Lobão: música de teor político desgasta a obra e fica datada
Por Bruce William
Fonte: Rock em Geral
Postado em 23 de dezembro de 2015
Em entrevista ao Rock em Geral, Lobão fala sobre seu novo disco, "O Rigor e a Misericórdia", viabilizado via crowdfunding, onde ele gravou todos os instrumentos e se diz inspirado pelas bandas clássicas de rock dos anos setenta. Confira a interessante e longa matéria no link a seguir e mais abaixo alguns pequenos trechos:
http://www.rockemgeral.com.br/2015/12/22/a-hora-do-lobo/
"O Rigor e a Misericórdia" – o disco - tem um tom épico desde as músicas propriamente ditas até no jeito de você cantar. Era essa proposta desde o início?
Lobão: Sim! É um disco épico. Como afirmei no livro "Em Busca do Rigor e da Misericórdia": é o trabalho da minha vida e essa dramaticidade toda se refletiu inteiramente no resultado do trabalho. O disco tem um tom de libertação de ascese, de eternidade, de ligação profunda com o universo, de independência total e absoluta, de devolução cultural enquanto conceito artístico e, inevitavelmente, de um certo escárnio com aqueles que se arvoraram a me taxar de ex-músico, falido, decadente, etc.
O discurso político não é o tema em todas as músicas. O que mais te inspirou nessas novas canções? Aliás, quando elas foram compostas? Você foi gravando aos poucos e teve um período definido, mais recente?
Lobão: Eu me disciplinei muito quanto ao fator proporção. Música de teor político desgasta muito a obra e condena o material a datação inevitável. Por isso mesmo tentei abstrair ao máximo minhas "queixas" para que desse uma amplitude de vida sem risco de datamento para o disco. O que mais me inspirou foi toda a pressão que assolou a minha vida, o meu dia a dia nesse período. Foi uma espécie de compromisso comigo mesmo de transformar em beleza e potência toda a merda que estava passando. Uma devolução cultural e uma declaração explícita que nada poderá me reduzir ao diapasão da mediocridade reinante. Tudo para mim enquanto artista é combustível para a celebração da maravilha que é ser um parque de diversões de si mesmo. Nada pode me fazer tão livre: "O renegado assume as asas que aspirou e grita: aleluia!".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
Ramones e a complexidade técnica por trás da sua estética
O filme de terror preferido de 11 rockstars para você assistir no Halloween
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
A música do Trivium que mistura Sepultura, emo e melodic death metal
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
Soulfly: a chama ainda queima
Alcest - Discografia comentada
O hit dos Paralamas que é uma indireta de Herbert para sua ex Paula Toller
Humberto Gessinger explica a grande diferença entre Engenheiros e Renato Russo
Motivação: 10 músicas de metal que melhorarão sua auto-estima


Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
Lobão comenta sobre o "abuso de poder" na MPB
A inacreditável forma que Lobão soube da morte do presidente Tancredo Neves
Cazuza pode ser considerado gênio da música? Lobão opina
Quando Lobão reagiu a assalto doidão e entregou carro rosa de Cazuza a bandidos



