Scorpions: Banda apresenta outra obra prima no palco
Resenha - Scorpions (Citibank Hall, São Paulo, 01/09/2016)
Por Diego Camara
Postado em 02 de setembro de 2016
Claro que muitos podem falar que não dá para se esperar menos do Scorpions do que uma belíssima e impecável apresentação. Depois de mais de 50 anos de estrada, todas as bandas acabam perdendo um pouco do fôlego ou alguma das características que as elevaram ao estrelato no início da carreira. Porém, para estes senhores – no alto dos seus quase 70 anos, no caso de Meine e Schenker – o tempo parece passar mais devagar ou evitar que a qualidade se esvaia. Isto traduz, no geral, a aparência do show realizado no dia 1º, no Citibank Hall pela Time4Fun, um em três que serão realizados em São Paulo nesta turnê.
Já do lado de fora, a expectativa era enorme para o show. Ingressos esgotados há meses, filas enormes para todos os lados, casa cheia que levou a marcação de dois outros shows no Citibank Hall. O público demorou um pouco a ganhar acesso à casa, mas logo abriram-se as portas, a entrada foi tranquila, sem problemas e extremamente bem organizada. Não demorou muito para que a casa estivesse cheia, onde um espaço vago se tornou uma preciosidade.
O espetáculo começou às 21h30 em ponto, sem nenhum atraso. Pontualidade que foi recebida muito bem pelo público, aos gritos pela banda logo no início da introdução. A banda abriu o show muito bem, e desde o início pudemos ver um espetáculo coeso e muito bem construído. A banda esbanjou nos efeitos do palco, na iluminação e nos telões, tudo bastante minucioso e empolgante. O palco, com uma plataforma central que levava os integrantes até próximo da pista (cruzando pela pista premium), também foi um toque a mais, que aproximou a banda de uma maneira ainda mais democrática.


O som não estava tão impecável no início do show, especialmente nas duas primeiras músicas. A voz de Meine parecia um pouco distante, com um efeito de eco destoante, enquanto as guitarras e a bateria estavam muito firmes e se sobressaíram dentro da música. Nada que pudesse, claro, retirar a empolgação dos fãs, que receberam o Scorpions de braços abertos, gritaram e cantaram muito em todas as músicas. O som da casa, por sinal, não esteve muito bom no geral próximo ao palco, adquirindo muito mais coesão com uma maior distância. Quem estava no início da pista normal e no final da premium conseguiu uma qualidade muito melhor de som durante todo o show.
Com "The Zoo" e "Coast to Coast", a banda chega no seu melhor. A qualidade do áudio chega no seu melhor nível, e o público dança e curte as ótimas performances da banda. Em seguida, Meine promete uma bela sequência para devolver o público aos anos 70 da banda. Executam, em um medley, alguns dos grandes sucessos desta década, lembrando os discos "Fly to the Rainbow", "In Trance", "Virgin Killer" e "Taken by Force", com destaque para a excelente puxada da bateria de Mikkey Dee que abriu a sequência.


Apesar das músicas do último disco, lançado em 2015, e das memorabilias dos anos 70, a década de ouro dos anos 80 da banda preencheu boa parte do setlist da banda. Grande destaque para as músicas "Blackout" e "Big City Nights", a primeira com a guitarra estilizada de Schenker, que soltava fumaça como um escapamento. Jabs também estava afinadíssimo nos solos de guitarra, que levantaram o público em ambas as músicas.
Meine empolgou muito os fãs, com dinamismo andou e correu pelo palco e pela plataforma, como se estivesse agradecendo a cada fã por sua presença, olhando nos olhos do público, encantando homens e mulheres, velhos e jovens. Depois de tantos problemas, é ainda mais impressionante como ele consegue ainda estar no ápice de sua condição física, sem deixar cair em nenhum momento sua performance. Para fechar, fez o público ainda cantar pelo aniversário de Schenker, que havia sido no dia anterior.


Para finalizar, a banda trouxe em seu bis outras duas músicas, que não poderiam ter sido outras: a clássica e melódica "Still Loving You" e "Rock You Like a Hurricane", grande sucesso de 1984. O público se emocionou bastante com as músicas, cantando o tempo inteiro junto com a banda, já em um misto de saudosismo e encantamento. Não poderia ser diferente, afinal após o final do show – que durou pouco mais de 1h30 – parecia que ele havia voado, de tão rápido que o tempo passou. Talvez isto tenha levado, muitos dos fãs presentes, a tentarem um ingresso para as outras duas apresentações. Isto é, se ainda acharem algum ingresso em algum lugar.
Scorpions é:
Klaus Meine – Vocal
Matthias Jabs – Guitarra
Rudolf Schenker – Guitarra
Paweł Mąciwoda – Baixo
Mikkey Dee – Bateria
Setlist:
1. Going Out With a Bang
2. Make It Real
3. The Zoo
4. Coast to Coast
5. Top of the Bill (intrance)/ Steamrock Fever (taken by force) / Speedy's Coming (fly to the rainbow) / Catch Your Train (virgin killer)
6. We Built This House
7. Delicate Dance
8. Always Somewhere / Eye of the Storm / Send Me an Angel (acústico)
9. Wind of Change
10. Rock 'n' Roll Band
11. Dynamite
12. In the Line of Fire
13. Drum Solo
14. Blackout
15. No One Like You
16. Big City Nights
Bis:
17. Still Loving You
18. Rock You Like a Hurricane
Fotos: Kennedy Silva. Galeria completa no link abaixo:
https://www.facebook.com/kennedysilvaphotos
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