Ozzy Osbourne: Resenha e fotos do show no Rio de Janeiro
Resenha - Ozzy Osbourne (Jeunesse Arena, Rio de Janeiro, 20/05/2018)
Por Gabriel von Borell
Postado em 22 de maio de 2018
No último domingo (20), Ozzy Osbourne retornou ao Rio de Janeiro para mais uma turnê de despedida. Após dar adeus ao público brasileiro com o Black Sabbath no final de 2016, dessa vez era hora do Príncipe das Trevas se despedir em carreira solo.
O fato de terem trocado o local do show da Praça da Apoteose para a Jeunesse Arena indicava que os fãs cariocas não pareciam estar empolgados com a suposta aposentadoria de Ozzy. Porém, as 10 mil pessoas que compareceram à apresentação na Barra da Tijuca, representaram a Cidade Maravilhosa com muita dignidade.
Quando o relógio marcava 20h29, apenas um minuto antes do horário previsto para o início do espetáculo, as luzes da Arena se apagaram e um vídeo com imagens do astro da noite foi exibido no telão, que ficava atrás do palco.
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Alguns instantes depois, o Madman surgiu ao lado de Zakk Wylde (guitarra), Rob "Blasko" Nicholson (baixo), Adam Wakeman (teclados), filho do lendário tecladista do Yes, Rick Wakeman, e Tommy Clufetos (bateria), fazendo o público se agitar.
Para dar o pontapé inicial ao show, Ozzy escolheu "Bark at the Moon", canção que abre o disco homônimo, lançado em 1983. Em seguida, o cantor de 69 anos voltou um pouco mais na carreira e entregou uma ótima performance de "Mr. Crowley", faixa presente em seu álbum de estreia, "Blizzard of Oz", de 1980.
Com a voz bem preparada, apesar de cantar em tons mais baixos, Ozzy seguiu comandando a plateia com "I Don't Know", "Fairies Wear Boots", primeiro sucesso do Black Sabbath a aparecer no setlist, e a polêmica "Suicide Solution".
Em meio a "obrigados" e "eu amo todos vocês", o roqueiro sessentão cantou "No More Tears", do trabalho de mesmo nome lançado em 1991, e "Road to Nowhere", ambas acompanhadas palavra por palavra pelos fãs.
Embora Ozzy tenha histórico de abuso de álcool e drogas em geral, é impressionante sua vitalidade em cima do palco, pulando à frente do microfone, puxando palmas e balançando os braços de um lado para o outro o tempo todo. E o público, claro, atendia às solicitações de seu ídolo prontamente, reproduzindo os movimentos do cantor.
Na sequência, veio "War Pigs", outro clássico do Sabbath, deixando a plateia em polvorosa. Logo após, o marido de Sharon Osbourne saiu de cena para que seus companheiros pudessem se destacar (e Ozzy descansar por 20 minutos).
No medley instrumental de "Miracle Man", "Crazy Babies", "Desire" e "Perry Mason", Wylde desceu do palco e foi até à grade, causando furor nos fãs. O líder do Black Label Society mostrou toda sua destreza no comando da guitarra e, mais tarde, foi a vez do baterista Clufetos demonstrar sua habilidade no manejo das baquetas.
Reverenciados pelo público, os músicos receberam Ozzy de volta e tocaram "Shot in the Dark", do disco "The Ultimate Sin", de 1986. Para fechar o repertório, a banda executou "I Don't Want to Change the World" e "Crazy Train", às 21h53.
O ex-companheiro de Tony Iommi e Geezer Butler então disse que os fãs deveriam pedir mais uma canção, foi quando o bis começou com "Mama, I'm Coming Home", música composta por Zakk Wylde em parceria com o falecido líder do Motorhead, Lemmy Kilminster.
O encerramento da apresentação, com exatamente 1h30 de duração, não poderia acontecer de melhor forma: ao som de "Paranoid", hit mais emblemático do Black Sabbath e que faz parte do disco homônimo de 1970.
Agora fica a pergunta. Será que este foi realmente o derradeiro show de Ozzy Osbourne no Brasil? Difícil dizer. Talvez haja mais uma turnê no futuro. Vai saber.
Setlist:
1- "Bark at the Moon"
2- "Mr. Crowley"
3- "I Don't Know"
4- "Fairies Wear Boots"
5- "Suicide Solution"
6- "No More Tears"
7- "Road to Nowhere"
8- "War Pigs"
9- Medley instrumental: "Miracle Man", "Crazy Babies", "Desire" e "Perry Maon"
10- Solo de bateria
11- "Shot in the Dark"
12- "I Don't Want to Change the World"
13- "Crazy Train"
Bis:
14- "Mama, I'm Coming Home"
15- "Paranoid"
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