Corey Taylor: "Aprendi que há limites de até onde você pode ir"
Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 13 de fevereiro de 2014
Corey Taylor (SLIPKNOT, STONE SOUR), foi entrevistado em fevereiro de 2014 no programa de rádio da Full Metal Jackie. Alguns trechos desta conversa estão disponíveis abaixo.
FMJ: Corey, alguns grandes compositores dizem que o processo criativo é excruciante e uma tarefa difícil. Outros dizem que são simplesmente sortudos de poder canalizar essas inspirações divinas. Qual deles é você?
Corey: "Bem, nada tão legal [risos], você sabe? Eu não sei. Porque eu sou sortudo no fato de que posso pegar algo que está na minha cabeça e escrever, ou posso ouvir a uma música e meio que seguir isso, entende. Eu quero dizer, 9 vezes entre 10 eu só estou seguindo aonde a música me leva. Então eu não sei. Eu acho que quando tratamos daquilo que você quer dizer... Estive escrevendo músicas desde que eu tinha 12 anos, então tive um bom tempo para me preparar a um ponto onde eu ouço algo e sei exatamente o que quero dizer com isso, ou como eu quero dizê-lo e também tentar fazer algo diferente e novo. Então, eu não sei se estou canalizando minha musa interior ou tentando ser artístico, porque é uma arte. Como um escritor, como um compositor, você está tentando ter certeza que não está se repetindo. E isso é um perigo para muitas pessoas. Então, para mim, tento evitar atalhos e tento achar novos caminhos."
FMJ: Corey, é bem documentado que o segundo álbum do SLIPKNOT, "Iowa", foi bem tumultuoso. Os últimos anos foram de transição para a banda. O que você aprendeu enquanto estava fazendo esse álbum que vai fazer este ter um bom processo?
Corey: "Bem, definitivamente aprendi que há limites de até onde você pode ir. Você sabe, quando você chega muito longe e percebe que tem um abismo que você pode encarar, isso faz você dar um passo para trás e dizer: ‘Whoa, espere um pouco. Se eu der mais um passo, vão ser férias permanentes’. Então, para mim – e eu não posso falar pelo resto dos caras, mas eu sei de mim – foi definitivamente, provavelmente o tempo mais sombrio da minha vida, que eu pude transformar em letras insanas e maravilhosas. Mas você não pode passar muito tempo no limite, ou ele se torna algo muito sedutor. Então, para mim, eu acho que aprendi a visitar o limite, mas não viver nele, não existir para ele. Há coisas melhores na vida para se buscar."
FJM: Corey, entre o SLIPKNOT e STONE SOUR, tocando com outros artistas, escrevendo livros, parece que você está sempre ocupado. O que você faz para descomprimir ou o processo de relaxamento é o próprio trabalho?
Corey: "A coisa que eu aprendi é que você tem que atacar quando estiver com vontade. Muitas pessoas dizem que você deve aproveitar a oportunidade, mas você tem que esperar para que isso aconteça. Para mim, a lição que aprendi é que se você não está com vontade, não faça. Então eu somente sento e escrevo as letras quando sinto a inspiração chegando. Pode levar um pouco mais de tempo, mas definitivamente parece ser melhor assim. Então eu tive que me ensinar que quando você não está com vontade, você não deve escrever nada, porque você vai acabar refazendo isso mais tarde. Você escreve quando está sentindo algo, quando você está realmente com ímpeto, é aí que vai conseguir seu melhor material. Então eu tive que me dar certas folgas e me afasta de certas coisas, mantendo-me entretido. Eu fico com minha família ou então sento e olho TV e meio que me desligo um pouco e depois volto ao trabalho. Acho que esta é a melhor forma de ser mais criativo e de ter os pensamentos mais aguçados, que você pode colocar no papel."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
Paisagem com neve teria feito MTV recusar clipe de "Nemo", afirma Tarja Turunen
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
Ingressos do AC/DC em São Paulo variam de R$675 a R$1.590; confira os preços
O guitarrista que Steve Vai diz que nem Jimi Hendrix conseguiria superar
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi


Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
A banda moderna da qual Ozzy Osbourne queria ser membro: "Quero ser o número 10!"
Os álbuns pelos quais Corey Taylor quer ser lembrado; "orgulho" em dois extremos
Slipknot processa "ciberagregador" para retomar o domínio slipknot.com após 24 anos
O álbum que Corey Taylor disse que define o heavy metal
Slipknot está criando músicas novas, afirma o baterista Eloy Casagrande
14 baladas de metal que provam que emoção não é exclusividade do hard farofa
O melhor disco do século 21, de acordo com o Loudwire
O disco de Hard Rock dos 80s que para Corey Taylor é um dos piores álbuns de todos os tempos


