Suicidal Tendencies: mais uma noite histórica no Rio de Janeiro
Resenha - Suicidal Tendencies (Circo Voador, Rio de Janeiro, 27/08/2013)
Por Glauber Magalhães
Postado em 02 de setembro de 2013
O dia 27/08/13 deverá entrar para o Hall da Fama dos dias históricos do Circo Voador, casa de shows lendária do Rio de Janeiro. Por volta das 22 horas a história começou a ser escrita por Mike Muir e Cia quando SUICIDAL TENDENCIES subiu ao palco. Quase que como uma tradição, o show começa com o playback da introdução de You Can't Bring Me Down algo que não poderia ser melhor para incitar o público com suas bandanas e bonés com abas levantadas.
Misturando clássicos como YCBMD, War Inside My Head, Subliminal com coisas mais recentes como Cyco Style o SUICIDAL mostrou mais uma vez o porque que mais de 30 anos depois de sua fundação a banda de Venice continua não decepcionando ao vivo, mesmo tendo apenas Mike Muir como membro original na banda. Na verdade o que faz toda a diferença é a imagem clássica de seu frontman e sua bandana quase cobrindo os olhos. O cara com seus 50 anos de idade tem energia para correr por quase 2 horas sem parar, exceto no prólogo de How Will I Laugh Tomorrow, em que Mike pára no lado esquerdo do palco para discorrer algumas palavras tristes enquanto Nico Santora, o ótimo novato da banda vai dedilhando a introdução marcante da música.
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Durante o show, são poucos os momentos em que Cyco Myco para para conversar com o público, mas em um desses momentos ele disse que não se arrependeu nem um pouco em fazer aquele show no Rio com o Soulfly e que aquilo ali seria inesquecível para ele a para a banda.
Chegada a hora de Possessed to Skate, Mike Muir pergunta se existe skatistas naquele lugar e obviamente o público já sabe o que esta por vir clamando o nome da música hino de todos os skatistas old school que estavam no local. A banda detona o som repaginado com alguns novos solos de Dean Pleasants que não deixou a pegada do som cair em momento algum.
A cozinha formada por Tim Rawbiz Williams e Eric Moore em alguns momentos chega a lembrar as épocas áureas de Trujillo e Herrera, o que para os fãs mais antigos é quase que um presente, incluindo Max Cavalera que por muitos momentos ficou contemplando o show do SUICIDAL ali sentado em um canto discreto do palco, antes de entrar e também detonar o lugar com o Soufly. A formação e o entrosamento da banda estão fantásticos, é nítido ver a satisfação dos novatos da banda em estar dividindo o palco com o Mike Muir e Dean Pleasants
Chegada a hora de Pledge Your Allegiance e mais um ponto alto do show, onde os roadies e membros da banda chamam os fãs para cima do palco e assim fazer o final triunfal de todos os shows do ST. Para o desespero dos seguranças do local, o palco fica tomado fãs ávidos por um grito no microfone do líder da gang, inclusive este que vos escreve que conseguiu algumas fotos e bons gritos no palco.
O SUICIDAL TENDENCIES mostrou mais uma vez que mesmo com todas as trocas de formação e alguns discos de gosto duvidosos, a banda criou uma legião de fãs por onde passa e que a essência da banda ainda está lá independente de ser apenas com seu membro fundador.
Chegada a hora dos Headliners da noite, o fechamento triunfal que QUALQUER um que estava lá não tinha a mínima dúvida de que seria o gran finale, o tão aguardado show do Soufly em terras cariocas, algo que nem deve ser tão comentado, uma vez que Max Cavalera é o maior mestre do metal nacional que mais uma vez destruiu com um set matador contendo Nailbomb, muito Sepultura além de uma ótima participação de um de seus filhos em Bloodshed e o fechamento caótico com Roots, Jump The Fuck Up e Eye For an Eye. HISTÓRICO.
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