Joe Bonamassa: tudo sobre o novo álbum, Different Shades Of Blue
Por Marcel Mittestainer
Postado em 10 de outubro de 2014
Confira o artigo da Radar Music, onde Joe Bonamassa fala sobre seu novo álbum de ‘Different Shades of Blue’ faixa-a-faixa. Conheça o processo de pensamento para cada faixa, o seu tempo em Nashville e as guitarras que usou em cada música.
O novo álbum está à venda no site oficial brasileiro de Joe
http://www.jbonamassa.com.br
Hey Baby (New Rising Sun)
"Comecei com uma do Hendrix. Essa é do Rainbow Brigde, mas acho que ele poderia ter tocado em Woodstock. Um dia Kevin tocou essa música para mim, e disse:’Cara, isso é tão legal. Devemos abrir o álbum com ela’.
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"Nós fizemos dela uma pequena explosão. Nós queriamos bagunçar com a cabeça das pessoas, se divertir um pouco com os opositores que só reclamam que tudo que eu faço são covers. Então, vamos com um pouco de Hendrix. Ficou muito boa e ela funcionou como uma introdução para próxima música, Oh Beautiful."
Oh Beautiful!
"Foi uma das últimas músicas que gravamos. Quando ouvi na demo, achei que tinha feito merda, disse: ‘Tudo bem, é isso. Temos o registro agora. Eu sempre quis escrever uma música a cappella como Oh Well ou Young Man Blues. Oh Beatiful vem nessa veia. Ela remonta aos blues tradicionais, e então, ela vira uma loucura.
"Eu escrevi com James House, ele me ajudou com as letras. Ele não trabalha com a estrutura da música em primeiro lugar, por isso era como: ‘Você quer fazer um verso a cappella. Existe um coro? ‘Não’ Existe uma ponte? ‘Não’ "Bem, há uma coisinha instrumental – o que acontece depois disso?" E eu disse, ‘Bem, deixe isso com a gente". Sabendo muito bem como a coisa iria arrasar.
"Então, são dois versos, um em repetição e um grande solo ‘no meio -.. Vamos para o full-on Zeppelin meio psicodélico. Fizemos três tomadas dela, com o último solo em uma Tele".
Love Ain’t A Love Song
"Eu escrevi com Jerry Flowers. Eu meio que já tinha feito os versos, eu tinha essa sensação. Esses caras acrescentaram o coro e a estrutura. É uma balada. É uma música legal para tocar ao vivo.
"Eu projetei o solo de bateria [Risos]. Toquei o solo em uma Strato 1963 que eu comprei quando eu era adolescente. Ligada em um Dumbles e um Marshall Silver Jubilee".
Living On The Moon
"James House já tinha o título e a letra. Foi ideia minha colocá-la em formato Shuffle. Vou ser sincero:.. É tão difícil escrever um Shuffle, especialmente um bom.
"Nós viemos com uma cadência que parece ir a algum lugar novo. Acho que funcionou. Trabalhar com James e os outros caras, foi demais, fomos capazes de ler os pensamento uns dos outros. Eles adoraram o fato de eu não querer escrever Hits. Hits?? Eu nem sei o que isso significa. "Eu apenas disse,’Vamos escrever alguns blues. Eu não me importo se vai ter 10 minutos de duração. Vamos ver onde vamos com isso.’ Eles adoraram isso.
"Os caras de Nashville estão sempre mirando os sucessos, hits do momento. Quando um garoto de blues aparece e quer fazer alguma coisa diferente. ‘Grande. Nós não precisamos pensar em um hit!!’
"Eu usei uma Les Paul 1954, juntamente com uma 1963 Deluxe e um pedal Reverb. Uma grande combinação."
Heartache Follows Wherever I Go
"Eu tentei escrever uma canção como Robben Ford, sabe? -Coisas realmente corajosas. Tudo começou a partir deste riff que eu tinha, e mais uma vez, eu escrevi com James House. Ele é tão bom com letras. Ele já tinha algumas palavras, por isso sentei e escrevi-a em 10 minutos.
"Toquei no equipamento que uso ao vivo -O Dumbles e o Silver Jubilee. Usei um wah no solo, o que eu não faço muita frequencia, porque a maioria das pessoas usam o wah em excesso. Você só quer moldar as notas um pouco, sabe? Quase como se estivesse cantando. Você não quer que pareça um exercício desnecessário".
Never Give All Your Heart
"Eu escrevi com Jonathan Cain. Ele é um músico muito profundo, mas você sabe, ele ficou estigmatizado. Pessoas acham que ele só faz uma coisa, mas na verdade ele tem muitos lados.
"Nós escrevemos esta canção nos dias livres. É o único solo eu usei overdub de todo o álbum. Eu simplesmente não podia cantá-la e toca-lá ao mesmo tempo com a mesma performance. Trabalhei o som que eu precisava para o solo em uma Les Paul 1959 com uma combinação Bluesbreaker".
I Gave Up Everything For You, ‘Cept The Blues
"O dia em que eu estava escrevendo Love Ain’t A Love Song, eu tinha dois outros compromissos com as letras. Tivemos uma meia hora extra entre uma delas. Jeffrey disse: ‘Ei, vamos escrever um shuffle, um blues sujo’.
"Estávamos discutindo como à medida que envelhecemos, você começa a desistir de certas coisas. Jerry me disse que ele deixou de comer carne, glúten, bebidas alcoólicas. E disse algo como: ‘E Você, não tem nenhum divertimento?’. É claro que eu deveria falar também-.. Desisti de charutos, uísque e noitadas. Quando você está chegando nos 40, não pode tentar levar a vida que você tinha aos 25. Então tivemos este grande título, veio dessa conversa.
Different Shades Of Blue
"Para essa eu usei um Guild 12 cordas, uma Strato e uma Les Paul. Um monte de overdub. James House e eu fizemos essa canção juntos-… Eu nem sei o por que tenho crédito sobre ele.
"James tinha a estrutura e o título. No segundo que ouvi o título, eu disse, ‘Cara, isso realmente me convém." E parecia ser apenas o título para o álbum. Eu sou um artista de blues, mas estou levando as coisas um pouco aqui e ali. Funciona."
Get Back My Tomorrow
"Os Europeus gostaram dessa música. Escrevi com Jeffrey Steele e Jerry Flowers. É uma música legal. Começou como ideia de Jerry, e foi bem, mas eu tinha que leva-lá em uma direção blues.
"Tinha um pré-refrão que eu cortei. Gostamos do refrão, gostamos do terceiro verso ser o mesmo que o primeiro. Então, bebemos e cantamos sem ter que lembrar das palavras, e nós gostamos de ter muito espaço para solar.
"Eu usei o minha Les Paul Goldtop 1958 com uma Bigsby. Eu consegui essa guitarra com Brian Setzer, na verdade."
Trouble Town
"Fantástica introdução de bateria -…. Anton é tão incrível! Trabalhei com Gary Nicholson, o grande letrista, tipo, ele tem três ideias para uma mesma música, então eu fiz essa demo e toquei para Gary. Ele realmente gostou desse riff. Ele sentou-se e começou a escrever eu nunca tinha trabalhado com ele antes, então, eu não tinha ideia do que estava fazendo -… Pensei que ele estava digitando no Facebook ou algo assim. Então ele mostrou um verso, e eu estava tipo, ‘Uau, isso é ótimo."
"Tem um som matador no solo. É apenas um slide velho e a Goldtop afinada."
So, What Would I Do
"Esta foi uma coisa estranha. Eu sempre ouvi sons instrumentais, você sabe, aquela canção de Cornell Dupree. Eu não tinha ideia que era uma música do Ray Charles. Eu acho que eu poderia ter pensado:" Sim, isso soa um pouco como Ray," mas eu não sabia.
"Então, o que eu fiz? Comecei a escrever letras para ela como um tributo a Cornell Dupree, e depois eu descobri que a música do Ray Charles já tinha letra. Fiquei com minhas letras e decidiu torná-la uma homenagem a ambos. A minha chama-se: So, What Would I Do, e a deles é: What Would I Do Without You. É apenas um pequeno passo. Você não pode saber tudo, certo?
"Queria a música no meio do álbum, mas Kevin colocou por último. Funcionou…"
Fonte: Music Radar
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