Lobão: "todo roqueiro é conservador", diz o músico
Por Bruce William
Fonte: O Globo
Postado em 26 de novembro de 2015
Em matéria do O Globo, onde fala sobre seu novo disco, "O rigor e a misericórdia", agendado para sair em dezembro e gravado inteiramente em casa, via financiamento coletivo, Lobão dispara: "todo roqueiro é conservador".
"Você quer o som de válvula, você quer aquela guitarra de 1954, é a nostalgia da modernidade da qual eu tenho falado há um tempo. O que aconteceu na nossa época foi que, quanto melhor é o som digital, mais parecido ele é com o analógico. É uma metáfora do conservadorismo, é preciso reter valores para evoluir — elucubra. — Você vê, os países mais loucos, mais de vanguarda, são todos monarquistas. Na Inglaterra tem os Beatles, tem o Radiohead, mesmo que eles sejam contra aquilo. A vanguarda brasileira ficou parada na estética modernista de 1922. Você tem o cabelo do Arnaldo Antunes, a Adriana Varejão, os caras enfiando o dedo no cu. É tão velho você querer fazer suruba nos anos 2015!"
Depois ele comenta sobre seu momento pessoal: "A partir do momento em que comecei a escrever livros, melhorei como pessoa, como letrista. Sou um homem maduro hoje em dia, completamente desarmado de maneirismos. Não sou mais aquele Lobão muito louco. Eu não era aquilo. Hoje eu estou com senso de proporção, de respiração, de variedade... Transformo a raiva em algo positivo. A raiva é bem-vinda na medida em que não me destrói — discursa ele, que continua a correr pelo Brasil com seu espetáculo acústico, apesar das dificuldades de conseguir datas em algumas cidades. — Todo mundo vai com os livros aos meus shows. Não tem relação mais íntima de um artista brasileiro com seu público do que a minha. O livro não me deixa calar".
Leia o texto completo no link abaixo.
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