Red Land Festival: as águas lamacentas do Blues invadiram Londrina
Por João Fortes
Fonte: Press Release
Postado em 13 de dezembro de 2018
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Fotos: Victor Pedrassoni
As águas lamacentas do Blues invadiram Londrina no último fim de semana...E formaram uma pigmentação nova, em mistura com a cor vermelha da terra do Norte do Estado do Paraná.
A terceira edição do Red Land Festival trouxe referências seculares da música nascida no Delta do Mississipi, que foram sopradas por dezenas de artistas inovadores, de três pontos do globo.
Cada um com uma nuance diferente e algo de arrojado, passeando pelo rock, groove, soul, folk e, claro, diversas vertente do blues.
Do berço de tudo isso, uma Diva do Blues do Mississipi incendiou a noite de sexta-feira no Menina Bar. Talvez nem precisasse de microfone, tamanha é a voz de JJ Thames!
Um show sempre em crescente, em direção a um ápice e com a presença de palco de uma artista incomparável.
Entre a banda que a acompanhava, era possível notar a energia e vibração gerada pelo "efeito JJ". O grupo era formado por Sara Secco Delallo (baixo), Wellington Souza (bateria), Luke de Held (guitarra) e Calebe Leal (teclado).
O show ainda contou com um aperitivo do que seria o grande destaque da noite seguinte. Ian Siegal subiu ao palco de JJ para uma saborosa jam session.
No sábado foi a vez dele agraciar os ouvidos londrinenses com um show icônico.
Siegal é da "Terra da Rainha", mas tem a musicalidade de Muddy Waters correndo pelas veias. Discreto nos bastidores, o músico cresce e vira um monstro sobre o palco.
Exímio cantor e guitarrista, ele traz a essência do bluesman tradicional, mas sem deixar levar-se pelo "mais do mesmo", trazendo ares de contemporaneidade para o blues.
O britânico estava muito bem acompanhado pelo mestre Alamo Leal, que pode ser considerado metade carioca e metade londrino e traz uma malandragem sonora única, em cada uma das seis cordas ELETRIZADAS.
O show também contou com a cozinha precisa de Sara e Wellington.
Representando o que o Brasil tem de melhor no Blues, o gaúcho Fernando Noronha foi outro músico célebre a dar as caras no festival. Ele era o convidado de honra do londrinense Luke de Held. Os dois se apresentaram antes do show de Ian Siegal, junto com o baterista Bruno Cotrim e novamente Sara no baixo.
A camaradagem entre Luke e Fernando ficou clara no palco. Com um repertório de blues e rock, era evidente a diversão dos músicos em tocar juntos. Uma alegria transmitida e que contagiou o público. A apresentação ainda teve as participações especiais dos guitarristas Vitor Struck e Elieser Botelho Junior.
Fernando Noronha ainda voltou ao palco depois para uma participação com Ian Siegal. Um encontro memorável.
Durante o 3º Red Land Festival não foram apenas o gringos que impressionaram os artistas locais. O contrário aconteceu e foi bem perceptível durante as apresentações e em meio ao bate papo entre os músicos.
A começar pela primeira atração do festival, na sexta. Matheus Mendes & Blues Shock chegaram impondo respeito, com seu figurino vintage. Assim como o visual, um show executado de forma impecável por uma banda que parecia ter acabado de chegar de New Orleans. A apresentação contou com Matheus Mendes na guitarra e vocal, Carlos Alberto Kaká (bateria), Eliasafe Souza (teclados) e Celso Rodolph (baixo). O show também teve participação especial do trompetista Reinaldo Resquetti Neto.
O Diogo Morgado Quartet também subiu ao palco para impressionar. O grupo foi o segundo a se apresentar na sexta-feira e trouxe sua mistura de blues, com groove, funk, rock e outros estilos, renovando os ares e proporcionando boas vibrações ao festival. Além de Diogo Morgado na guitarra e vocal a banda tem Guilherme Paiva no baixo, Vinícius Lordelos na bateria e Denis Menezes no teclado.
Na abertura da noite de sábado, quem mostrou a força do blues londrinense foi Tiago Galelli & The Buskers. Um grande artista, acompanhando de dois grandes instrumentistas: o mestre Wellington Souza na bateria e Guilherme Paiva no Baixo.
Um Texas Blues "nervoso", afiado e cheio de atitude. E para abrilhantar ainda mais o som, a participação especial do maringaense Luciano Blues, detonando na gaita.
A presença de grandes músicos, as jams, a variedade de sons e suas misturas, o ambiente intimista para shows do Menina Bar... Estes e outros elementos fizeram do 3º Red Land Festival um evento marcante para a cidade de Londrina, mas também para o circuito brasileiro do blues.
Que venha a quarta edição!
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