Kultist: confira o lyric video para "Black Swamp"
Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: Facebook
Postado em 22 de fevereiro de 2016
A banda KULTIST, formada por Ya Amaral (guitarra), Dan Pacheco (vocalista) e Caio Imperato (bateria), estreou essa semana o seu primeiro single, "Black Swamp". A produção da canção ficou por conta de Andre Kbelo , Jean Dolabella (ex-SEPULTURA), Isqueiro (téc. de som) do Family Mob Studios e Estevam Romera. O lyric vídeo foi criado por Alan Costa, da Arte Master.
Saibam mais abaixo sobre o conceito da canção.
"Ainda me recordo daquela noite, a noite em que me despedi de toda a minha sanidade. Deitei-me como uma outra noite qualquer, liguei o velho aparelho de TV para que seu ruido perdura-se até o momento de meu mergulho para voltar ao mundo onírico que sempre me recebia ao fechar os olhos. Assim foi, no momento em que minha consciência se distanciou do material e caiu profundamente para cantos inexplorados pela razão.
Havia algo diferente, cai de joelhos em uma pedra áspera, a dor era real, pude sentir a minha pele arder e o leve carinho que a gota de sangue fazia ao escorrer pela minha canela desnuda. Seria esse um sonho?
Estava em uma caverna, podia ver uma luz ao final e instintivamente, quase que inconscientemente meu corpo começou a buscar por ela. Ao longo do caminho percebi faces esculpidas nas paredes, todas com o pânico e o horror estampados nos semblantes levemente iluminados pela luz fraca.
Me aproximando, cada vez mais do fim de meu caminho, ouvi vozes, cânticos, em uníssono celebrando algo.
Quando finalmente atingi a luz, meu corpo congelou, minha mente se derreteu, toda a lembrança de quem um dia fui ou a esperança de quem poderia ter sido foram despeçados perante a visão de um ser horrível, um emaranhado gigantesco de carne, tentáculos e olhos, todos eles mirando para diferentes lugares ao mesmo tempo, flutuando a cima de uma montanha, aos seus pés, quatro figuras encapuzadas, com braços a mostra, alhos pendurados no pescoço e uma pintura de aspecto tribal negra cobrindo os olhos, adorando o demônio-Deus o qual não ouso repetir o nome nem mesmo em forma escrita. Os quatro olharam para mim, enquanto entoavam o seu cântico blasfêmico, um homem de olhos cor de esmeralda, ressaltados pelo negro da pintura de guerra, que vociferava profanidades a frente dos outros, outro de cabelos longos e desgrenhados, mais alto e mais forte batendo em um ritmo hipnotizante em crânios e pedras a sua frente, uma mulher esquia de voz grave e pele morena, com os olhos tomados por um sentimento confuso de ódio e paz, e um último, com o rosto completamente coberto pelo capuz, um homem sem rosto e sem voz, todos retiraram de dentro de suas mangas adagas prateadas e começaram, como se possuíssem uma única consciência, a andar em minha direção, cantando cada vez mais e mais alto e neste momento despertei com os joelhos em brasa, na minha mente, a única coisa que ecoa até hoje, é o cântico maléfico de adoração dos Kultistas"
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