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Plato Divorak - Entrevista exclusiva.

Por Angela Joenck Pinto
Postado em 21 de outubro de 1999

Com muitas bandas e parcerias rolando ao mesmo tempo, Plato Divorak não tem medo de ser chamado de ‘agitador cultural’. Figura cult dos bares de Porto Alegre, influenciado por sons distintos como The Doors, John Coltrane, MIJ, Them, Raul Seixas, Van Morrison, Liverpool e muitos outros, organizador no evento Monterrey Popstock Festival (que já teve duas edições), parceiro de Frank Jorge em muitas músicas, Plato pode realmente ser chamado de ‘agitador’.

Com o Cd promo "Plato Divorak e os Sha-Zams" lançado pelo selo independente Krakatoa Records já rolando no Rio, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba, Plato mantém contatos com o pessoal do país inteiro. "Lojas do Ceará, o pessoal de Salvador que nos ajuda, a banda The Charts, de São Paulo, a banda Violeta de Outono, que me ajudou com publicações internacionais, são os contatos que eu tenho desde os anos 80". Com os pés no chão, Divorak sabe da dificuldade de lançar trabalhos independentes em um mercado como o brasileiro: Eu não iria lançar um CD independente que não fosse uma coisa que me desse lucro. "Tem letras em inglês e tudo mais", diz ele. "Eu procuro mostrar os fatos do Rio Grande do Sul de uma maneira bem engraçada. "

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Como a Graforréia Xilarmônica, companheira de batalha de tantas outras bandas do Sul, Plato acha que há uma tendência da mídia em falar mal do trabalho feito no nosso Estado. "A mídia gosta de falar mal da Graforréia, por exemplo. Essa é uma coisa que o Frank (Jorge) comenta bastante comigo". Mas Plato não é mais uma criança enredada nas tramas do show business. Já se apresentou em vários estados do Brasil com seus diferentes projetos. Esteve em São Paulo com a banda Pére Lachaise (nome dado em homenagem ao cemitério onde se encontra o túmulo de Jim Morrison), um sucesso do ano de 1991, aproveitando o lançamento do filme The Doors. Plato brinca: "Aproveitamos a badalação! [risos]. A gente tocava ‘Television’, um som junkie da virada dos anos 80, ‘Echo and the Bunnyman’."

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Os artistas do underground se ajudam, segundo Divorak. Ele dá o exemplo da banda The Charts, que divulga seu trabalho em São Paulo, enquanto Plato espalha o trabalho da banda aqui no Sul. "São bandas que se unem, como a Reles Pública de Curitiba. Tem sempre matérias sainda sobre a Lovecraft (outro projeto de Plato, que atualmente está parado), Charts, esse som que tem a ver com os anos 60. As bandas se unem por ideologia ou por estilo. E eu, como gosto do som de todos elas, mantenho contato."

Mas nem tudo são flores na comunidade feliz do rock gaúcho. "Uma banda no sul, tocando só aqui no Rio Grande do Sul faz mais sucesso e tem muito mais público do que em São Paulo. Às vezes tu vais até São Paulo e o pessoal não está nem aí, e as tribos são muito variadas. Um cara que é heavy metal gosta só de metal, o cara que é mod gosta só de mod. Aqui no Sul as cabeças são mais abertas. Tu sentes isso indo nos lugares. É que nem em Aracajú, esses outros locais. Eu toquei lá com um pessoal só com violão e bateria eletrônica e todo mundo gostou. Tu acabas conhecendo a cena local de perto."

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Com a exportação de canções do Nordeste patrocinadas pela grande mídia, neste espaço ainda fazem cara feia para os sons gaúchos. Mas Plato diz que no underground a coisa é outra: "no patamar do underground todo mundo é interessado em tudo que aparece. Os caras querem que as coisas dêem certo. Eu sou um desses caras. A gente faz amizade e não é só no Nordeste. O underground rola na América latina, nos Estados Unidos. As pessoas se tornam amigas e às vezes não é nem pela música, mas por cinema, teatro, sei lá... A gente troca material, releases ingleses, CDs, e às vezes você recebe um retorno até maior."

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As previsões para o futuro são boas. Plato Divorak acha que o rock brasileiro nunca esteve tão unido quanto agora. "Como o esquema é muito pequeno e o pessoal não tem meios, não dá para mandar uma banda de quatro caras para tocar no Mato Grosso, então vou eu sozinho e eles pagam hotel, e tudo mais. Aproveito para fazer o meu show. No underground é onde as coisas rolam mesmo. Hoje tem lugar pra qualquer tipo de produção. Nos anos 80 isso jamais aconteceria".

Agora Plato está com o projeto Momento 68, com shows já agendados em São Paulo e Curitiba no mês que vem. Participam da banda o guitarrista Sandro, a baixista Verônica (Liquid) e o baterista Gregor (Spectrus). "Este ano ainda vou fazer a terceira edição do Monterrey Popstock Festival e vou trazer a Momento 68 para Porto Alegre". A banda de Divorak que está na ativa neste instante é a Plato Divorak e os Sha-Zams. "Com esta banda nós estamos ensaiando com uma nova formação, que é Dante Jr (baterista), Pingüin (teclado), Airton (guitarra). O disco já está pronto e foram prensadas mil cópias. Através de uma cooperativa, o lucro de CDs de outras bandas financiam novos trabalhos. É o caso desta banda, que mês que vem (se tudo der certo) terá seu disco lançado."

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Quanto a Lovecraft, Plato diz que produziu um Cd chamado "Através do Arquivo Púrpura", que pretende lançar como segundo álbum da banda. Inovador, o trabalho trará até mesmo flautas andinas.

A parceria "Plato e Frank" está com uma música nova, chamada "Anedotário Brasilianista". Dezoito das vinte faixas gravadas no verão de 1997 foram escolhidas para o trabalho da dupla. Formada em 1993, se definem como música folk e tem no violão seu instrumento principal. Já em 1995, Plato Divorak e Frank Jorge formaram outra banda, a Empresa Pimenta, com Régis Sam e Gésner Mess. Sem ensaiar, tocam seus pops de primeira linha pelos cantos de Porto Alegre.

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"O importante é fazer o que se quer". E Plato é um cara que leva para frente tudo que quer.

Entre em contato com o selo independente Krakatoa Records: Caixa Postal 517, Agência Central, CEP 90001-970, Porto Alegre - RS. Para contato direto com Plato Divorak, escreva para [email protected] .

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