Penélope faz versões antes de encarar independência
Fonte: Usina do Som
Postado em 02 de outubro de 2003
TRANSIÇÃO COM O CORAÇÃO
Por José Flávio Júnior
Pausa para respirar, escolher um novo rumo, refletir. O grupo baiano Penélope consegue isso com o disco de versões Rock, Meu Amor, projeto engendrado com a gravadora Som Livre, braço das organizações Globo. Não era o que artisticamente o quinteto desejava gravar, mas... "Surgiu esse convite", admite a vocalista Érika Martins. "Eles queriam que a gente fizesse um álbum temático. Estávamos saindo da Sony e achamos que seria legal ter um disco de transição."
Sincera, Érika explica como o álbum tomou forma. "A gente achou que o amor tinha tudo a ver com a banda. É um tema rico para se trabalhar: amor no rock. Trocamos e-mails com os produtores e com a Som Livre e chegamos nesse repertório, sem briga ou confusão. Rolou uma unanimidade." A primeira a ser escolhida foi "Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo", hino indie do primeiro disco solo do eterno Replicante Wander Wildner. Na gravação dessa rolou até um "momento lindo" com o povo da gravadora. "A galera da Som Livre veio participar do coro no final da música junto com a gente. Eles entraram na viagem totalmente", lembra a cantora. Releituras de sucessos de Gang 90 ("Nosso Louco Amor"), Léo Jaime e Kid Abelha ("A Fórmula Do Amor"), Biquini Cavadão ("Timidez") e Los Hermanos ("Quem Sabe") se destacam no conjunto. Também foi boa a lembrança de "Menino Bonito", balada de Rita Lee, originalmente registrada no clássico Atrás Do Porto Tem Uma Cidade, de 1974.
Apesar de Rock, Meu Amor permitir que o Penélope pondere sobre o futuro, já é certo que o grupo estará sem vínculo com gravadora novamente quando o quarto trabalho começar a ser pensado. O que parece não preocupar Érika, já que ela não guarda as melhores lembranças do período em que lidou com uma major. "Nunca fomos prioridade na Sony. Eles nunca investiram, nunca colocaram grana pesada na gente."
Depois de cantar com Skank ("Tão Seu"), Raimundos ("A Mais Pedida"), Biquini Cavadão ("Educação Sentimental") e "Herbert Vianna" ("In Between Days", que aparece vertida para o português em Rock, Meu Amor), Érika assume a missão de reerguer a banda, nem que seja por caminhos alternativos. "A gente já é macaco velho, a banda tem oito anos. Não caímos mais nessa de depender de grande gravadora. A gente está num escritório (o Los Tres Comunicação) que funciona como gravadora. Esse disco mesmo, a Som Livre só licenciou. O produtor fonográfico é o Penélope. O próximo disco pode ser independente mesmo, lançado pela banda. Por que não?
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
10 guitarristas impossíveis de serem copiados, conforme o Metal Injection
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
Glenn Hughes passa mal e precisa encerrar show mais cedo em Belo Horizonte
Esposa e filho homenageiam David Coverdale após anúncio de aposentadoria
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
Megadeth lança "I Don't Care", faixa de seu próximo - e último - disco de estúdio
O clássico do metal oitentista inspirado em Toto, desastre do Titanic e Monsters of Rock
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
As duas músicas que Bruce Dickinson usa para explicar o que é rock and roll
A pior faixa do controverso "St. Anger", segundo o Heavy Consequence
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
Roger Waters relembra o momento em que soube que o Pink Floyd havia feito uma obra-prima
Guns N' Roses: o "Chinese Democracy" que você nunca viu
A banda que o Metallica odiou fazer turnê: "Não é algo que gostaríamos de fazer de novo"

Estética grunge e machista impedia assuntos femininos dentro do rock, diz ex-Penélope
Rock perdeu espaço porque agronegócio e morro bancam sertanejo e funk, diz Érika Martins



