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Zwan

Postado em 06 de abril de 2006


Biografia originalmente publicada no site Dying Days

Por Natalia Vale Asari

Comecemos com o final, para variar. No remoto ano de 2000, o Smashing Pumpkins anunciou seu fim. Milhares de fãs acompanharam o canto do cisne, cada qual com seu palpite para quando Billy Corgan, vocalista, guitarrista e líder de uma das mais notáveis bandas dos anos 90, iria voltar à ativa. Com base na produção de b-sides do Pumpkins naquela época, a sensação geral era de que um novo projeto do artista não tardaria.

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Estes fatos recentes estão bem documentados. Corte então para 1990, Chicago. O Smashing Pumpkins já estava engatinhando e começando a preparar seu primeiro disco, o Gish. Vá para New Jersey, onde surgia uma cena forte que misturava punk e metal. O Skunk foi uma das bandas típicas de Jersey, fadada a qualquer hora se auto-destruir. Exatamente então Billy Corgan, fã do Skunk, foi tentar conversar com seus ídolos sobre sua insegurança quanto às gravações no estúdio. Apesar de escorraçado pelo baixista, Billy foi bem recebido pelo guitarrista Matt Sweeney. A conversa girou, claro, em torno de música. Conversa vai, conversa vem, Matt e Billy descobriram ter gostos muito próximos e admiração por bandas em comum: Come, Slint, além de muitas representantes do metal dos anos 70. Como se fossem amigos de longa data, fizeram um trato de sempre tocarem juntos quando Corgan aprecesse em New Jersey.

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Avance mais dois anos. Billy Corgan realmente apareceu em Maplewood, New Jersey, e tocou com Matt Sweeney. O cenário foi o porão da casa do pai de Matt. Como todos os prolíficos encontros destes dois grandes músicos, a experiência intensa legou mais uma promessa: assim que o Smashing Pumpkins acabasse, eles iriam formar uma nova banda.

Neste meio tempo, durante toda a década de 90, muitas coisas aconteceram. O Skunk acabou e Matt Sweeney esteve na banda Chavez. Quando o Chavez também teve seu fim, o guitarrista tocou em shows com a Cat Power, o Guided by Voices e o Bonnie Prince Billy. O Smashing Pumpkins lançou um álbum que marcou a história auditiva. Jimmy Chamberlin, baterista do Pumpkins, teve que deixar a banda por um tempo para se recuperar de problemas com drogas.

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Agora chegamos novamente ao ponto em que o Pumpkins acabou. Relembrando da promessa inicial, Billy Corgan e Matt Sweeney resolveram formar uma nova banda. Dentre os integrantes do Pumpkins, a nova banda herdou Jimmy Chamberlin. Isso não foi nada inesperado, já que Jimmy e Billy têm uma ótima afinidade para tocar juntos, além de serem grandes amigos fora do palco.

Para completar a trupe dos primeiros shows, Matt Sweeney chamou seu velho amigo David Pajo. David Pajo é uma espécie de mentor intelectual do Josh Homme, se formos ver de quantas bandas e projetos e com quantas pessoas ele já tocou. Para citar os nomes mais conhecidos associados à figura: Slint, Tortoise, Stereolab, Papa M. Aliás, o Papa M ainda existe e Pajo ainda tem projetos para a banda. Como se não bastasse, David ainda é daqueles que tira som de qualquer coisa que colocarem na frente dele: toca baixo, guitarra, bateria, piano e conga. Imagine Jimmy Chamberlin incrédulo por estar tocando na mesma banda que o David Pajo... Tem-se então uma idéia do tamanho dos talentos somados neste embrião de banda.

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O último show do Smashing Pumpkins foi em 2 de dezembro de 2000. O primeiro do Zwan, em 16 de novembro de 2001. Menos de um ano depois, Corgan estava de volta à ativa, como intuiam os fãs de Pumpkins - e como Matt Sweeney soube por mais de dez anos. O grupo The True Poets of Zwan fez quatro apresentações na Califórnia, com um setlist de cerca de vinte músicas inéditas.

Ainda envolvidos na aura de mistério que não se esvaiu do Machina, ou talvez ainda procurando um caminho próprio para a nova banda, o True Poets of Zwan apresentou-se em forma de seu alterego, o Djali Zwan. Os shows do Djali Zwan no centro-oeste estadunidense eram acústicos e continham um setlist completamente diferente do True Poets. Como curiosidade, "Djali" é um termo que significa contador de histórias, proveniente de um dialeto africano. Em resumo, o que se viu surgir foram duas bandas distintas, portanto, mas formadas pelos mesmos integrantes. Ainda parece confuso? Exatamente, ninguém sabia mais o que esperar de Corgan. "Será que ele enlouqueceu mesmo com aquela história toda de Glass and the Machines of God? David Pajo, por favor, você já lidou com tantas pessoas, tente dar um jeito no carequinha..." Ao mesmo tempo, foi lançado um site oficial, www.zwan.com, e grande parte da estrutura on-line já montada pela comunidade fã de Smashing Pumpkins passou a se dedicar também a cuidar dos dois alteregos do Zwan.

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Durante o ano de 2002, o True Poets of Zwan e o Djali Zwan acabaram fundindo-se em uma banda só, simplesmente Zwan. O baixo, que ficava normalmente a cargo de Pajo, passou para as mãos da argentina Paz Lenchantin, desertora do A Perfect Circle. O Zwan pôde contar então com um baixo, uma bateria, três guitarras - e cinco vocalistas. Como parecia natural, Billy Corgan assumiu os vocais, sim, mas todos os outros chegaram ao microfone. E voi la - tem-se o som do Zwan! Não surgiu muito experimentalismo nem eletronicidades, como era a aposta de grande parte dos fãs do Pumpkins. O Zwan mostrou músicas de rock mais convencionais, com pitadas de folk, e grandes músicas estilo The Last Song (encontrada na caixinha "The Aeroplane Flies High" do finado Pumpkins).

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Além dos incessantes shows, o Zwan também arranjou um tempinho para participar da trilha sonora do filme Spun em 2002. As suas contribuições foram as músicas Jesus, I, Wasting Time e um inusitado (mas não inédito) cover de Number of the Beast, do Iron Maiden. Billy Corgan aproveitou também para fazer uma ponta no filme, como "O Médico".

Este um ano foi tempo suficiente para fazer a base da comunidade de fãs do Zwan. A banda seguia a política de "open taping", isto é, a platéia pode gravar o show à vontade. Claro, é de bom senso não se lucrar com os "bootlegs" (ou os famosos discos piratas) que surgem disso. Ou seja, menos de um dia depois de uma apresentação, os fãs tinham à sua disposição aquele show via internet ou trocas sem fins lucrativos. É interessante ver como a Internet revolucionou a divulgação musical.

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Em fevereiro de 2003, o Zwan lançou seu primeiro álbum, "Mary Star of the Sea". Não foi muita surpresa o grupo ter assinado com um grande selo como a Warner Brothers, dada toda a promoção voluntária e involuntária antes mesmo do debut. Ninguém soube muito bem o que esperar dele porque, mesmo com a banda aparentemente com um rumo, a cada novo show no ano anterior eram apresentadas mais e mais músicas. Billy Corgan realmente não consegue parar de fazer música. Por ser recebido pelos fãs de Smashing Pumpkins, principalmente, a expectativa era altíssima. Afinal, Billy Corgan é considerado um gênio e um trabalho dele, com a dedicação necessária que ele sempre mostrou no Pumpkins, não poderia ser menos do que extraordinário. Além do mais, com Sweeney, Pajo, Paz e Chamberlein para ajudar, não poderia sair algo menos do que fenomenal. Billy Corgan disse que queria fazer o álbum de rock mais alto e chocante de todos os tempos, tomando por modelo grandes trabalhos em mono dos anos 60, como os do the Who, the Kinks e the Rolling Stones. Em seqüência ao disco, saíram, ainda em 2003, singles das músicas Honestly e Lyric.

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"Mary Star of the Sea", para usar de um sentimento comum entre os que tinha tantas expectativas, é uma incógnita. Tem momentos bons, outros um pouco cansativos. A sensação geral é que é um disco razoável, dado todo o enorme potencial dentro do Zwan. Talvez isso tenha explicações nos rumores de que o clima da banda não devia estar muito bom e ela está para acabar, com o David Pajo e a Paz Lenchantin em um possível projeto paralelo.

Problemas em manter as baixistas, Billy? Apesar destes rumores, está previsto o lançamento de mais um single do Zwan, Of A Broken Heart. E quem disse que o True Poets of Zwan havia cometido um ato antropofágico com Djali Zwan? Não, não, não dissemos nada disso! Também recentemente, Jimmy Chamberlin e Matt Sweeney deram entrevistas dizendo que o Djali Zwan logo estará de volta. Disseram, inclusive, que no Djali Zwan o espaço maior seria ocupado por David Pajo e Paz Lenchantin... Como se pode perceber, as informações estão um pouco desencontradas. Mas tomara que todos estes talentos façam música da melhor maneira que decidirem, para a alegria dos nossos ouvidos!

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