Foo Fighters: Dave Grohl não acreditou quando tocou depois do Metallica
Por Igor Miranda
Fonte: Kerrang!
Postado em 26 de junho de 2019
O vocalista e guitarrista Dave Grohl relembrou, em entrevista à "Kerrang!", de quando o Foo Fighters tocou depois do Metallica. Segundo Grohl, fazer um show após o quarteto de thrash metal é uma péssima ideia, mas a apresentação correu bem.
O show em questão foi o Live Earth, em 2007. "A primeira vez que tocamos no estádio de Wembley foi no Live Earth, em 2007. Estavam o Metallica, Madonna, Beastie Boys, Genesis, Red Hot Chili Peppers, a p*rra das Pussycat Dolls... eram todos esses nomes gigantescos e... a gente. Então, pensei que o line-up seria por ordem de popularidade, com a gente no começo e a Madonna lá no fim", afirmou.
Para a surpresa de Dave Grohl, o Foo Fighters esteve entre os principais nomes do evento. "Olhei para o cronograma e estávamos na p*rra das 21h ou algo assim, logo antes da Madonna e depois de Metallica, Chili Peppers, Genesis e Beastie Boys. Pensei: que p*rra é essa? O que nós vamos fazer? Não podemos tocar depois do Metallica. Isso é insano, a pior ideia da história!", contou.
Apesar da reação de Dave Grohl, o show rolou normalmente. "Foi tão bom que eu brinquei: 'vamos voltar no próximo verão fazendo dois shows solo aqui'. Eu estava brincando, mas aí recebemos uma ligação seis ou sete meses depois: 'ei, vocês realmente querem vir ao Wembley?'", afirmou.
Os shows como atração principal no Wembley aconteceram em 2008. "Foi incrível, porque ninguém de nós imaginou que poderia estar ali. Tivemos esse momento mais do que algumas vezes: a primeira vez como headliner do Reading, a primeira vez que tocamos no Wembley, o show no Glastonbury. Há esses momentos em que você pensa: 'isso começou com uma p*rra de uma fita demo'", disse.
Grohl, então, compartilhou um pensamento pessoal que vem à sua mente sempre que sua mãe comparece aos shows do Foo Fighters. "Eu olho para a minha mãe do lado do palco e penso que, hoje à noite, minha banda está recebendo mais em um dia do que ela já ganhou em seus 35 anos de professora de escola pública, onde trabalhava 70 horas por semana. Ela é uma santa, uma guerreira e eu penso: 'meu Deus, eu só preciso berrar no microfone por 1 hora e 45 minutos'. É insano. Não faz sentido. Eu aceito, não estou reclamando, mas há esses momentos em que eu não consigo acreditar. Eu sei que vendi minha alma para o diabo, só torço para que ele espere um pouco antes de me levar", afirmou.
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