Steven Adler fala da crocodilagem que cercou sua demissão do Guns N' Roses
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 14 de fevereiro de 2014
O texto abaixo é uma tradução de um trecho da autobiografia do baterista emérito do GUNS N’ ROSES, STEVEN ADLER, onde ele relata como seus antigas colegas de banda tentaram, mediante um acordo conduzido de modo bastante duvidoso, isentar-se de toda e qualquer responsabilidade, pessoal e profissional, com o músico.
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"My Appetite For Destruction: Sex, Drugs And Guns N’ Roses", escrito por Adler com a colaboração de Lawrence J. Spagnola, ainda não tem edição em português.
[...]
No dia seguinte à gravação de ‘Civil War’, Doug [Goldstein] me telefonou e pediu que eu fosse até seu escritório para assinar alguns papéis. Ele não deu nenhuma explicação por seu comportamento no dia anterior, e eu não tentei entrar numas de culpa. Eu apenas disse a ele que ainda estava muito doente. Houve um longo silêncio ao fone, e então Dougie me disse que o assunto era muito importante e que não demoraria muito. Ele me disse que tinha sido instruído pelos advogados do GNR para dizer que minha presença era absolutamente necessária. Apesar do que havia ocorrido, eu ainda queria acreditar que Doug se importava comigo, me protegia, e quando ele prometeu que eu entraria e sairia dali rapidamente, eu decidi ir. Eu me preocupava mais com a situação dele do que com a minha. Eu pude ouvir o nervosismo na voz de Doug e não queria estragar as coisas pra ele, então eu me arrumei e Cheryl [nota: então esposa do baterista] me levou de carro.
Quando eu entrei, Dougie e uma de nossas advogadas, uma mulher de meia-idade com aparência corporativa, tinham uma pilha de papéis pra eu ler.
Ler? Eu não conseguia nem enxergar. Eles me disseram que tudo que eu tinha que fazer era assinar ao fim de todas as páginas marcadas com clipes de papel coloridos. Eu perguntei do que se tratava. Dougie me disse, ‘Nada pra se preocupar’. No meu estado, eu não ia ler aquela merda toda, mas eu fiquei um pouco assustado e boquiaberto. Resumindo, eu achava que estava concordando em não cair na farra e não presepar em nenhuma atividade relacionada à banda pelas quatro semanas seguintes. Se eu pisasse na bola, eles me multariam em 2 mil dólares. Pensei, ‘Foda-se, sem problema. A banda nem tem nada marcado durante o próximo mês, e mesmo assim, o que são dois mil?’
Eu assinei tudo. Eu só queria sair dali, ir pra casa e me deitar.
Eu descobri depois que o que eu tinha de fato assinado era MINHA VIDA.
O que a papelada estabelecia na verdade era que eles me dariam 2 mil dólares por minha contribuição ao Guns N’ Roses. Todo o resto, meus royalties, minha parte da banda, meus direitos, já era! Claro, eu não sabia disso na hora. Eu tenho certeza que, com todos os papéis que eu ingenuamente assinei, eles achavam que tinham definido meu futuro. Eles tinham um contrato leonino, assinado contra mim.
Na manhã seguinte, eu recebo outra ligação de Doug. ‘Os caras não querem que você toque no próximo disco. Eles vão usar outra pessoa. ’
Eu ainda estava muito doente, e a essa altura eu acho que eu vi o que estava por vir.
‘Sim, seja o que for’. Eu apenas desliguei o telefone e comecei a chorar. Eu já estava farto, mas não conseguia evitar estar deprimido. Eu nem me incomodei em ligar para Slash. Do que adiantaria?
Para aplacar a dor, eu meti o pé na jaca, fumando maconha, bebendo Jägermeister e engolindo todo tipo de pílula que eu achasse. Cheryl estava lá comigo, e ela nunca disse nada para me aborrecer. Ela estava ali do meu lado, mas eu não me importava e nem notava a presença dela. Eu apenas me tranquei no meu quarto.
[...]
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