Phil Anselmo: novo álbum pode ser um anti-Walk Through Exits Only
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 06 de agosto de 2013
O jornalista JOHN SERBA do site MLive.com conduziu recentemente uma entrevista com o ex-vocalista do PANTERA e atual líder do DOWN, PHILIP ANSELMO. Um trecho traduzido da entrevista pode ser lido abaixo.
MLive.com: 15, 20 anos atrás, o PANTERA estava levando o NEUROSIS e outras bandas mais desconhecidas em turnê e colocando-a em frente de grandes plateias. Isso tinha o seu dedo, certo?
Anselmo: É bem verdade que eram decisões minhas… sempre foi decisão minha, ou ideia minha que trouxe o SOILENT GREEN, EYEHATEGOD, CROWBAR e o quando o PANTERA estava no auge nós levamos o MORBID ANGEL e o SATYRICON. Eu adoro o underground. Eu adoro procurar bandas novas dentro do underground. O heavy metal sempre foi tão bondoso comigo de um modo ou de outro, e na real, eu sou apenas um fã de música, muito fã. Eu não consigo explicar o tanto que sou. Sou tarado por música, cara. Me empolga trazer bandas com as quais o povão não está acostumado e nunca viu ao vivo.. trata-se de eu retribuindo ao gênero que foi fantástico comigo. Ajudar uma banda em ascensão como o AUTHOR & PUNISHER – fico animado em vê-los toda noite. Me deixa ligadão também.
MLive.com: O consenso geral parece ser, "Phil Anselmo tem bom gosto musical"
Anselmo: Não sei não. Eu adoro música terrível também, cara. Eu sou um caçador de músicas horríveis. Depende de quem diga, depende de qual banda você está ouvindo. Tudo está nos olhos de quem vê.
MLive.com: Eu entendo. Há algumas bandas de Black Metal por aí – desde o Venom – que não sabem tocar seus instrumentos, mas o que elas estão fazendo é tão bizarro que você não tem como não gostar.
Anselmo: A beleza da música é, você pode fazer o que você quer com ela. Nem sempre precisa ser algo bonito. Não tem que ser esse produto bonitinho, encapado e brilhante. Pode ser feia. Pode ser ritmicamente diferente. Pode pulsar em um tempo diferente, mas ainda extremamente eficaz. A música é um mundo enorme. É história. Sabe, cara, como músico, eu sou o tipo de cara que gosta de fuçar o máximo possível com seja lá o que for que soe bem a meus ouvidos. Eu amo experimentar com diferentes estilos de música. Eu me sentiria, acho, enganado se eu tivesse que tocar a mesma coisa o tempo todo. Essa é a beleza de ter uma banda solo, porque eu posso ir pra onde eu quiser ir. O próximo disco pode ser o anti-"Walk Through Exits Only". Pode ser todo acústico. É ter essa liberdade. É uma sensação maravilhosa, realmente. [...]
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