Machine Head: Nada é permanente, exceto a mudança
Por Mateus Ribeiro
Postado em 24 de janeiro de 2018
O MACHINE HEAD foi uma das bandas mais marcantes e inovadoras dos anos 90. Seu som agressivo, violento, e com letras ácidas, chamou a atenção da cena metal, que naquela altura, precisava de um fato novo.
E o debut "Burn My Eyes" foi uma novidade que chocou muita gente. Já o segundo disco, "The More Things Change", mostrou traços de modernidade em algumas passagens, mas nada que assustasse os fãs. O susto veio com "The Burning Red", onde a banda se aproximou (muito) do New Metal, o que fez muita gente torcer o nariz. "SuperCharger", apesar de ter seus bons momentos, é um dos piores lançamentos da banda. As coisas começaram a melhorar (e mudar muito) em "Through the Ashes of Empires".
A volta da pegada mais voltada ao Metal veio acompanhada de passagens um pouco mais melódicas, mas tudo um pouco "escondido" no meio de tanta porradaria e técnica. A melodia se escancarou no maravilhoso "The Blackening". A mistura de peso absurdo com melodias profundas se tornou a característica mais marante de uma banda que nunca teve medo de mudar, e que se desagradou a todos quando fez "pula pula" em "The Burning Red", agradou uma leva gigantesca quando decidiu mudar sua sonoridade em "The Blackening".
E de lá pra cá, todos os lançamentos da banda contam com essa marca. Nesse ponto, pode se afirmar sem medo de nada que o MACHINE HEAD amadureceu. Muito.
Tinha minhas dúvidas a banda chegou no ápice da sua evolução. Mas o lançamento de "Bastards" me mostrou que os caras estão longe de parar.
Uma canção forte, de sonoridade grudenta, e de uma maneira incrível, apesar de muito diferente de tudo o que a banda já fez, tem a cara do MACHINE HEAD. Por mais que a banda sempre tenha escrito letras fortes, engajadas, "Bastards" passa uma mensagem que tem tudo para se tornar o hino de uma geração. Independente da sua posição política, vale a pena refletir sobre as palavras do grande Robb Flynn.
Talvez uma das composições mais simples da banda, musicalmente falando, mas de longe, um dos momentos mais fortes e pesados, e talvez o mais maduro.
"Bastards" é um dos tantos símbolos da evolução de uma banda que não cansa de evoluir.Do peso absurdo de "Burn My Eyes" até a mensagem engajada e emocionante de "Bastards", Robb Flynn e seus companheiros fizeram a alegria e a tristeza de muita gente. Da porrada inconsequente e moderna "Ten Ton Hammer" até a viajante e reflexiva "Halo", a banda sempre fez o que quis. E da melhor maneira possível. Até quando pisou na bola, fez coisa boa, como é o caso da música "From This Day".
Já disse Heráclito que "Nada é permanente, exceto a mudança." O MACHINE HEAD está aí pra provar isso. E provou da melhor maneira possível com "Bastards".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
O músico a quem Eric Clapton devia desculpas e foi ao show para fazer as pazes
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
Rodrigo Oliveira explica por que não passou nos testes para o Angra nem para o Sepultura
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
O maior baixista de todos os tempos, segundo o lendário produtor Rick Rubin
O esporro de Dave Murray que foi fundamental para o Iron Maiden seguir em frente
O hit furioso do rock nacional criado após apoio de Roberto Carlos a censura de filme


Os 50 melhores discos de 2025, de acordo com a Metal Hammer
Robb Flynn quer que despedida do Machine Head seja tão grandiosa quanto final de Stranger Things
Machine Head fará shows na Austália como um trio
Cinco músicas totalmente excelentes lançadas em 2025
Dez clássicos que são faixas de álbuns terríveis, em lista da Metal Hammer
A caótica primeira vez que o Machine Head tocou "Davidian" ao vivo



