Don Brewer mantém o Grand Funk firme e forte
Por César Enéas Guerreiro
Fonte: The Dallas Observer
Postado em 11 de setembro de 2006
"Mark Farner já não toca conosco há quase oito anos", diz Don Brewer, sem tentar esconder seu ressentimento. Brewer, baterista e co-fundador do GRAND FUNK RAILROAD, uma das bandas mais detestadas pela crítica, mas com imensa popularidade no final dos anos 60 e início dos 70, tem conseguido manter o grupo unido sem o seu membro mais popular.
"Eu vejo a formação atual como qualquer outra encarnação da banda", diz Brewer. Mas a idéia de Farner ainda estar ativo na corporação que controla o nome da banda parece atormentá-lo: "Nosso relacionamento está um pouco abalado, mas [Farner] ainda é um parceiro nos negócios", admite ele, com má vontade.
Grand Funk Railroad - Mais Novidades
Manter reunida alguma encarnação do grupo por mais de três décadas tem sido uma tarefa difícil para Brewer. A formação clássica teve o seu auge em 1973 com "We’re an American Band" (uma música que Brewer compôs e cantou), mas Farner abandonou o grupo três anos depois. Após se reunir no final dos anos 80, a banda se separou mais uma vez porque Farner se converteu ao Cristianismo.
Brewer esperou por uma oportunidade, tocando com Bob Seger, mas decidiu ressuscitar o GFR novamente em 1996, em parte porque ele ansiava por aquela ligação com o povo americano. "Todo mundo sempre achou que o Grand Funk era 'A Banda Americana'", diz Brewer. "Somos de Flint, Michigan, e éramos uma banda de garagem, mas que conseguiu estourar".
Essa nostalgia, sem mencionar o fato de que o Grand Funk ainda consegue lotar shows, tocando para mais de duzentos e cinqüenta mil fãs num período de três meses em 1997, contribuiu para a decisão de Brewer de manter o nome vivo. Como Farner decidiu retomar sua carreira solo, Brewer recrutou Max Carl (do 38 SPECIAL), o ex-guitarrista do KISS Bruce Kulick e voltou pra estrada, principalmente para todos os fãs de classe média do meio-oeste americano que fizeram com que a banda ficasse famosa.
"Nunca fomos os queridinhos de Nova Iorque ou de Los Angeles", diz Brewer. "Sempre estivemos mais ligados a Des Moines, Iowa, Toledo, Ohio. Foram nesses lugares que realmente estouramos e também onde continuamos a fazer sucesso".
A mais recente encarnação do Grand Funk vem fazendo turnês com freqüência desde 2000, tocando os hits esperados ("I’m Your Captain", juntamente com o ritmo pesado de "The Loco-Motion" e "Some Kind of Wonderful"), enquanto pensam em voltar para o estúdio, algo que somente as restrições impostas para se tocar nas rádios atuais poderiam impedir. "Nós temos novas músicas que tocamos no show", diz Brewer. "Mas é impossível fazer as rádios de rock clássico tocarem coisas novas e é difícil fazer qualquer outro tipo de estação tocar algo de uma banda associada ao rock clássico".
Mas Don Brewer não se deixa desanimar pelo próprio ceticismo e tenta manter essas memórias vivas. "Frank Zappa disse que nós simplesmente cantávamos bem e tocávamos bem, e isso é o que ainda procuramos fazer".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Ingressos do AC/DC em São Paulo variam de R$675 a R$1.590; confira os preços
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Gus G explica por que Ozzy ignorava fase com Jake E. Lee na guitarra
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Robert Plant conta como levou influência de J. R. R. Tolkien ao Led Zeppelin
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen
O clássico do rock escrito para uma paixão proibida e que ganhou o nome de uma mulher falecida
Black Sabbath: Tony Iommi explica como tocar "Paranoid"
Keith Richards revela qual é sua faixa favorita de seu álbum favorito dos Rolling Stones






