Dream Theater: resenha do show em Belo Horizonte
Resenha - Dream Theater (Chevrolet Hall, Belo Horizonte, 09/03/2008)
Por Der Hel
Postado em 11 de março de 2008
Absoluto. Se fosse para resumir, em uma só palavra, o show do Dream Theater em Belo Torizonte, que palavra poderia ser usada? Talvez "absoluto" resumisse bem, pois foi um show absolutamente fantástico de uma banda absolutamente fantástica. Assim, review concluído, não há mais nada a escrever.
Mas, para aqueles não presentes ao show, talvez uma só palavra não descreva. Ou talvez seja realmente impossível resumir tal espetáculo em uma palavra. Então vamos para a narrativa completa da noite.
Cheguei mais tarde do que queria no Chevholet Hall, um pouco depois das 18h. A casa já estava cheia, mas não ficou lotada. A frente do palco estava totalmente tomada, bem como as arquibancadas laterais. Consegui um bom lugar, nessa arquibancada lateral, do lado direito, onde fica o Petrucci, obtendo uma visão em diagonal do palco e bem próxima do mesmo.
Dream Theater - Mais Novidades
Quando cheguei, a banda de abertura, Deventter, já tocava. Vou me abster de comentar, pois só vi o fim da apresentação, em torno das 18h30, com um cover pesado da clássica "Eleanor Rigby", dos Beatles.
E então os roadies começaram a montar o cenário do DT. Cada formiga carregada para o palco recebia ovações do público, que gritou muito quando a pedaleira do Petrucci foi colocada no chão. E às 19h em ponto as luzes se apagaram, a cortina desceu e o show começou.
E que espetáculo. Fantástico, magnífico, absoluto. Bom gosto entremeado de solos virtuosos e malabarismos técnicos. O Dream Theater é uma das mais adoradas bandas atuais, e isto não se deve somente à música, mas também ao virtuosismo dos músicos. Quem é fã do DT gosta de ver solos mirabolantes, de difícil execução, rápidos, técnicos, com duelos sincronizados de instrumentos, e o DT em BH não decepcionou os fãs.
Mas acho que mesmo quem não fosse tão fã sairia dali muito impressionado.
Petrucci destruiu. Arrasou. Solou o tempo todo, rolou no chão, tocou bateria no lugar do Portnoy, que tocou guitarra no lugar do Petrucci, que voltou e tirou sons absurdos da guitarra. Depois do show de ontem, mudei minha opinião sobre ele. Ele é o primeiro, segundo e terceiro melhor guitarrista do mundo. A quarta posição fica em aberto, como uma respeitosa banda de guarda, e em quinto, poderíamos colocar o Satriani, que não é tão técnico como o Petrucci, e em sexto o Vai, que não é tão criativo como o Petrucci, e em sétimo o Malmsteen, que não é tão rápido como o Petrucci.
Portnoy também destruiu. Com uma bateria simples, ele parecia um abalo sísmico, tradicionalmente cuspindo nos amplificadores do Petrucci e dando marretadas na cabeça. Um maestro, animado e animando. Myung na dele, como sempre, quieto no lado esquerdo do palco e tocando muito, enquanto Rudess brincava com seus teclados e seu novo brinquedinho, um teclado portátil, com o qual ia à frente do palco para duelar com o Petrucci nos solos sincronizados, fazendo um espetáculo de puro virtuosismo.
Gostei muito também da performance do Labrie, excelente nos vocais agudos, com fôlego total, brincando com o público, carismático e muito comunicativo. Uma música após a outra, a banda foi tocando clássicos, fazendo passagens instrumentais virtuosas e fazendo o público cantar junto.
Infelizmente, depois de cerca de duas horas, o espetáculo chegou ao fim.
Set list:
Constant Motion
Panic Attack
Endless Sacrifice
The Dark Eternal Night
Erotomania
Voices
I Walk Beside You
As I Am
The Ministry of Lost Souls
Take the Time
Encore: Medley
Keyboard and Guitar Intro for Trail of Tears... meanwhile... Petrucci rola no chão, Portnoy o levanta, Petrucci vai para a bateria, Portnoy para a guitarra, Portnoy ameaça quebrar a guitarra de Petrucci, este sai correndo para proteger seu instrumento. Momento divertidíssimo do show.
Trail of Tears
Finally Free
Learning to Live
In the Name of God
Octavarium (Razor’s Edge)
Outras resenhas de Dream Theater (Chevrolet Hall, Belo Horizonte, 09/03/2008)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
A banda pioneira do punk que Joey Ramone adorava; "uma das minhas bandas favoritas"
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
A banda em que Iron Maiden se inspirou para figurino na época do "Piece of Mind"
A banda de rock clássico que mudou a vida de Eddie Vedder de vez; "alma, rebeldia, agressão"
Robert Plant revela o último álbum do Led Zeppelin que ele achava ter sido bom
Marcie Free, uma das maiores vozes do AOR, morre aos 71 anos

A música do Dream Theater inspirada em atrocidades que civis sofrem na Arábia Saudita
Mike Portnoy diz que há um "Lars Ulrich" de diferença entre ele e Neil Peart
O disco definitivo do prog, de acordo com Mike Portnoy, baterista do Dream Theater
O dia que acharam que Humberto Gessinger curtia Dream Theater, segundo o próprio
Para Mike Portnoy, Sepultura ajudou a carregar a bandeira do metal nos anos 90
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


