QOTSA: Clima soturno e uma pancada nos ouvidos no Brasil
Resenha - Queens of the Stone Age (Espaço das Américas, São Paulo, 25/09/2014)
Por Diego Camara
Postado em 01 de outubro de 2014
Fotos: Marcos Hermes/Move Concerts
Mais uma vez o Queens of the Stone Age vem ao Brasil, desta vez sem nenhum festival para bancar a turnê. Com a responsabilidade nas costas, o quinteto veio com tudo já sabendo que o show em São Paulo estava já há um bom tempo esgotado, apesar do show ser no meio de semana e o horário não lá muito convidativo.
A fila gigantesca se formava dos dois lados do Espaço das Américas antes da apresentação, realmente confirmando os prognósticos que davam um show lotado para a apresentação de São Paulo. Era impressionante a bagunça que estava na frente da casa de shows, mas a entrada do público foi bastante tranquila e não prejudicou ninguém pela antecedência que foi feita, com um excelente trabalho de organização da turnê.
O show de abertura ficou por conta de ALAIN JOHANNES, multi-instrumentalista chileno bastante conhecido da cena alternativa por ter trabalhado com bandas como Arctic Monkeys, Eagles of Death Metal, Chris Cornell, além do próprio Queens of the Stone Age. Ele trouxe seu show acústico e tocou sozinho para o EDA lotado. Claramente um palco grande como aquele e um público enorme, além de não haver um telão ligado, não ajudaram muito ao músico. Além disso, boa parte da plateia não foi muito receptiva com o chileno, mostrando bastante alegria quando ele revelou o fim do seu show. Uma pena, não souberam aproveitar a qualidade de Johannes, que fez uma apresentação impecável que valeu o show de abertura.
Para a apresentação da noite, o público teve que aguardar uma espera razoável. Porém, exatas 22h10m, Josh Homme e companhia subiram ao palco para a sua apresentação com "You Think I Ain't Worth a Dollar, but I Feel Like a Millionaire" do "Songs for the Deaf". O público mostrou grande empolgação desde o início, a gritaria das fás histéricas tomou conta da pista e o que se viu foi uma verdadeira pista de dança.
Desde o início, porém, ficou clara que a produção do show era realmente abaixo do que comumenteo vemos no EDA. A iluminação baixa criou um clima bastante soturno na plateia, e o público realmente sofreu para ver a apresentação a distância na pista comum. Outro problema é que os telões, posicionados de ambos os lados do EDA, também ficaram desligados durante todo o tempo. Muita gente, no final, acabou não vendo Josh Homme e companhia.
Porém, se a música era realmente o mais importante da noite, não falhou por um instante sequer. O som no EDA realmente no geral estava muito bom, e em todos os pontos da casa a banda podia ser muito bem ouvida. O Espaço das Américas realmente é uma das melhores casas de show atualmente em São Paulo, e a visão dele lotado é impressionante.
A banda correspondeu ao som do local e tocou uma porrada de músicas. O novo álbum da banda, "…Like Clockwork", foi tocado quase que na íntegra, com exceção das músicas "Keep Your Eyes Peeled" e "Kalopsia". A banda passou por toda a sua discografia, com destaque especial para a música "Feel Good Hit of the Summer", do "Rated R".
Josh Homme não foi de muito papo durante o show. De poucas palavras, pouca interação, o vocalista porém se mostrou bastante solicito em atender aos gostos do público. "Mexicola", um dos clássicos da banda de seu primeiro disco, foi tocado apenas após o apelo do público ao vocalista. O show, como havia dito Homme, era dos fãs, do público.
O show foi impressionante também pela amplitude de público que a banda conseguiu levar ao show. Da garotada extremamente alternative, com suas fotos e posts no Instagram – que pareciam mais preocupados em filmar e tirar fotos do que realmente curtir o show – até um público mais pauleira, que teve até a força de abrir rodas no meio da pista comum.
A banda fechou o show com três músicas em seu bis: a nova "The Vampyre of Time and Memory" e as clássicas "Do It Again" e "A Song for the Dead", já depois da meia-noite, fazendo com que muitas pessoas tenham deixado o show antes para não perderem o transporte do metrô, o que para uma quinta-feira também não é nada positivo.
QOTSA é:
Josh Homme – Vocal e guitarra
Troy van Leeuwen – Guitarra
Michael Shuman – Baixo
Den Fertita – Teclado
Jon Theodore – Bateria
Setlist:
1. You Think I Ain't Worth a Dollar, but I Feel Like a Millionaire
2. No One Knows
3. My God Is the Sun
4. Smooth Sailing
5. Monsters in the Parasol
6. I'm Designer
7. I Sat by the Ocean
8. …Like Clockwork
9. Feel Good Hit of the Summer (com trecho de "Never Let Me Down Again" do DEPECHE MODE)
10. The Lost Art of Keeping a Secret
11. If I Had a Tail
12. Little Sister
13. Fairweather Friends
14. Make It Wit Chu
15. I Appear Missing
16. Sick, Sick, Sick
17. Mexicola
18. Go With the Flow
Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Bis:
19. The Vampyre of Time and Memory
20. Do It Again
21. A Song for the Dead
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
Moyses Kolesne, do Krisiun, celebra permanência do Internacional na primeira divisão
Os 11 melhores álbuns de metal progressivo de 2025, segundo a Loudwire
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
A banda que fez George Martin desistir do heavy metal; "um choque de culturas"
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
O guitarrista que Brian May comparou a Mozart: "Um dos maiores de todos os tempos"
Por que Lars Ulrich do Metallica nunca vai lançar uma biografia, segundo Andreas Kisser
Max Cavalera escolhe seus álbuns "não metal" preferidos


Josh Homme diz o que planeja fazer com o seu corpo após a morte
O indicativo de que Foo Fighters e Queens of the Stone Age podem vir ao próximo Rock in Rio
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!


