Jack Blades: histórias de guerra com o Mötley Crüe
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 01 de junho de 2012
O site estadunidense LEGENDARY ROCK INTERVIEWS entrevistou o líder-fundador do NIGHT RANGER – um dos maiores nomes do AOR e do ‘hard pop’ da década de 80, JACK BLADES, e abordou tópicos relacionados a toda cronologia de sua carreira.
Além de revisitar suas bissextas realizações com o Night Ranger e também com o DAMN YANKEES [banda de AOR que ele fundou no final da década de 80 com o ‘madman’ TED NUGENT], Blades falou de passagens menos notórias de sua carreira como uma colaboração com o MÖTLEY CRÜE e sua influência no estabelecimento do então ex-vocalista do Crüe, VINCE NEIL, como artista solo.
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LRI: O fato de o Night Ranger ter vindo da ‘bay area’ de São Francisco ao invés da Sunset Strip meio que ajudou a manter a banda mais focada em música e nas canções durante aqueles dias de ‘estilo de vida glam’ e tudo maior, mais alto e mais rápido?
Jack: Sim, ajudou. Estávamos mais alinhados com bandas como o JOURNEY, VAN HALEN e DEF LEPPARD do que a maioria daqueles grupos. Estávamos com certeza focados em tocar muito bem, mas ainda mais nas músicas. Nós também estávamos nessa bem antes de toda aquela cena de Sunset Strip, de qualquer jeito, quero dizer, o Mötley era recém-chegado ao sucesso quando já éramos uma banda da MTV. Nós estávamos meio que à frente da curva naquela cena do hair metal, mas acabamos sendo envolvidos naquilo depois, porque as pessoas precisam rotular você.
LRI: Você com certeza ficou conhecendo muitos daqueles caras, inclusive o Mötley. Foi divertido colaborar com [o álbum] ‘DR. FELLEGOOD’ ou o disco solo de Vince, ‘EXPOSED’?
Jack: Eu adorei. Foi tão divertido. Quando dissolvemos o Night Ranger em 1989 eu liguei pra Vince, que estava gravando o Dr. Feelgood e eu disse, ‘Cara, eu acabei de sair da minha banda e tenho composto e tudo mais’, e Vince respondeu, ‘Vem aqui pra Vancouver com Bob [Rock] e nós’, e daí eu voei até Vancouver por cerca de 10 dias e todos os caras estavam sóbrios naquela época, então apenas sentávamos toda noite falando sobre a vida e os bons tempos até 2 da manhã toda noite, era ótimo. É assim que eu me lembro de terminar naquele disco. Daí a mesma coisa aconteceu ao contrário alguns anos depois. Eu recebo uma ligação de Vince, ‘Cara, minha banda me demitiu’ e eu disse, ‘OK, estamos em Los Angeles gravando o segundo disco do Damn Yankees’, e Vince disse, ‘Bem, querem que eu faça um lance pra um filme, você pode vir e dar uma olhada comigo?’ e Tommy e eu fomos e vimos a estreia de ‘O Homem da Califórnia’. Escrevemos ‘You’re Invited But Your Friend Can’t Come’ e a gravamos com Vince no estúdio no qual estávamos gravando o disco do Damn Yankees enquanto Ted estava fora, e a fizemos com o resto de nossa banda. Eu toquei baixo, Tommy tocou guitarra e Michael tocou bateria enquanto Vince fez os vocais principais, fechamos ela em uma semana porque o pessoal do filme a queria de pronto. Daí eu apresentei Vince a meu empresário que ele acabou contratando e eu o apresentei à minha gravadora e ela o contratou. Foi bem engraçado como a coisa toda rolou [risos].
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Assista ao vídeo da versão original de ‘You’re Invited But Your Friend Can’t Come’, ainda com Blades, e que é bem diferente da versão que acabou sendo regravada pela banda de Vince Neil para o álbum ‘Exposed’ de 1993:
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