RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Lars Ulrich se impressionou com primeiro disco do Guns N' Roses; "nunca tinha ouvido nada parecido"

Stryper confirma turnê nacional com Narnia e Bride

O Nirvana pode ser considerado uma banda de metal? Dez músicas colocam isso em dúvida

O curioso motivo que fez o Jethro Tull se negar a tocar em Woodstock; foi uma decisão acertada?

A canção de Hendrix que Satriani demorou para tocar; "Tive que ampliar minhas habilidades"

Corey Taylor acha que "Roots", do Sepultura, não recebe o devido reconhecimento

A turnê em que Malcolm Young viu o AC/DC como concorrente de bandas como o Genesis

O álbum subestimado dos anos 1980 que é um dos preferidos de Corey Taylor

O dia que bispo ficou indignado porque ouviu música dos Titãs em estação de rádio

Como seria se Lars Ulrich do Metallica fosse integrante do Sepultura, segundo Andreas Kisser

Arch Enemy lança "Blood Dynasty", seu novo álbum de estúdio

Dave Mustaine conta qual música do Metallica que ele ajudou a escrever é a sua preferida

Linkin Park confirma três shows no Brasil e lança nova música

A música épica do Iron Maiden que influenciou clássicos do Metallica

Lars Ulrich considera "Toxicity", do System of a Down, um dos maiores discos de todos os tempos


Stamp
Bangers Open Air

Yes: em Brasília, a master class de progressivo

Resenha - Yes (Nilson Nelson, Brasília, 19/05/2013)

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 22 de maio de 2013

O YES é a definição do que se convencionou chamar de "progressivo sinfônico". Depois de 45 anos de estrada, combalidos pelo tempo, a banda se mantém em pé e bem. O progressivo, em si, ainda sobrevive dos seus dinossauros e, em outra ponta, das bandas atuais geralmente calcadas no metal e/ou extremamente experimentais, misturando vários gêneros do prog, nenhuma, no entanto, a alcançar um reconhecimento sequer mediano de popularidade no mundo.

Yes - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Se lá nos anos 60 e principalmente 70 o progressivo dominou boa parte dos holofotes da música, o YES foi uma das peças centrais nisso. Seus 8 discos lançados na década de 70 são um testemunho do talento e da produção incansável de uma das formações mais clássicas do rock: Jon Anderson, Chris Squire, Rick Wakeman, Bill Bruford (e logo depois Alan White) e Steve Howe. Nesta turnê no Brasil Anderson foi substituído por Jon Davison, que busca reproduzir fielmente o estilo e os vocais de Anderson, tendo muita competência pra isso.

E que privilégio é ver Squire, White e Howe ali no palco. Geoff Dowes, que substitui Wakeman, um dos responsáveis por tornar o YES o que é, um dos tecladistas mais megalomaníacos e talentosos da história do rock, não compromete em nenhum momento. Depois de inúmeras idas e vindas, Wakeman deixou o YES pela última vez em 2008.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Mas aí você tem uma reunião de gênios no que fazem interpretando 3 dos maiores discos do prog: "Close To The Edge", símbolo máximo, obra-prima absoluta, inclusive considerado pela comunidade Prog Archives (talvez a maior referência em prog na web) o maior disco de progressivo de todos os tempos e outras duas belezuras "Going For The One" e "The YES Album".

E ali, quando o show começa, ainda febril e doente, lembro porquê, apesar da minha "pouca idade" (risos) sempre fui um fanático por progressivo desde que me entendo por gente. Nunca me decepcionei ao ver esses dinossauros no palco. Nunca foi deprimente ou forçado. Ao contrário. O progressivo, essa mistura pretensiosa de "rock", que de "rock" tem muito pouco, "acentos clássicos e sinfônicos", "jazz" e muito "experimentalismo" – o excesso de aspas denota o quanto o estilo guarda uma exclusividade característica, uma poliritmia de sentidos e orientações – é um mundo em si. E o YES é um dos seus mestres.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

"Close To The Edge", em seus 38 minutos, é a essência da banda. A faixa-título é um testamento. E o público delira, naturalmente. Um bom público, diga-se, para os padrões de Brasília. Arriscaria pelo menos umas 5 mil pessoas no Nilson Nelson. Talvez mais. O som, ainda que longe da perfeição – e nunca será, num ginásio – estava bem aceitável, melhor que muitos outros shows que já vi ali.

"Going For The One", que já começa num quase "hard rock", puxa as coisas para outro clima, outro tipo de construção, mostrando especialmente a capacidade de Howe e da "cozinha completa" em se aventurar no que bem entendem. Depois do intervalo, "The Yes Album" volta no tempo, de 77 para 71 e dá outra visão da crueza burilada dos anos iniciais da banda. Este disco é o primeiro que revela realmente as intenções do grupo, toda sua pretensão (justificada) e sua capacidade. Como um colega afirmou no Prog Archives:

Opening on the almost 10-mins Yours is No Disgrace, a track that will become the first Yes epic that is loved by fans and still played nowadays, as is most of this album. Right from the first guitar notes, Howe shows the why of his hiring, and the show goes on with the amazing acoustic guitar solo piece of The Clap, a Django Reinhardt live-extravaganza. Another uber-Yes classic the 9-mins+ three-part Starship Trooper fills the rest of this first flawless side of vinyl, where Tony Kaye’s organ flies forward because of Howe’s more versatile nature.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

O bis vem com a inevitável "Roundabout", o "hit" da banda nos bicudos anos 80 para o progressivo, o AOR (Adult Oriented Rock) do YES, o rock melódico (Antena 1, manja?) do grupo. Se os anos 80 destruíram a dignidade e o talento de muitos do prog, o YES conseguiu passar por eles conservando alguma vergonha. Como não poderia deixar de ser, "Roundabout" é um AOR temperado com o jeito YES de ser e é boa pra caramba.

Delírio total de um público privilegiado e a certeza de que ver bandas assim ao vivo é uma experiência sempre renovadora, sempre "transcendente".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Linkin Park


publicidadeEfrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Richard Malheiros | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
Mais matérias de Maurício Gomes Angelo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS