Números não mentem: como saber qual banda é melhor?
Por Ricardo Mazzo
Postado em 30 de junho de 2013
Esqueça as suas bandas favoritas. Esqueça suas músicas prediletas. O que vamos fazer abaixo é um exercício prático sobre como distinguir matematicamente uma banda de outra, sejam lá elas quais forem. Por isso, saia para uma volta, clareie as idéias e deixe o fanatismo de lado. Discutir Heavy Metal é tão difícil ou até pior do que discutir religião. Mas lembre-se, tr00, o estudo abaixo é teórico e as bandas são fictícias.
Imagine que 3 bandas (A, B e C) tem suas discografias avaliadas música a música por você, com notas de 0 a 10. Para facilitar, assumamos que todas têm o mesmo número de CDs lançados, assim como o mesmo número de músicas. Sendo assim, após sua avaliação, temos a média de cada álbum, de cada banda etc.
Aí vem a pergunta: como classificá-las da forma que melhor expresse sua opinião? Explico. Imagine que a banda C ficou com a melhor média geral, ou seja, a média de todas as suas músicas foi a maior. Por outro lado, a banda A ficou com a maior média se apenas considerarmos as 10 melhores músicas de cada banda. Por fim, a banda B ficou com a maior média quando analisamos apenas as 20 melhores músicas das concorrentes. E agora? Qual delas é a que você prefere? Mais uma vez, a resposta tem que ser puramente matemática e nada subjetiva. E, óbvio, não existe empate no universo analisado.
Tentando responder a essa pergunta, pensei um pouco para entender quais seriam as classificações necessárias para julgar de forma mais justa as bandas escolhidas. Claro, a média geral da banda foi a primeira e a chamei de Geral. Depois disso, dividi as classificações em Tops, de 10 a 50. Entendi que 50 músicas é um número mais que suficiente de músicas para se analisar uma discografia. Mais que isso passa a ser genérico demais e a média geral representaria tais músicas.
Com isso, fui aos resultados. Seguindo o formato [Geral, Top10, Top20, Top30, Top40, Top50] olhei os números de cada uma das bandas. A banda A ficou com [7.00, 9.60, 8.70, 8.60, 8.20, 7.90], enquanto a banda B com [6.50, 9.50, 8.90, 8.70, 8.10 e 7.60) e a C com [7.20, 9.50, 8.70, 8.40, 8.00, 7.90]. Para facilitar, 1º, 2º e 3º em cada classificação abaixo. No caso de empate, as bandas ficam separadas por uma " / ".
• Geral: C, A, B;
• Top10: A, B/C;
• Top20: B, A/C;
• Top30: B, A, C;
• Top40: A, B, C;
• Top50: A/C, B.
Com isso, como você elencaria essas 3 bandas, da melhor para a pior (ou "menos ruim")?
Depois de olhar um pouco para esse resultado e pensar em casos reais, cheguei a conclusão de que o Top40 é aquele que melhor representa a classificação correta das bandas que gosto. Com 40 músicas, se tem o suficiente para 2 shows, 4 álbuns e algumas horas de ótimas músicas. Em 2º, fiquei na dúvida entre o Top30 e o Top10. No fim, optei pelo primeiro, já que um maior número de músicas excelentes tem mais impacto do que uma lista de mega hits. Em 3º, sim, veio o Top10.
A segunda metade ficou com o Top20, Top50 e, por último, o Geral. Vejo a média geral como sendo o tanto de lixo que a banda já fez. No nosso estudo, B tem a pior média geral, apesar de liderar os Top20 e 30. No entanto, começa a cair depois disso. Ou seja, é daquelas bandas que deve ter um setlist devastador para um show, mas só esse setlist, sem mais.
Para fechar, minha classificação ficaria alfabeticamente ordenada ao acaso: A, B e C. O que isso significa? Não muito, tendo em vista que o mundo real conta com toda a subjetividade humana. Mas vale o exercício de descobrir se você é realmente fã de uma banda ou mais um fanático que não sabe criticar seu ídolo. Em qualquer um dos casos, keep rockin’.
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