Lojas de discos: vendendo menos música para sobreviver
Por Nacho Belgrande
Fonte: Site do LoKaos Rock Show
Postado em 24 de agosto de 2011
É triste: se você quiser que o seu varejista musical sobreviva, quanto menos música ele vender, melhor. Esse é um processo de diversificação que começou anos atrás, mas a queda vertiginosa em vendas de gravações fonográficas está causando uma mudança drástica nas estratégias de grandes varejistas como a HMV (e até algumas lojas independentes). Na última facada em sua rede de lojas de discos, a HMV está agora abrindo 150 lojas com a marca ‘Fast Forward’, que vendem aparelhos eletrônicos e promovendo a empreitada com uma enorme campanha publicitária. As lojas estão sendo rapidamente modificadas pelo Reino Unido e na Irlanda também.
Este é um grande distanciamento dos produtos musicais, em específico os CDs. Nas lojas da Fast Forward, mais de 25% do espaço é dedicado a estrovengas tecnológicas que têm grande saída. Isso inclui artigos relacionados à reprodução musical como fones de ouvido, tocadores de MP3 e sistemas de som conectados à internet, assim como laptops, netbooks e smartphones.
Um esboço inicial do conceito produziu ganhos significantes, até dobrando a receita em alguns casos. Isso foi mais do que suficiente para encorajar a blitz de expansão antes do Natal.
Há a opção nuclear, que envolve repaginar as lojas da HMV com algo que não seja música. Mas isso soa mais como uma expansão da oferta de produtos musicais e de mídia, e uma maneira de sobreviver à crise atual. "O objetivo da HMV sempre foi oferecer a seus clientes o mais amplo acesso possível à música, filmes e jogos, entretanto, eles querem descobrir e aproveitar desse tipo novo de produto, então expandir nossa gama de conteúdo para entretenimento hoje em dia é na verdade, algo muito natural para nós," explicou o chefe do departamento de tecnologia da HMV, Ewan Pinder.
A HMV teve perdas de aproximadamente US$ 200 milhões durante o ano passado. Isso está acontecendo ao mesmo tempo em que suas lojas fecham, e tentativas cada vez mais agressivas para manter a rede varejista viva são feitas.
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