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Guitarrista de Ozzy fala sobre o projeto GMT

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Blabbermouth
Postado em 03 de dezembro de 2006

O site DioMessageBoard.com recentemente entrevistou o guitarrista Bernie Torme (GILLAN, OZZY OSBOURNE) sobre sua nova banda GUY-MCCOY-TORME (GMT), que também conta com seu compadre da banda de GILLAN, o baixista John McCoy — que já trabalhou com Joey Belladonna, SAMSON e UK SUB, entre outros — e com o baterista Robin Guy (cujo currículo inclui passagens pelo FAITH NO MORE e pela banda de BRUCE DICKINSON). Alguns trechos dessa entrevista:

P: Como foi que surgiu o GMT?

Bernie: John McCoy e eu costumávamos conversar pelo telefone todo ano na época do reveillon e dizer que deveríamos nos reunir e tocar no ano seguinte; isso provavelmente porque esquecíamos de mandar cartões de Natal ou coisa parecida. Estivemos fazendo isso desde 1989. E sempre esquecíamos do assunto uns dois dias depois. Então Paul Samson [fundador do SAMSON] morreu tragicamente de câncer alguns anos atrás, o que nos afetou profundamente; ambos éramos amigos de Paul. Nós então finalmente decidimos que deveríamos nos reunir antes que um de nós batesse as botas, para saber se ainda existia a velha magia, e John telefonou para Mick Underwood (ex-baterista da banda de GILLAN) e sugeriu que nos reuníssemos para tocar alguma coisa.

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Aquilo foi muito divertido, mas quando tentamos gravar a coisa não funcionou tão bem; parecia que estávamos puxando novamente um velho parado, com as mesmas incertezas, rotinas e limites. Eu pessoalmente não queria me envolver com qualquer banda que não continuasse o bom trabalho da banda de GILLAN. Não acredito em ficar vivendo de glórias passadas. Não acho que eu poderia me dar bem naquela situação, parecia que era algo do qual eu realmente não queria participar. Não quero criticar o que outros costumam fazer – cada um tem o direito de fazer o que quiser – mas não tenho nenhuma fé em reuniões, parciais ou não.

Naquela época eu tinha uma banda chamada ANTIPRODUCT, que gravou uma faixa chamada "Good Vibrations" no meu estúdio em Kent [Inglaterra], com Danny McCormack, do WILDHEARTS/ YO-YOs no baixo e Robin Guy na bateria. Nosso amigo Alex Kane, do ANTIPRODUCT, me disse "Você precisa ver este baterista, cara. Ele é fora de série". Então eu fui e vi aquele doido tocando um trecho de "Good Vibrations", mantendo uma sincronia perfeita ao mesmo tempo em que jogava as baquetas no teto, nas paredes, na janela e berrava enquanto fazia uma virada! Fiquei enfeitiçado! Eu sempre gostei muito de bateristas mesmo. Eu instantaneamente quis tocar com Robin — gostei muito dele — então telefonei pro John, mandei uma fita pra ele, ele veio e fizemos uma jam com Robin, que foi simplesmente de arrasar.

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Enquanto isso Alex me convenceu a tocar em um show do Clive Aid [organização que arrecada fundos para o combate à esclerose múltipla, que vitimou Clive Burr, ex-baterista do Iron Maiden] no Ruskin Arms com ele, então tivemos também que convencer Robin e John. Esse foi o primeiro show do GMT (com Alex Kane) e foi pura magia.

P: Eu notei que novo álbum do GMT tem uma atmosfera de show "ao vivo", com poucos overdubs. Você fez isso de propósito? Levou muito tempo para compor as músicas e gravar o álbum?

Bernie: Bem, sim. John tem muitas idéias, entende muito de freqüências e eu sou meio teimoso em termos de produção, sobre como gravar algo, porque eu não acredito muito em "produção", assim ninguém se intromete no que o outro faz. Ele acredita que está produzindo e eu não! Quando eu penso nos álbuns que eu REALMENTE gosto (não apenas da música; há muita música boa gravada de um jeito que eu pessoalmente não gosto) – os que realmente me tocam são: os do Elvis nos estúdios Sun e no começo da RCA, do Hendrix desde os GYPSIES até o primeiro álbum do EXPERIENCE, Frank Sinatra com Nelson Riddle, Chuck Berry, Buddy Holly, AC/DC antigo e todas as músicas folk que eu adoro (e eu amo música folk; ei, eu sou irlandês), RAMONES, MOTÖRHEAD antigo, BEATLES antigo e THE WHO, ROLLING STONES, ZEPPELIN, INCREDIBLE STRING BAND, BOB DYLAN, CHIMES OF FREEDOM, JOHN COLTRANE. Ei, são apenas pessoas tocando numa sala! Nenhuma parafernália eletrônica, apenas uma boa instalação de microfones e equipamento de boa qualidade para gravar a química e a magia humana. E os acidente e os erros são a melhor parte – isso é a magia. Eu sou o dono do estúdio onde fizemos as gravações, fiz a engenharia de som, é assim que fizemos. Uma banda de Rock, técnica de gravação de jazz, gravamos do jeito que somos, como Jimmy Page e os ROLLING STONES fizeram, mas do nosso jeito, e funcionou muito bem.

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Sendo as pessoas e os músicos que somos, a minha escolha era "Devo fazer o som ficar ‘bom’, produzido e convencional, ou devo fazer tudo do nosso jeito, três músicos de estilo bastante peculiar fazendo as coisas naturalmente, isto é, fazer barulho pra ca**te, gravar de modo totalmente simples, do jeito antigo?" Só queríamos agradar a nós mesmos, então é claro que escolhemos a segunda opção! Não queríamos de maneira alguma gravar um álbum de maneira convencional e refinada, apenas gravar o que fazemos como músicos da melhor maneira possível e ver se ficou bom. Eu realmente não vejo motivo pra fazer overdubs, embora haja alguns em "Miss The Buzz" e em algumas outras partes.

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Mas se a banda — eu John e Robin — não tivéssemos, pra começar, feito uma boa gravação, pra que fazer overdubs? E se tivesse ficado boa, pra que fazer overdubs? Eu realmente acredito que, se a coisa não é boa do jeito que está, pra quê perder tempo com ela? Ficar só enfeitando não ajuda! Conheço muita gente que adora o estilo da gravação de "Bohemian Rhapsody", mas, francamente, acho que isso tem uma influência muito mais destrutiva sobre a música e sobre os músicos do que qualquer droga já teve. Eu não demoro muito para gravar ou pra compor. Minha política é a simplicidade. As faixas básicas não levaram mais do que duas semanas para serem gravadas. Mas levou um certo tempo para saber como usar a abordagem ‘sem overdubs’ e deixar todo mundo contente! A mixagem demorou um pouco, basicamente porque era uma abordagem nova. As músicas realmente "cresceram" num curto espaço de tempo. Algumas ficaram mais "velhas" Por exemplo, "No Justice" e os riffs de "Bitter & Twisted" e "Vincenzo (Bella Grande Pumpo Del Amore)".

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Visite Bernie e o GMT no link gmtrocks.com.

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Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
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