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Mamonas Assassinas: licença para falar sobre os 21 anos sem eles

Por Fernando Guifer
Fonte: Fernando Guifer
Postado em 03 de março de 2017

Nossa, que estranho isso, né? Da mesma forma que o tempo aparentemente voa, em algumas ocasiões parece que ele simplesmente não passou.

Com um dos maiores fenômenos (se não o maior) da música brasileira a vida foi um projétil e passou rápido até demais. Vejo muito como aquela coisa da missão, manja? Vem, cumpre e vai. Creio nisso. E pressuponho que com o Bento, Sérgio, Samuel, Júlio e Dinho não tenha sido diferente.

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O quinteto chegou num momento em que o Brasil ainda chorava a perda de Ayrton Senna e parece ter preenchido momentaneamente essa lacuna que ficou no coração de grande parte dos ‘órfãos’ de um grande ídolo.

É óbvio que a banda não era uma unanimidade, até por estarmos em um país continental de incrível diversidade musical. Mas quem se importa com isso? Ser ou não querido por todo mundo nunca deve ter sido a real intenção dessa galera de Guarulhos/SP, embora fosse difícil encontrar alguém capaz de dizer que não gostava da banda na época, não por medo do mimimi de fãs chatos, mas, sim, porque Mamonas Assassinas era realmente uma banda foda - e ninguém se lamentaria 21 anos depois se não fosse.

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Dinho veio lá de Irecê/BA, Bento surgiu em Itaquaquecetuba/SP, e o resto da trupe já residia na cidade que foi abençoada para dar start à essa tempestade: Guarulhos/SP.

A vida tratou de encaminhar todos para o mesmo barco e deixou claro para eles: "Vocês devem virar o país de cabeça para baixo e deixar todo mundo com a barriga doendo de tanto rir, combinado? O Brasil precisa disso agora, meninos!"

Missão dada é missão cumprida!

Você acha que é o 'zuerão' da turma? hahaha... sabe de nada, inocente. Qualquer Mamona ali te colocaria no bolso.

Despertar um sorriso no sofrido rosto do povo brasileiro era a grande missão que eles tinham recebido, e essa devia sem cumprida em menos de dez meses. Tempo suficiente para que o universo conspirasse em favor e os garotos do Parque CECAP fossem abraçados por uma nação carente de irreverência sincera, em que o dinheiro propriamente dito não era protagonista.

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A vida entendeu que o pedido feito aos meninos tinha sido executado com sucesso e optou por dar a eles um descanso merecido, tirando-os da vida e os inserindo na história.

E apesar de uma despedida trágica, pelo menos para nós, humanos, o destino poupou que presenciassem um país que, depois de tanta alegria proporcionada por eles, entraria em uma decadência terrível de crueldade e falta de amor. Um verdadeiro retrocesso histórico.

E, na boa? Os Mamonas Assassinas não poderiam conviver com tanta falta de compaixão, empatia e alegria como vivemos nos dias de hoje.

Virar referência e ser admirado mesmo depois de 21 anos em silêncio absoluto não é tarefa para amadores. E Mamonas Assassinas não era apenas outra banda engraçadinha que surgia entre milhares.

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Quem tem um mínimo de noção musical entende que os caras não estavam de brincadeira quando o assunto era ligar os amplificadores para ‘workar’. Um diferencial pouco explorado pelas pessoas e mídia ao longo dos anos é a técnica dos grandes músicos que compunham o conjunto e tornava o show deles um dos mais enérgicos e criativos do Brasil. Todos ali tinham papel fundamental e importância igualitária na assinatura da obra.

Não era apenas fazer graça. Tocar bem e levar o melhor para seu público com o máximo de respeito e investimento era premissa valorizada pelos Mamonas e seu staff. Além disso, no palco ou até mesmo fora dele, sempre foi notório que não eram personagens (apesar das fantasias), e o que estava por trás de cada um era exatamente cada um mesmo, sem poréns e sem máscaras.

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E sabe de uma coisa? O povo brasileiro gosta quando é de verdade, quando não é fabricado, quando é feito com coração, quando não é pela grana e quando não é para 'meter o loko'. Se você pretender ingressar na carreira artística aprenda isso quanto antes para não bater cabeça desnecessariamente.

Mamonas Assassinas tinha verdade, coração, alma, uma luta por trás do sucesso, e o principal ingrediente: pessoas comuns, que vieram do nada, batalharam, ouviram vários ‘nãos’ e conquistaram o objetivo sem pisar em ninguém. A nação então se identificou prontamente e comprou a genialidade por detrás daqueles rostos.

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Pode parecer clichê dizer isso e talvez até seja. Mas é bom ser clichê quando se percebe que as coisas estão perdendo sentindo. O clichê, apesar de clichê, serve para nos lembrar de valores indispensáveis que vez ou outra escapam entre os dedos.

Mas... e se eles surgissem hoje, em 2017, será que daria este 'boom' todo?

Primeiro que os Mamonas como vimos em 1995 não existira, até por estarmos na famosa 'geração mimimi'. Inclusive, Mamonas ter surgido na última geração 'pré-mimimi' deve ser motivo de muita comemoração para nós, quem os viu e quem não os viu, já que as músicas agora estão aí e não tem mais volta. Não adianta chorar ou reclamar das letras ou piadas. #ChupaGaleraDoMimimi

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Ué, Guifer, mas o que isso tem a ver com os nossos ‘queridos’ mimimis atuais?

As letras escrachadas da banda certamente seriam vistas com maus olhos hoje por pessoas que 21 anos atrás nem ligaram para isso.

Os seres estão mais influenciáveis, inflamáveis, e a opinião própria tornou-se raridade difícil de garimpar em qualquer esquina que seja. Hoje, o legal é ir aonde a maioria vai. Fulano gostou, eu gosto; Fulano odiou, eu odeio.

Imagina 'Robocop Gay' fazendo o público apedrejar os Mamonas por homofobia; Imagina 'Jumento Celestino' ou 'Vira-Vira' irando o público devido a tal 'xenofobia'; As feministas pirando com 'Uma Arlinda Mulher'; E até os cornos reclamando de 'Bois Don't Cry'.

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Óbvio que os Mamonas de hoje seriam uma banda como qualquer outra que temos por aí, sem sal ou açúcar, e tudo por culpa de nós mesmos, que levamos tudo ao pé da letra e enxergamos maldade em qualquer brincadeira.

Mas o bom dos gênios é isso. Eles transcendem dificuldades, preconceitos, mimimis ou até mesmo a própria vida!

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