Apocalypse (Festival Sons da Cidade, Porto Alegre, 18/12/07)
Por Rodrigo Werneck
Postado em 23 de fevereiro de 2008
A veterana banda gaúcha se apresentou no Festival Sons da Cidade, ocorrido no fim do ano em Porto Alegre, no Teatro Renascença. Porém, o detalhe da noite ficou por conta de uma máquina: a estréia do sintetizador Labolida nano1, de fabricação nacional. Nada mais asimoviano...
Do ponto de vista musical, o Apocalypse deu o seu recado num set enxuto, porém eficiente e representativo, com um show de duração mais reduzida do que o normal por se tratar de um festival com várias bandas. A abertura foi com a indefectível "Carmina Burana", seguida por temas em inglês que caracterizam o atual estilo do grupo: "Next Revelation", "Escape", "Dreamer", "Not Like You", "Last Paradise" e "Refuge". A formação da banda encontra-se estável já há alguns anos, contando atualmente com Gustavo Demarchi no vocal e flauta, Eloy Fritsch nos teclados, Ruy Fritsch nas guitarras, Magoo Wise no baixo e Chico Fasoli na bateria. Para quem já conferiu o DVD "Live in Rio", lançado no ano passado, nenhuma surpresa aqui.
O mesmo não se pode dizer sobre o ponto de vista tecnológico, conforme mencionado acima. Dentre os destaques, nesse show específico, estava o novo sintetizador brasileiro nano1, lançado pela empresa Labolida. Na realidade um teclado digital, sua sonoridade no entanto se assemelha aos antigos (e festejados) teclados analógicos, como o Minimoog e outros. Por ser monofônico, se aplica mais a solos, fraseados e efeitos. Sendo digital, tornou-se a escolha de Eloy para apresentações ao vivo, por ser mais confiável e mais estável que os analógicos (Eloy utilizava antes um Minimoog antigo, de 1973). O nano1 possui, porém, um painel similar aos sintetizadores analógicos para fácil e rápido ajuste da maioria das funções em tempo real. Filtros, osciladores e geradores de envolvente presentes nos antológicos sintetizadores "vintage" foram incorporados ao nano1, para modificações das funções (e portanto dos sons) em tempo real. Nesse show, Eloy utilizou um teclado controlador MIDI de 49 teclas conectado ao nano1. É interessante frisar que, além desse, Eloy estava com um teclado TX-5 da Tokai (também brasileira), um emulador de órgão Hammond bastante convincente. Pelo jeito, a indústria nacional de instrumentos eletrônicos avança a olhos vistos... Quando será que sairá o Mellotron digital nacional?
Sites relacionados:
http://www.apocalypseband.com
http://www.labolida.com.br
http://www.tokai.com.br
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