Sabaton vence de goleada no Bangers Open Air mesmo escalando time reserva
Resenha - Sabaton (Bangers Open Air, São Paulo, 03/05/2025)
Por Gustavo Maiato
Postado em 06 de maio de 2025
A apresentação do Sabaton no Bangers Open Air no sábado, 3 de maio, em São Paulo, serviu para escancarar aos que ainda estavam desconfiados do poder de mobilização que o power metal tem em arrastar multidões apaixonadas no Brasil. O segredo para o sucesso? Definitivamente a aposta de se tornar uma "banda temática" atraiu historicamente muitos fãs – da mesma forma que ocorreu com o Powerwolf e seu universo de lobisomem religioso no show anterior. Pelo visto tratar exclusivamente de história militar deverá ser a tônica de toda carreira do quinteto liderado por Joakim Brodén e Pär Sundström.


Os suecos escolheram o Brasil para realizar seu primeiro show em 2025. E os bangers brasileiros foram presenteados com um repertório recheado de hits. Desde os antigos como "Primo Victoria" aos mais recentes como "Stormtroopers". O problema é que para quem é velho de guerra e já maratonou inúmeros vídeos no YouTube ficou o gostinho do time que sabia que venceria o jogo mesmo sem escalar seus principais jogadores.

O pecado maior foi no cenário. Apenas um backdrop modesto, sem nenhuma encenação de palco. (Cadê as trincheiras? Cadê a bateria em forma de tanque? Cadê Joakim entrando com uma máscara de gás em "The Attack of the Dead Men"?). A seleção das músicas não chegou a comprometer – mas faltaram hits como "The Lion From The North". E quem inventou de colocar "Carolus Rex" na versão sueca? Outra escolha questionável foi não incluir o último single "Templars", que antecipa o novo álbum.
Mesmo assim, o Sabaton ganhou o público e fez de longe o melhor show do sábado. Livres, leves e soltos, faziam brincadeiras entre si e respondiam aos "Olê olê olê olê, Sabaton, Sabaton" com promessas de não demorar muito para voltar ao Brasil. Joakim e sua tradicional guitarra da Hello Kitty tocando "Resist and Bite" e "Smoking Snakes" – sobre nossos soldados brasileiros na Segunda Guerra – acompanhados do cantor enrolado numa bandeira do Brasil, foram outros pontos altos.

Por fim, num dia que contou ainda com Ensiferum, Kamelot, Powerwolf, Viper e outros nomes do metal melódico, não restam dúvidas que o gênero voltou para ficar. Isso porque nomes do primeiro escalão como Avantasia e Blind Guardian só se apresentariam no dia seguinte e mesmo assim o dia foi dominado pelo espectro metal espadinha da força. E outros gigantes como Helloween, Gamma Ray e Angra nem sequer estavam no line-up.

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