Wind and Wuthering". O álbum já abre com a sensacional, "The Maginal Box", com certeza uma das melhores composições da banda, seja musicalmente com a sua maneira de aumentar a intensidade, crescendo até o momento que atinge uma explosão sonora ou seja pela letra que é incrivelmente complexa e imaginativa. Destaque também para as faixas, "The Fountain of Salmacis" e a sarcástica "Harold the Barrel". Com certeza um álbum em que o alto nível é consistente, de uma energia incrível e com certeza também merece facilmente o seu lugar entre os melhores trabalhos da banda. Uma aula que pode não ser fácil de entender, mas é extremamente prazerosa de assistir.

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Nota: 9.5

Formação:
Peter Gabriel
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Foxtrot (1972)

Considero "Foxtrot" sem dúvida alguma um dos 10 melhores álbuns de rock progressivo de todos os tempos. Uma das bíblias sagradas do gênero e que deve ser conhecida por qualquer um que queira mergulhar de fato dentro desse universo. Tudo nesse álbum é extremamente complexo. Teclados notáveis, guitarras não são executadas com solos sentimentais, mas de forma clássica lembrando o barroco, bateria extremamente bem encorpada e até mesmo o baixo quase sempre apenas um coadjuvante, aqui em faixas como "Watcher of the Skies" e "Can-Utility and the Coastliners" apresenta um MIKE RUTHERFORD extremamente talentoso. Mas sem sombra de dúvidas que o destaque de "Foxtrot" está em "Supper's Ready", um épico de 23 minutos que traz letras inteligentes e desafiadores sobre uma instrumental dividida em 7 capítulos cada qual capaz de arrancar do ouvinte emoções diferentes. "Foxtrot" é um daqueles discos que provam o porquê do GENESIS (que muitos só conhecem a fase dos anos 80) ser uma das bandas mais influentes da história do rock progressivo sinfônico e não parar de servir de inspiração pra infinitas bandas que surgem todos os anos.

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Nota: 10

Formação:
Peter Gabriel
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Selling England By The Pound (1973)

A banda estava em uma sequência de dois grandes álbuns e uma obra prima. Conseguiria manter-se em alto nível a ponto que lançar um ano depois outra obra prima? Não preciso responder, basta ouvir a beleza que é "Selling England By The Pound" pra ter a total certeza de que sim. Aqui a banda cria o que considero um mundo fictício tanto em termos sonoros povoado com vinhetas musicais, sejam elas às vezes épica em termos de impacto como acontece na sensacional "Firth of Fifth", sejam elas mais intimista soando como uma música de campo como em "More Fool Me". Traz uma sonoridade mais amena por parte de todos os instrumentos. Teclados suaves e mais sutis e com uma presença maior de piano, guitarras menos agressivas e mais românticas, a bateria sempre bem encaixada, cadencia-se moderadamente também dando ao álbum uma tendência suave, o baixo é limpo e com ótimas variações. Quanto ao vocal de PETER GABRIEL, sempre marcante e nunca maçante, além de possuir uma carga pesada de sentimentos. Além das duas faixas já citadas, "Cinema Show" e "Dancing with the Moonlit Knight" contribuem bastante pra construção de uma dos discos mais incríveis da história da música.

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Nota: 10

Formação:
Peter Gabriel
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

The Lamb Lies Down On Broadway (1974)

"The Lamb Lies Down On Broadway" é com certeza um dos mais importantes álbuns conceituais duplos de todos os tempos. Quem gosta desse tipo de trabalho uma parada aqui é extremamente obrigatória. Esse disco é daqueles que funcionam bem em vários níveis diferentes a cada audição nota-se quantos detalhes ele possui, as letras são extremamente inteligentes e dentro de toda a discografia da banda, em nenhum outro álbum possuem um papel de importância tão grande. A banda vinha de um álbum mais obscuro e imaginativo e outro de sonoridade suave e amigável. "The Lamb Lies Down On Broadway" é agressivo e de certa forma até kafkiano. As músicas de modo geral são mais curtas, mas ainda assim muito complexas. Já o conceito do álbum é algo que é discutido ainda hoje por fãs da banda onde nunca chegaram a um denominador comum a respeito da história de Rael. Nesse caso é difícil mencionar melhores canções, porque todo o álbum é importante para a sequência lógica da história e não pode ser separado em partes sem ter o risco de perder o seu ponto principal. Mas pra não deixar de mencionar algo, cito a claustrofóbica "The Cage" e a faixa homônima ao disco como destaques.

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Nota: 9.5

Formação:
Peter Gabriel
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

A Trick of the Tail (1976)

Primeiro álbum sem PETER GABRIEL. Um disco que certamente foi esperado pelos fãs de maneira ansiosa, afinal, GABRIEL não era somente um simples vocalista, mas também um dos maiores letristas da história do rock progressivo, de um carisma único. Todos sabiam que complexidade encontrada em discos como "Foxtrot", "Nursery Crime" "Trespass" ou "The Lamb Lies Down on Broadway" com certeza não estaria em "A Trick of the Tail". Aqui fazia mais sentido esperar algo parecido com uma sonoridade na linha de "Selling England by the Pound". Um disco de transição, mas bastante progressivo e complexo, só que como dito, de sonoridade mais suave. Um dos destaques do álbum está logo na abertura com "Dance on a Volcano", é uma faixa bem estilo "era Gabriel", mas com o vocal diferente, uma variação de ondulações de momentos de veemência sonora, explosiva com outros mais tranquilos, faixa bem na veia do vocal de COLLINS mesmo. "Entangled" me transporta pra outra dimensão, embora os refrãos eu ache meio cansativos, é uma faixa que compensa com seus trabalhos de guitarra acústica beirando o folk, também têm algumas passagens que soam simplesmente sublimes. Outra música que merece destaque é "Mad Man Moon", perfeita pra voz de PHIL COLLINS, diferente de qualquer outra música feita pela banda até então, suave e árdua ao mesmo tempo, maravilhosa. Um disco animador e que mostrou uma banda com potencial de caminhar sem uma das suas principais peças.

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Nota: 9.5

Formação:
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Wind And Wuthering (1976)

O último trabalho com STEVE HACKETT (o guitarrista tem uma participação bem mais discreta que em outros álbuns, sendo os teclados de TONY BANKS quase sempre o carro chefe, o que acho que ajudou pra saída do músico) é também aquele que considero de fato o último disco essencial do GENESIS para aqueles que se interessam somente pelos seus registros mais progressivos (ainda que existam elementos prog em obras futuras). "One for the Vine" é um dos destaques de "Wind And Wuthering", um tema lírico bastante imaginativo e ótimas mudanças musicais muito bem encaixadas e de partes viciantes que dá vontade de voltar antes de deixar a música seguir. "Eleventh Earl Of Mar" possui um clima pastoral com um vocal multicamadas de PHIL COLLINS, a fazendo ter uma presença fantasmagórica, digamos assim. Apesar de como já dito, pouco explorado, "STEVE HACKETT é presença marcante em outro destaque do disco, "Blood of Rooftops traz uma beleza triste, nostálgica e de certa forma apresentava uma musicalidade que seria muito explorada pelo guitarrista em sua carreira solo. Pode não ser um álbum tão bom quanto ao anterior, mas sem dúvida alguma, também possui extrema qualidade.

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Nota: 8.5

Formação:
Steve Hackett
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

...And Then There Were Three... (1978)

Agora também sem "STEVE HACKETT" a banda ainda possuía músicos com bom virtuosismo, mas de talentos limitados como compositores e de uma sensibilidade progressiva inferior as que STEVE HACKETT e PETER GABRIEL trazia pra banda. Acho inclusive que não era necessário seguir com o nome de GENESIS, talvez, "COLLINS, BANKS & RUTHERFORD" seria mais interessante, mas quem sou eu pra questionar decisões de alguém. A sonoridade começa a ser bastante diferente, mais simples e marca o final do uso de mellotron pela banda, fato que ocorre na faixa, "Many Too Many", uma bonita balada. Ao contrário do que costuma acontecer em álbuns anteriores, onde o disco já abre com uma ótima faixa, aqui é o contrário, considero "Down And Out" a menos expressiva de todo o álbum. Vejo nas faixas "Snowbound" e "Undertow" os pontos altos de "...And Then There Were Three...". Banks faz um excelente trabalho de teclado no álbum, tendo esse um grande destaque por exemplo, em "Burning Rope", que além de ótimas teclas, carrega no seu meio uma levada de guitarra que gosto bastante. Um álbum longe das maiores obras da banda, mas ainda assim, bastante digno.

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Nota: 6

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Duke (1980)

Novamente a banda se apresenta em músicas bem mais simplificadas, o que não seria mais novidade alguma até o seu último lançamento. A era pop do GENESIS que deu seus primeiros passos em "...And Then There Were Three..." chega oficialmente em Duke. Isso quer dizer que não existe nada de progressivo no álbum? Bom, não é isso, mas a quantidade desses elementos foram diminuídas drasticamente. O maior destaque do álbum está no seu final através de "Duke's Travels/Duke's End, Banks faz um extraordinário trabalho de teclado que poderia ser utilizado até mesmo em discos da fase mais progressiva da banda. "Man Of Our Times" merece menção, traz um excelente vocal de PHIL COLLINS em uma levada rocker cadenciada por uma ótima percussão e teclado. Destacaria também a melancólica, "Heathaze", possui uma excelente melodia e que embora não seja aquilo que um fã mais exigente do GENESIS procure, é bastante bela. Um disco que não funciona bem no sentido da ótica progressiva, mas em se tratando de uma fusão de algo como pop prog, "Duke" vale a pena.

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Nota: 6

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Abacab (1981)

Não tem como duvidar que o PHIL COLLINS estava arrastando a banda cada vez mais pra perto do que ele estava produzindo em sua carreira solo. Literalmente o GENESIS nada mais era do que a sua banda de apoio. Embora ainda com vestígios do passado progressivo do grupo, o álbum é preenchido principalmente com melodias bastante simples e algumas outras mais cativantes, fato que fizeram três dos quatro singles do álbum, "Abacab", "Man on the Corner" e "No Reply at All", atingiram o Top 40 da Billboard. Mas qual seria o melhor momento e mais progressivo do álbum? Bom, chamar de progressivo seria demais, mas em "Dodo/Lurker" é onde com certo esforço e cabeça aberta, nota-se de maneira muito fraca um lapso progressivo, uma influência jazz, vocal emotivo, teclados estranhos são alguns dos ingredientes. Uma faixa "ok" e melhor que o pop tradicional que impregnou a banda nos anos 80, mas ainda assim, muito aquém do que as peças sinfônicas de outra época

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Nota: 4.5

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Genesis (1983)

Antes de me manter compreensível em relação a discografia da banda, uma coisa que não consigo entender é todo o barulho que muitos fãs fazem em relação a "Mama", sinceramente acho uma música repetitiva, chata e totalmente esquecível. Apesar de também ser um álbum muito aquém do que a banda pode oferecer, um momento merece destaque. Na verdade, um momento, mas que englobam duas faixas. "Home by the Sea" e "Second Home By The Sea" devem ser encaradas como uma só. A primeira parte (que chegou a tocar nas rádios) é uma música muito boa, com boas ideias, invenção temática, bons vocais por parte de PHIL COLLINS, tudo bem que ela não tem partes instrumentais a ponto de lembrar o velho GENESIS, mas isso não tira o fato de que esta é a melhor música do álbum. "Second Home By The Sea", basicamente toda instrumental, talvez não agrade tanto pela sua bateria eletrônica, mas possui uma boa atmosfera criada pelas teclas de TONY BANKS. Como eu disse, é bom ouvi-las como um todo. A ideia do tema também é interessante, um conto de um ladrão pego em uma casa assombrada. Vale lembrar que aqui também está a pior música já composta na história da banda, "Illegal Alien".

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Nota: 5

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

Invisible Touch (1986)

Imagine você criar uma identidade, depois perder um pouco dela, e no fim das contas simplesmente a abandonar totalmente sem qualquer cerimônia. Pois é, foi o que o GENESIS fez através de "Invisible Touch". A faixa título seria uma boa música dentro da discografia do PHIL COLLINS, mas em se tratando de GENESIS é mais complicado de digerir. Duas faixas do álbum que merecem menções são, "Tonight, Tonight, Tonight", que tem uma levada até agradável, mas que poderia ser menos estendida. E a maior faixa, "Domino", com mais de 10 minutos, sem dúvida é o melhor momento do disco, e embora não chegue nem perto da qualidade de outras faixas igualmente longas da banda e não seja progressiva como as que foram feitas em outrora, é um trabalho muito bem orientado tanto liricamente quando musicalmente. De qualquer forma, um álbum extremamente abaixo da média.

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Nota: 3.5

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Phil Collins

We Can't Dance (1991)

"We Can't Dance" foi o apagar das luzes de PHIL COLLINS com a banda, deixando claro não existir quaisquer possibilidade de ressurreições futuras (mas que acabaram existindo, mas essa história não vem ao caso). Como os dois últimos álbuns, a música foi escrita principalmente para a nova base de fãs pop rock, com um leve aceno de cabeça em algumas músicas para seus fãs inveterados de sua época de rock progressivo. O álbum contém um bom número de pop rock, mas os destaques estão em duas faixas que fogem dessa linha. A primeira, "Driving the Last Spike", mostra de certa forma a banda retomando mesmo que timidamente as suas raízes, um excelente trabalho de teclado atmosférico de BANKS, vocal emotivo de COLLINS e uma seção intermediária com uma veia progressiva. Como ponto negativo, talvez pudesse ser um pouco mais curta. A segunda, "Fading Lights", o melhor uso de bateria eletrônica na carreira da banda, aqui elas contribuem para a atmosfera, para o ambiente obscuro que o início da faixa remete. Os teclados são tocados de maneira bela, nota-se até mesmo uma conotações religiosas na música. Umas das melhores performances vocais da carreira de COLLINS. Possui uma parte longa que soa como prog. Mais um bom momento do álbum é "Living Forever", onde COLLINS é bem inventivo usando escovas nos lugares de baquetas, além de novamente um bom trabalho de teclados por parte de BANKS principalmente no meio da música com uma combinação inteligente de funk e a sensibilidade do prog.

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Nota: 5

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
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Calling All Stations (1997)

O último álbum lançado pela banda, apesar de assim como vários dos seus antecessores, não ter basicamente nada de progressivo, leva uma certa "vantagem", pois já não causava estranheza a ninguém a maneira que soava, ninguém esperava mais nada do grupo do que aquilo que foi apresentado. Era basicamente um álbum de pop rock bem homogêneo, mas com uns vocais mais finos por parte de RAY WILSON em "Calling All Stations", "If That's What You Need" e "Small Talk" (já em outras partes não consegue encaixar na música da banda). Os membros da formação clássica, BANKS e RUTHERFORD, obviamente não estão tocando de maneira virtuosa, simplesmente deixam a música fluir naturalmente, criando uma boa atmosfera dentro do que o álbum se propõe. Talvez o problema aqui não seja encontrado na música, mas com as nossas concepções devido ao nome da banda. Tentar esquecer o que já foi o GENESIS dentro da música progressiva não é garantia de gostar do álbum, mas ao menos poderá aceita-lo melhor.

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Nota: 4.5

Formação:
Tony Banks
Mike Rutherford
Nick D'Virgilio
Ray Wilson
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Sobre Tiago Meneses

Um amante do rock em todas as suas vertentes, mas que desde que conheceu o disco Selling England by the Pound do Genesis, teve no gênero progressivo uma paixão diferente.
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