Kiko Loureiro: como ele conseguiu o posto de guitarrista no Megadeth
Por Bruce William
Fonte: Blabbermouth
Postado em 13 de dezembro de 2018
Durante papo com o BackStage360, Kiko Loureiro relembrou como ele acabou sendo chamado para tocar no Megadeth.
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"O Angra ganhou um Disco de Ouro no Brasil e lançamos o álbum na Europa em 1994 e ele fez muito sucesso - digo, para uma pequena banda do Brasil, pois praticamente nenhuma outra do país havia conseguido isto. E começamos a excursionar pela América do Sul também, e a banda estava crescendo, e tivemos mudanças na formação nos anos noventa e dois mil. Gravamos muitos discos e eu adquiri uma certa experiência em excursionar e gravar. E fui pra Califórnia em 2012 e algo tipo dois anos depois recebi um email do Ellefson (David, baixista do Megadeth). Na verdade eu havia tocado com ele em uma espécie de Metal All Stars realizado em São Paulo, e ele pegou meu contato, daí seis meses mais tarde ele me disse que Dave Mustaine iria entrar em contato comigo, daí fui pro Tennessee, Nashville, para encontrar Mustaine. Passamos o dia juntos e dois dias mais tarde eu estava no Megadeth".
Em outra entrevista de 2015 ao Diário de Pernambuco, Kiko explicou, em português, como tudo aconteceu: "Tive um contato com o David Ellefson. Depois o Dave Mustaine ligou para mim. Meio assim sem saber o que estava rolando, só estava conversando com eles por email e telefone. Falei bastante com o Ellefson pelo telefone, ele contando como era o lance. Porque, até então, eu não sabia direito como era o lance da escolha, não sabia se eles tinham vários guitarristas, se eu era um dos finalistas. Enfim, como é que era o negócio. Aí, eu fiz vídeos. Eles não pediram exatamente, mas comentaram que seria legal se eu fizesse vídeos. Então, eu fiz, para eles verem eu tocando as músicas do Megadeth mesmo. Porque, hoje em dia, você entra no YouTube e pode ver, facilmente, como eu toco. Então, não tem esse lance de fazer um teste mesmo. Eles já sabiam do meu estilo, coletaram informações - só depois fiquei sabendo que eles coletaram informações com managers, outros músicos perto deles, sobre mim. Mas, sei lá, como exatamente de onde surgiu a escolha deles. Depois, já fechei o esquema, eles mostraram como ia ser o contrato. E foi tudo muito rápido. Eles anunciaram meu nome, fui para lá, fiquei um mês e meio em estúdio, já me enturmando. Eu gravei as guitarras em duas semanas, mas fiquei basicamente mais um mês me enturmando, aprendendo as músicas - as composições já estavam feitas - e fazendo amizade com o Chris Adler, o batera que também entrou, os produtores, a família do Dave Mustaine - a filha, a mulher, que conheci. Então, foi tudo muito rápido, em um mês e meio eu me enturmei e gravei o disco."
Já Mustaine deu uma declaração curiosa em 2016 ao The Register-Guard: "O nome do Kiko apareceu. Quando o vi, disse 'wow, um cara bonito, vamos ver como ele toca'. Ele tocou e o achei muito bom. O último passo foi juntá-lo com a banda e ter certeza daquilo. Ele veio e foi muito legal. Então, percebemos que ele era o cara".
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