Power metal: entrevista com Bill Hudson, do NorthTale
Por Mário Pescada
Fonte: 80 Minutos
Postado em 09 de dezembro de 2019
Bill Hudson é um guitarrista de metal brasileiro-americano, que tem trabalhos com diversas bandas: JON OLIVA'S PAIN, U.D.O., I AM MORBID, CIRCLE II CIRCLE e muitas outras. Atualmente, se dedica a sua própria banda, a NORTHTALE, que pratica o que podemos chamar de power metal clássico.
A banda, que é formada por Bill (guitarra), Christian Eriksson (vocais), Mikael Planefeldt (baixo), Jimmy Pitts (teclado) e Patrick Johansson (bateria), lançou pela gravadora Nuclear Blast seu disco de estreia, "Welcome to Paradise" (2019), que pode ser encontrado no Brasil graças a Shinigami Records.
Para divulgação do material, Bill concedeu uma entrevista exclusiva ao site brasileiro 80 Minutos onde contou detalhes do disco, suas influências e sua passagem por outras bandas.
A entrevista foi conduzida e traduzida por André Luiz Paiz (ALP).
ALP: Olá Bill, bem-vindo ao 80 Minutos. Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo álbum "Welcome To Paradise" (2019). Para mim, trata-se de um dos melhores álbuns de power metal do ano!
BH: Muito, muito obrigado pelas suas palavras. Nós trabalhamos muito neste disco e ele tem muitas músicas importantes para mim. Para todos nós da banda na verdade. E quando alguém o classifica como um dos melhores do ano nós ficamos muito felizes. Obrigado!
ALP: Vamos falar um pouco sobre a formação da banda. Você estava tocando com o U.D.O. enquanto o NORTHTALE era apenas um projeto paralelo. Agora, as coisas mudaram, certo? Esta é a sua única e principal banda agora?
BH: É difícil dizer se é ou será a minha única banda, mas é a única banda que eu componho, sou líder e tomo decisões. Em todos os outros casos eu sou empregado e toco o que me pedem para tocar. A ideia é focar as minhas energias no NORTHTALE enquanto eu puder, pois realmente é o projeto da minha vida.
ALP: Achei a escolha de Christian Eriksson bastante acertada para os vocais. Isso sem falar no excelente baterista Patrick Johansson. Como você chegou até esta formação e também aos músicos Mikael Planefeldt (baixo) e Jimmy Pitts (teclados)?
BH: Eu já tinha as músicas, duas delas: "Shape Your Reality" e "If Angels Are Real". Eu as tinha composto para o que na época era pra ser um projeto solo. Eu testei muitos vocalistas, da Alemanha, do Brasil, dos Estados Unidos, e eu não achava o cara certo. Eu já tinha muita experiência trabalhando com alguns dos melhores vocalistas do mundo, mas para o som que eu estava fazendo ainda não tinha achado o cara certo. Foi aí que eu ouvi o TWILIGHT FORCE. Um amigo me mostrou a banda na Suécia e eu pensei: "nossa, esse vocalista seria o cara ideal para o meu projeto". Claro que na época o TWILIGHT FORCE estava muito ocupado e não foi possível. Eu entrei em contato com o Christian pelo Facebook e começamos a conversar, e eu disse a ele que, se ele tivesse tempo, gostaria que ele cantasse em umas músicas que eu tinha e que iria lançar como um disco solo. Ele gostou das músicas mas não quis gravar, pois estava muito ocupado. Uma vez que ele saiu da banda eu o contatei novamente e aí ele estava disponível. Ficamos amigos neste período. Quando passei pela cidade dele com o U.D.O. a gente ficou amigo, passamos o dia juntos, falamos bastante de música e descobrimos que tínhamos muitas afinidades. Quando ele ficou disponível, trouxe o Patrick com ele. Eu já o conhecia há uns dez anos e falamos de tocar junto apesar de nunca tinha surgido oportunidade. Então fez sentido que tudo se tornasse uma banda.
BH: O Christian também trouxe o Mikael Planefeldt com ele, pois estudaram juntos no início dos anos 2000. E eu já tinha trabalhado com o Jimmy Pitts na banda solo de Vitalij Kuprij, tecladista do TRANS-SIBERIAN ORCHESTRA. E é isso, e eu acho que são os caras certos e que essa é a formação certa.
ALP: Um fator interessante de "Welcome To Paradise" é que, mesmo contando com um número grande de faixas – são treze no total –, o álbum não oscila em nenhum momento. Você pode nos falar um pouco sobre o processo de composição? Todas as faixas foram compostas para o álbum?
BH: Bom, a ideia inicial era realmente ter sido um disco solo. Mas, depois que eu tive a formação da banda e com todos a bordo, o projeto se tornou banda. Neste momento eu já tinha uma terceira música, a "Time To Rise". Depois da banda, tudo foi feito pensando no primeiro álbum. A exceção é a faixa "Follow Me", que é uma música que eu já tinha há uns dez anos e até tinha sido utilizada em outra banda. Depois só mudamos algumas coisas nela. Mas o grosso do material foi composto para o álbum mesmo. Algumas músicas são do Christian, como "Welcome To Paradise", "The Rhythm of Life e "Even When". São músicas dele, que ele trouxe, e eu compus o restante.
Para ler o restante da entrevista, acesse o site do 80 Minutos
https://80minutos.com.br/interview/55
Para adquirir o disco "Welcome to Paradise" (2019), acesse o site da Shinigami Records.
Confira o vídeo-clipe para a faixa "Everyone's A Star"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
A pior música do pior disco do Kiss, segundo o Heavy Consequence
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
Janela de transferências do metal: A epopeia do Trivium em busca de um novo baterista
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
O disco de prog que Ian Anderson disse que ninguém igualou; "único e original"
Provando ser beatlemaníaco, Mark Knopfler elege música obscura dos Beatles como favorita
Geezer Butler aponta o motivo e o momento em que o Black Sabbath começou a dar errado
A hipocrisia de Renato Russo ao praticar hábito que o levou a demitir guitarrista da Legião


A sincera opinião de Bill Hudson sobre como foi trabalhar com Doro Pesch
Gravadora queria que Bill Hudson usasse seu nome de batismo, mas ele não quis



