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Monsters Of Rock: dia de celebrar o estilo que reinou nos anos 80

Resenha - Monsters Of Rock (Arena Anhembi, São Paulo, 20/10/2013)

Por Otávio Augusto Juliano
Postado em 22 de outubro de 2013

O Monsters Of Rock está de volta. Quinze após sua última edição, esse festival que se tornou tradicional e famoso no Brasil na década de 90, retornou em 2013. Após um primeiro dia de casa cheia na Arena Anhembi, o dia dedicado ao Hard Rock não ficou atrás: público de 30 mil pessoas e ingressos esgotados, segundo informações oficiais da produção do evento.

Era dia de celebrar o estilo que vingou e reinou nos anos 80 e que até hoje é alvo de inúmeras críticas e preconceitos. Quem foi ao Anhembi estava ali porque realmente curte o som das bandas escaladas para o domingo de Monsters Of Rock, algumas delas pela primeira vez por aqui, como o DOKKEN e o RATT.

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Para os conhecedores de Hard Rock, só o fato desses dois representantes do gênero pisarem em terras brasileiras pela primeira vez já seria suficiente para valer a ida ao festival. De quebra, ainda valeria a pena rever "monstros" como WHITESNAKE e AEROSMITH.

E a verdade é que a maioria foi mesmo para ver as duas atrações principais da noite e foram estes "headliners" que fizeram grande parte da plateia do segundo dia de Monsters Of Rock sair de casa nesse domingo de muito calor. Porém, o festival teve muitos shows antes de WHITESNAKE e AEROSMITH e três bandas brasileiras representaram o país no evento.

ABERTURA

O ELECTRIC AGE foi a primeira atração a entrar no palco. Luiz Felipe Cardim (Guitarra), Otavio Cintra (Baixo), Rafael Nicolau "The Boss" (Bateria) e Junior Rodrigues (Vocal) foram ganhadores da condição de participar do Monsters Of Rock após votação popular. Graças a essa popularidade da banda, o público pôde conferir durante 30 minutos um pouco do som que se ouve no primeiro EP lançado pelo grupo, "Good Times Are Coming".

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Com um pé no Hard Rock dos anos 70, o ELECTRIC AGE tem tudo para fazer ainda mais sucesso e certamente a exposição de um festival como o Monsters Of Rock vai favorecê-los no futuro, visando inclusive o lançamento de um CD completo em 2014.

Na sequência, foi a vez do DR PHEABES, um nome nacional que embora possa parecer desconhecido para muitos, já tem anos de existência, pois os quatro integrantes da banda são amigos e se juntaram na infância pela paixão de tocar. A cozinha de Fábio (baixo) e Paulo (bateria) se une aos riffs da guitarra Les Paul Custom Zakk Wylde de Fernando e à voz grave de Eduardo, o que resulta em um som mais puxado para o Rock clássico do que o Hard Rock.

Assim como o ELETCTRIC AGE, o DR PHEABES tocou para um público que ainda era pequeno para a Arena Anhembi, mas que se juntou à frente do palco para apoiar e conhecer melhor os trabalhos dos grupos, além de receber alguns CDs e camisetas jogadas pelo vocalista Eduardo. Apesar da plateia ainda ser reduzida no início, muitos dos presentes acompanharam as apresentações de perto, com muito respeito e atenção.

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DR. SIN

Com o término das duas primeiras atrações, era chegada a hora de ver o DR. SIN, um dos maiores nomes e mais respeitadas bandas de Rock nacional. Um bom número de pessoas caminhou até o palco para acompanhar essa apresentação e o DR. SIN, como habitualmente, fez um show dentro dos seus padrões de qualidade, aliando peso, melodia e os ótimos solos de guitarra executados por Edu Ardanuy.

A banda, que teve sua apresentação feita por Eddie Trunk (programa That Metal Show), o mestre de cerimônias do festival, precisou superar alguns problemas de som embolado no início, mas já na segunda música, "Fly Away", a equalização melhorou bastante e foi possível apreciar melhor as canções do DR. SIN.

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O grupo, que fez parte da edição de 1994 do Monsters Of Rock, agradeceu muito aos fãs presentes e se mostrou honrado em novamente ter sido lembrado e escalado para o festival, mesmo após tantos anos. No set list, "Fire", do álbum "Brutal", além de mais duas do disco DR. SIN II, "Time After Time", cantada por muitos, e "Miracles", com participação do guitarrista Demian Tiguez (ANJOS DE RESGATE).

Para fechar o set de 45 minutos, o sucesso "Emotional Catastrophe", faixa de abertura do auto-intitulado álbum de estreia do DR. SIN, dessa vez tendo como convidado o vocalista Edu Falaschi (ALMAH).

DOKKEN

O DOKKEN ficou responsável por abrir os trabalhos da parte estrangeira do festival, com direito inclusive a entrevista conduzida por Eddie Trunk, mostrada no telão antes da apresentação. Formado pelo vocalista Don Dokken, pelo baterista Mick Brown, os veteranos de banda, além de Jon Levin na guitarra e Sean McNabb no baixo, o grupo subiu ao palco às 15hs, com 10 minutos de atraso em relação ao horário previamente anunciado.

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Desconhecido de grande parte do público, foram poucos que conheciam as músicas da banda e realmente estavam ansiosos por ver clássicos como "Into The Fire", "The Hunter" e a balada "Alone Again". Don DOKKEN pediu várias vezes desculpa por não falar português e afirmou que aguardou mais de 30 anos para vir ao Brasil com sua banda, agradecendo ao público pela presença.

Se por um lado muitos não conheciam o DOKKEN, a atitude do vocalista ganhou alguns olhares de aprovação, quando Don seguiu pela passarela central do palco (reservada ao AEROSMITH, para o final do festival), mesmo que tenham recomendado a ele que não a utilizasse. Don afirmou "fazer o que quiser e que ninguém iria dizer a ele o que fazer", seguindo para ficar mais perto do público. Muitos vibraram com essa postura do vocalista e Don foi ovacionado, não só por aqueles que o conheciam, mas por muitos outros presentes.

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O ponto negativo ficou por conta de sua voz. Como ele mesmo já afirmou em diversas entrevistas, alguns problemas de saúde e o passar dos anos acabaram por diminuir sua potência vocal e isso ficou evidenciado no show de domingo. Com um visual bem parecido com a fase atual de Axl Rose (mais gordo, de barba, paletó preto e usando chapéu), Don se esforçou para soar como antigamente ao interpretar os sucessos do DOKKEN, mas não é mais o vocalista de outrora.

De qualquer forma, para quem conhecia a banda e nunca a havia visto ao vivo, certamente o show fica marcado. Com a rápida "Tooth And Nail" a apresentação do DOKKEN se encerrou às 15:45h, sob um Sol forte e escaldante.

Set list:

Kiss of Death
The Hunter
Standing on the Outside
Into the Fire
Breaking the Chains
Alone Again
In My Dreams
Tooth and Nail

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QUEENSRYCHE

Palco arrumado, o QUEENSRYCHE assumiu seu posto cerca de 30 minutos após a saída do DOKKEN. Como todos deveriam saber, a formação da banda escolhida para o festival é aquela liderada pelo vocalista Geoff Tate, então demitido pelos ex-companheiros de QUEENSRYCHE (que hoje contam com Todd La Torre no vocal).

A briga judicial pelo uso do nome da banda continua e parece que só irá se resolver em 2014, mas enquanto isso as duas formações existentes seguem fazendo shows e aqui no Brasil Geoff claramente utilizou como estratégia trazer um set list com clássicos como "Jet City Woman", "Empire" e a imortalizada balada "Silent Lucidity", que o vocalista comentou ser uma canção que desperta muito interesse nas pessoas em saber sobre seu real significado.

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Geoff não se arriscou colocar no set músicas de seu recente e polêmico disco "Frequency Unknown". Com exceção da canção "Cold", o vocalista preferiu "passear" por sucessos de sua ex-banda, para ganhar a empatia do público.

Apesar de essa escolha parecer certeira, em boa parte do concerto os presentes se mostraram bastante estáticos, como durante a execução da citada "Cold". O forte calor deve ter contribuído para essa diminuição de ritmo do público, mas a verdade é que Geoff, apesar de ser a voz original dos clássicos do QUEENSRYCHE, não conseguiu empolgar a plateia durante parte de seu show. A empolgação só veio mesmo a partir de "Silent Lucidity" e na trinca final.

Set list:

Best I Can
Breaking the Silence
Cold
Another Rainy Night (Without You)
Big Noize
The Mission
I Don't Believe in Love
Silent Lucidity
Jet City Woman
Empire
Eyes of a Stranger

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BUCKCHERRY

Com Eddie Trunk anunciando a próxima atração como uma banda de Hard Rock consistente, durante a entrevista prévia no telão, o BUCKCHERRY entrou no palco quase às 18h com "Lit Up", canção que faz alusão ao amor pela cocaína.

Na sequência, as agitadas "Rescue Me" e "All Night Long", que já foram suficientes para empolgar os fãs presentes no festival. Aliás, falando em agito, o vocalista Josh Todd não parou um minuto sequer e, bastante performático, correu por todo o palco e ainda avançou um pouco pela passarela central, a exemplo de Don DOKKEN.

Em termos de qualidade de som, o show do BUCKCHERRY se mostrou muito bom, com um dos melhores ajustes do domingo, do começo ao fim dos 60 minutos de apresentação.

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As canções do mais recente álbum da banda, "Confessions", lançado esse ano, ficaram mais para o final, merecendo destaque a acelerada e ótima "Gluttony". Para fechar, "Crazy Bitch", com Josh apresentando todos os integrantes da banda, valendo frisar que o baterista Xavier Muriel vestia uma camisa azul da seleção brasileira. Uma ótima apresentação.

Set list

Lit Up
Rescue Me
All Night Long
Broken Glass
Everything
Sorry
Dead
Porno Star
Ridin'
Gluttony
Nothing Left But Tears
Crazy Bitch

RATT

Esta uma das bandas mais comentadas e esperadas pelos fãs de Hard Rock. Enfim, o RATT, um dos grandes nomes da cena californiana dos anos 80, veio ao Brasil, para único show no Monsters Of Rock.

Já estava escurecendo quando o vídeo com a entrevista do RATT apareceu no telão. Logo depois, Stephen Pearcy e cia deram as caras com "Wanted Man", mas infelizmente, ao menos de onde eu estava posicionado, o som estava alto demais e praticamente estourando nas caixas. A voz de Stephen sumiu em meio à altura dos instrumentos e isto foi bastante decepcionante para quem tanto esperava pela banda.

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Foi o som mais alto do domingo e isso acabou prejudicando a apresentação. Mesmo que a equalização tenha melhorado um pouco ao longo do tempo, o volume continuou alto demais, chegando a incomodar.

No set, só clássicos. Nada do disco de retorno da banda, lançado em 2010, o "Infestation". Uma música atrás da outra, o que se viu foi somente canções esperadas pelos fãs por mais de 30 anos. Embora o som tenha prejudicado, o RATT foi um destaques da noite, por toda a expectativa que envolvia essa primeira vinda da banda ao Brasil.

Stephen tentou agitar a todo momento, pedindo aplausos, gritos dos dois lados da plateia e ainda perguntando aos presentes se queriam que o RATT voltasse ao país, antes de anunciar "Back For More", já quase ao final do concerto.

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Ainda espero ver o RATT em um local menor e com um set mais recheado, mas essa primeira vinda do grupo ao país não passará em branco para os fãs que puderam comparecer à Arena Anhembi. Destaque para a performance dos músicos, em especial para Warren DeMartini que foi incrível com as seis cordas.

Set list

Wanted Man
I'm Insane
In Your Direction
You Think You're Tough
Way Cool Jr.
Nobody Rides for Free
Lack of Communication
Lay It Down
You're in Love
Body Talk
Back for More
Round and Round

WHITESNAKE

É inegável que grande parte da plateia de domingo ansiava por ver novamente o WHITESNAKE e o AEROSMITH. Prova disso é que ao anoitecer, quando o Sol enfim deu uma trégua, a Arena Anhembi encheu bastante e já não era fácil chegar à parte da frente da pista.

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Pelo menos se era essa expectativa de muita gente, o show do WHITESNAKE foi sensacional, do começo ao fim. Coverdale entrou muito empolgado e nitidamente feliz em tocar mais vez em São Paulo. Com uma camisa personalizada com a bandeira do país, o vocalista usou todo espaço do palco (com exceção da passarela central) e ao lado de sua incrível banda fez a Arena Anhembi cantar junto.

Estive presente na apresentação de 2011 e não tenho dúvida que dessa vez Coverdale cantou muito melhor. No set list, clássicos imortais como "Is This Love" e "Fool For Your Love" deixaram os presentes com os olhos fixos no palco e nos telões.

A lua cheia abrilhantou ainda mais a noite e o WHITESNAKE, com seus competentes músicos, não deixou a peteca cair. A agitação foi geral do começo ao fim e só mesmo durante os solos de guitarra de Reb e Doug é que a galera descansou um pouco.

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Passava das 22h quando o WHITESNAKE encerrou sua participação no festival, ao som de canções do DEEP PURPLE, com Coverdale cantando "Soldier Of Fortune" sozinho no palco e "Burn" (com direito a trecho de "Stormbringer") com a banda completa de volta. Uma aula de Hard Rock.

Set list

Give Me All Your Love
Ready an' Willing
Love Ain't No Stranger
Is This Love
Slide It In / Slow an' Easy
Love Will Set You Free
Pistols at Dawn
Steal Your Heart Away
Fool for Your Loving
Bad Boys
Here I Go Again
Still of the Night
Soldier of Fortune (DEEP PURPLE)
Burn (DEEP PURPLE)

AEROSMITH

Como a agenda toda do Monsters Of Rock acabou atrasando ao longo do dia, o AEROSMITH, então programado para 22:35h, entrou no palco somente às 23:05h, quando o vídeo de abertura do show começou a passar no telão central.

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Luzes acesas minutos depois e a banda já estava postada para o início da apresentação, com a dupla icônica Steven e Joe à frente da passarela central que avançava na pista.

Quem chegou desde o começo do evento certamente estava muito cansado de ficar em pé e de encarar o forte calor, mas o AEROSMITH é o tipo de banda que faz você esquecer qualquer contratempo durante a execução de sucessos como "Rag Doll" e "Livin` On The Edge". Steven fez sua performance de alto nível de sempre e seu parceiro de longa data Joe Perry não deixou por menos. Desfilando suas lindas guitarras, Joe tem estilo próprio e é referência para muitos.

Brad (guitarra base) e Joey (bateria) foram igualmente impecáveis e David Hull (baixo) substituiu à altura Tom Hamilton, que está afastado por problemas de saúde. O palco estava muito bonito, com uma iluminação incrível. Para quem acompanhou os shows anteriores, durante o dia, parecia até outro palco. Com a passarela iluminada e o telão central com muitas imagens ao vivo e montagens, tudo ficou visualmente muito interessante.

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O público do AEROSMITH se divide bastante entre aqueles que preferem canções dos primeiros álbuns da banda, lançados nos anos 70, e aqueles que cantam em uníssono baladas que foram destaque no final dos anos 90 e no século 21, como "I Don`t Want To Miss A Thing". Do disco de 2012, "Music From Another Dimension!", surpreendentemente apenas uma música, "Oh Yeah".

Uma pena que em São Paulo "Mama Kin" e "Crazy" não fizeram parte do set list, já que foram tocadas dias antes no Rio de Janeiro. "Walk This Way" fechou a primeira parte do show, com direito a mulher no palco e beijo de Steven. Para o bis, um piano foi colocado à frente da passarela central e o vocalista voltou com "Dream On", seguindo-se com a introdução de David no baixo para "Sweet Emotion", quando já passava de 1 da manhã.

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Com chuva de papel e fumaça assim se encerrou mais uma apresentação do AEROSMITH em São Paulo, para coroar o dia dedicado ao Hard Rock. Um encerramento apoteótico para um festival que voltou para ficar, uma vez que a edição de 2014 do Monsters Of Rock está confirmada pela XYZ.

Set list

Back in the Saddle
Love in an Elevator
Toys in the Attic
Oh Yeah
Pink
Dude (Looks Like a Lady)
Rag Doll
Cryin'
Last Child
Jaded
Boogie Man
Combination
Eat the Rich
What It Takes
Livin' on the Edge
I Don't Want to Miss a Thing
No More No More
Come Together (THE BEATLES)
Walk This Way

Bis

Dream On
Sweet Emotion

FESTIVAL – CONDIÇÕES, PREÇOS E HORÁRIOS

O festival, no geral, agradou. Pelo menos esse foi o sentimento percebido por este redator que vos escreve. A escolha das bandas pareceu certeira e bem dividida durante os dois dias, atendendo expectativas diversas, de acordo com o gosto pessoal de cada um.

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É verdade que o som ficou a desejar em algumas partes da Arena e em alguns shows especificamente, como o citado RATT, mas por se tratar de um grande festival, a coisa toda andou bem em boa parte do tempo. O telão também apresentou um delay bem chato de se ver.

Falando em tempo, os intervalos entre as bandas se mostraram muito razoáveis e acabaram por servir para hidratação devido ao calor, descanso nas disputadas sombras da Arena e até mesmo idas ao banheiro. Não tem jeito, é impossível uma banda se retirar e outra ineditamente assumir o palco em se tratando de grandes festivais, a não ser que tivesse dois ambientes, com dois palcos, o que pode ser pensado para o evento do ano que vem.

Havia muitos banheiros, mas muitas filas também. Muitos pontos de venda de alimentos e bebidas, mas a preços extremamente "salgados". Isso foi unânime entre os presentes, da água de R$ 5,00 ao famoso "dogão" de R$ 10,00. O merchandise do festival também estava caríssimo, com um boné custando a bagatela de R$ 90,00 (leia-se noventa reais mesmo!).

Por fim, a agenda foi montada e acabou sendo desrespeitada com alguns atrasos que foram se acumulando, o que resultou em 30 minutos adicionais para o AEROSMITH entrar no palco. Para um domingo o último show deveria ter começado um pouco mais cedo, até mesmo 21:50h, que foi o horário que o SLIPKNOT entrou no sábado. Sem contar o cansaço geral, as linhas de metrô já estavam fechadas e isso dificultou a volta para casa. Isso deve ser pensado no futuro, talvez até com uma redução do cast.

Agradecimentos a Denise Catto (Midiorama) e à XYZ pela atenção e credenciamento.


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Sobre Otávio Augusto Juliano

Otávio é paulistano, tem 29 anos e faz algo nada a ver com o Rock: é advogado. Por gostar muito de música e não possuir talento algum para tocar instrumentos musicais, tornou-se um comprador compulsivo de cds. Sempre interessado em leitura ligada ao Rock e Metal, começou a enviar algumas pequenas colaborações para a Whiplash e hoje contribui principalmente com textos relacionados ao Hard Rock, estilo musical de sua preferência. De qualquer forma, é eclético e não dispensa álbuns de todas as demais vertentes do Metal, sendo fã incondicional de W.A.S.P., Mötley Crüe e dos trabalhos do guitarrista Steve Stevens.
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