Como Blaze Bayley lida com críticas sobre sua época no Iron Maiden
Por Bruce William
Fonte: Team Rock
Postado em 21 de abril de 2016
Muito se diz que a passagem de Blaze Bayley pelo Iron Maiden foi um desastre, que ele não era bom o suficiente para ocupar o cargo, não conseguia atingir as notas de Bruce, que os dois discos gravados com Blaze no vocal - "The X Factor" de 1995 e "Virtual XI" de 1998 - são os piores gravados pelo Maiden, e por aí afora.
Blaze convive com estas críticas desde o instante em que se juntou ao Iron Maiden, e desde então vêm lhe acompanhando, embora sua estratégia seja simplesmente ignorar. "Desde o início, por mais cretino que possa soar, eu só acredito nas resenhas positivas. Tudo que escrevem de negativo eu imagino que é um erro. Foi isto que fiz, e foi assim que sobrevivi", disse o vocalista.
Algo que não levam em consideração é que o Maiden vinha decaindo de produção nos anos que antecederam o ingresso de Blaze, algo que refletiu nos álbuns lançados anteriormente - "No Prayer For The Dying" de 1990 e "Fear Of The Dark" de 1992 já mostravam sinais de desgaste. "Não vamos esquecer que Bruce deixou a banda. Seu entusiasmo havia acabado, totalmente, ele não fazia mais as coisas com coração", relembra Blaze, que compreende as circunstâncias que levaram Bruce a sair - dentre elas, a exaustão física e mental após a maratona de onze meses de excursão da "World Slavery Tour" nos anos oitenta. "Aquela era uma turnê que eu sonharia em fazer, mas ela realmente desgastou Bruce".
Mas apesar de tudo, Bayley é extremamente grato pela saída de Dickinson, pela oportunidade que ela lhe propiciou. "Se juntar a esta lendária banda foi uma oportunidade incrível para mim". Outros vocalista haviam feito teste para a vaga, e para muitos, a escolha ideal recaía em Michael Kiske (Helloween). Mas como relembra Bayley: "Steve Harris ouviu algo em minha voz que lhe fez querer trabalhar comigo. Ele queria tentar uma sonoridade diferente".
Obviamente há um punhado de tristeza quando ele discute sua saída da banda, embora compreenda a lógica por trás dela. "Eles tinham que tomar uma decisão comercial. Trazer Bruce de volta era a coisa certa a fazer, veja o que fizeram desde então. Não tenho absolutamente nada a falar de mal dos caras". Mas na época Blaze ficou devastado, ele não contava com a possibilidade de Bruce retgornar. "Quando me contaram, eu tinha músicas prontas para o próximo disco".
Mas não foi ruim de tudo. Quando saiu, Blaze recebeu uma boa indenização. "Não posso reclamar", diz. Mas ele explica que gastou todo o dinheiro remontando sua carreira solo - constituindo uma banda, gravando discos sob o nome Blaze. E a longo prazo, ele acabou sucumbindo à depressão.
"No Iron Maiden, eu estava vivendo meu sonho. E quando o sonho acabou, não tive tempo para assimilar". Foi somente quando lançou seu terceiro álbum solo, "Blood & Belief", já em 2003 - quatro anos após deixar o Maiden - que todos os sentimentos foram sepultados. "Me vi uma situação desesperadora. Tudo veio à tona - a deceção e rejeição que eu senti, e entrei em uma forte depressão. Algumas das letras de 'Blood & Belief' são sobre minha condição mental. Me sentia um inútil, de verdade".
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