Testament: "influências de AC/DC, Judas Priest e Scorpions"
Por Renan CxCx
Fonte: Spotlight Report
Postado em 06 de novembro de 2013
O Spotlight Report recentemente conduziu uma entrevista com Eric Peterson, guitarrista da banda de Thrash Metal da Bay Area, Testament. Alguns trechos desta conversa podem ser conferidos abaixo:
Spotlight Report: No início dos anos 90, na época do "Clash of the Titans", com Slayer e Megadeth [N.T.: em alguns shows, o line up contava também com outras bandas, como Suicidal Tendencies, Anthrax e Alice In Chains], realmente deu a entender que vocês entrariam para o "Big Four", formando então um "Big Five", mas isso não aconteceu. O que impediu vocês de fazê-lo? Houve algum problema com a Atlantic Records? Há alguma coisa que nós não saibamos a respeito? Ou foi apenas má sorte?
Eric: Foi meio que de tudo um pouco. Foi nosso produtor, não creio que ele estava nos guiando na direção correta. Ele não entendia a música e não sabia o que fazer conosco. E então havia o selo, no qual os representantes dos artistas eram tipo advogados que não sabiam nada de música. Por fim, havia todo um novo gênero a nossa frente prestes a dominar o mundo com o grunge que chegou e saturou o mercado, tornando o metal obsoleto. Não por muito tempo, mas isso definitivamente prejudicou muitas bandas que tocavam metal: ou elas se separavam ou cortavam o cabelo, vestiam camisas de flanela e se tornavam grunge. Então, nós tivemos a última chance com a Atlantic [Records] de fazer as coisas um pouco diferentes. O diretor musical do selo veio até nós e disse, "Nós queremos que vocês nos deem um disco alternativo". De acordo com a palavra "alternativo", isso significaria algo totalmente diferente. Então, eu apareci com "Dog Faced Gods", que tem uma pegada mais death metal, e disse "Ai está, isso é o nosso 'alternativo'!". Mas o que eles queriam era o "nome" alternativo. Eles queriam uma música mainstream para o movimento alternativo. "Dog Faced Gods" nos deu uma perspectiva muito diferente do que o Testament se tratava. Agora nós estávamos entrando no reino do black metal sueco, flertando com essa energia e a misturando com nosso som. Isso proporcionou uma vibe inédita. Na época do "The Gathering", nós nos reinventamos. "The Gathering" foi tipo nosso primeiro disco, "The Formation of Damnation", o segundo e "Dark Roots of Earth", o terceiro. Essa é a segunda fase do Testament. É muito divertido. Tudo parece novo, há muitas boas ideias surgindo e nós estamos mais velhos, mas continuamos jovens.
Spotlight Report: Nós sabemos que Skolnick [guitarrista] deixou a banda em 1993 devido a diferenças musicais, mas agora que vocês voltaram com força total, vocês não considerariam que você e ele são o yin para o yang de cada um? Você concordaria que o estilo melódico dele e sua preferência por um som mais obscuro e pesado criam uma sinergia criativa?
Eric: Alex não é tanto um completo "metalhead" como eu e Chuck [Billy, vocalista]. Ele é mais um "músico teórico" que surge com coisas do tipo "E se aquele riff fosse numa escala diferente?" ou "E se isso fosse em maior, ao invés de menor?". Essas coisas são bem importantes, então isso é legal. Mas a música começa comigo. Chuck notou muito disso, ultimamente. Ele disse "Até que Eric componha um riff, eu não posso fazer nada. Ele cria a fundação para que nós construamos sobre ela". Nós todos temos nossos próprios estilos no Testament e quando se está em uma banda como essa, há muito comprometimento. Quando se está muito entusiasmado com algo, é melhor fazer um projeto paralelo. Eu ponho muito do meu tipo de música sinfônico, mal, obscuro, cinemático estilo "Senhor dos Anéis" em meu projeto chamado Dragonlord. Na verdade, estou trabalhando em um noco disco, que já está 50% pronto. Recrutei um novo baterista, ele tem 20 anos e se chama Alex Bent. Ele vem tocando com o Decrepit Birth e é um baterista muito, muito bom e rápido. Além disso, ele também toca numa banda de igreja, onde ele e seu pai tiram sons do Commodores e Earth, Wind & Fire. Ele toca R&B e funk, e então, por paixão, ele toca grindcore. Ele ama Cradle of Filth e Nick Barker e seu baterista favorito é Pete Sandoval [Morbid Angel, Terrorizer]. Lyle (Livingston, tecladista do Dragonlord), eu e nosso novo baterista criamos um disco sensacional. Nós assinamos com a Universal [Records] e eles querem que nós façamos uma tour. Eu provavelmente irei mixar o álbum em dezembro e ele deve sair no ano que vem, antes do novo disco do Testament. Portanto, nós teremos um ano com muito metal! Fora isso, eu já comecei a escrever algumas coisas novas para o Testament e definitivamente tem influências do que eu ouvia quando era mais jovem: muitos álbuns ao vivo como "Unleashed In The East", do Judas Priest, "If You Want Blood You've Got It", do AC/DC e "Tokyo Tapes", do Scorpions. Tem uma pegada bem rock'n'roll bem divertida, mas nós a misturamos com nossa pegada mais obscura. Há muitos riffs que eu gostaria de pegar a essência emprestada e transformá-los em Testament, como o Metalica fez com "Am I Evil?", do Diamond Head.
A entrevista completa (em inglês) pode ser conferida no link abaixo:
http://www.spotlightreport.net/on-the-spot-2/interview-testaments-eric-peterson
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