Banda Satânica é julgada por assassinato
Por Rocky Balboa
Fonte: Terra
Postado em 22 de fevereiro de 2005
Líderes da banda italiana de heavy metal Beasts of Satan foram a julgamento hoje pelo assassinato de dois jovens em rituais satânicos, em um caso que chocou a Itália, país de maioria católica.
Os familiares das vítimas ouviram, horrorizados, detalhes dos sinistros assassinatos cometidos em 1998, quando membros da banda se lançaram numa orgia de matança, induzida por drogas, que levou à morte do vocalista da banda, Fabio Tollis, 16 anos, e sua namorada, que tinha 19.
Mas os promotores de Busto Arsizio, cidade do norte da Itália, pediram apenas a sentença reduzida de 20 anos de prisão para o líder da banda, Andrea Volpe, suposto autor intelectual do duplo homicídio, porque ele auxiliou as autoridades na investigação. Volpe também é acusado de matar sua ex-namorada no ano passado, com um tiro na boca, e de mutilar seu cadáver, em mais um sacrifício humano.
A mãe de Fabio Tollis, Elena, disse a jornalistas no tribunal: "É como se meu filho tivesse morrido de novo". Tollis foi morto com uma martelada na cabeça quando tentou - mas não conseguiu - impedir o assassinato de sua namorada, Chiara Marino. "Eles não são animais, são assassinos. Chamá-los de bestas-feras é uma ofensa aos animais", disse a mãe de Chiara, Lina Marino. "Eles não deveriam ter liberdade nunca."
Marino, que tinha 19 anos, foi morta a facadas, sob a luz da lua cheia, por membros da banda que, aparentemente, pensavam que ela fosse uma encarnação da Virgem Maria. Ela tinha decorado seu quarto com velas pretas e caveiras de bode.
O julgamento foi enquadrado na chamada categoria "fast-track", de processamento acelerado, pelo qual os réus que concordam com o procedimento, que poupa tempo, e auxiliam a polícia podem ter suas sentenças drasticamente reduzidas. Mas a natureza hedionda dos assassinatos levou muitos italianos a questionar se os réus - que, num julgamento comum, poderiam ser condenados a penas muito mais longas - deveriam ter o direito de beneficiar-se do procedimento fast-track.
O ministro das Reformas, Roberto Calderoli, expressou sua indignação e disse que as penas pedidas pelos promotores são pequenas demais. "Será que a vida humana só vale isso?", perguntou. A promotoria pediu mais de 16 anos de prisão para um dos integrantes da banda, Pietro Guerrieri, acusado de homicídio, e dois anos para Mario Maccione, acusado de associação criminosa.
Os crimes satânicos suscitaram na Itália e no Vaticano uma discussão acalorada sobre o medo da difusão de seitas satânicas, das quais acredita-se que até 5 mil italianos façam parte. Na semana passada, o Vaticano começou um curso sobre satanismo e exorcismo para padres católicos, em reação ao que a Igreja descreve como sendo um interesse preocupante pelo ocultismo, especialmente entre os jovens.
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