Por que Kiko Loureiro evita falar sobre o novo álbum do Megadeth
Por Igor Miranda
Postado em 04 de outubro de 2020
Os fãs de Megadeth já sabem que podem esperar várias entrevistas de seus integrantes veteranos, o vocalista e guitarrista Dave Mustaine e o baixista David Ellefson, contando detalhes de seus álbuns antes de serem lançados. Eles, inclusive, já estão fazendo isso com o próximo disco, que deve sair em 2021 mas o guitarrista Kiko Loureiro adota um perfil mais moderado nesse sentido.
Por que o brasileiro não fala muito sobre os próximos passos do Megadeth em entrevistas? Em bate-papo exclusivo com a Guitarload, ele comentou que prefere evitar spoilers de todos os seus trabalhos, não só com a banda americana, justamente para não tentar substituir, com palavras, o que a música deve fazer por si só.
Igor Miranda / Guitarload: Sobre o novo álbum do Megadeth... seus parceiros estão falando tanto desse novo disco, comentando que vai ser muito progressivo e com vários riffs complexos, que eu não poderia evitar de te perguntar como está o trabalho e qual é a ideia em torno dele.
Kiko Loureiro: "A pandemia complicou a questão logística, de agenda e tudo mais. Estamos tentando solucionar essa questão. É um álbum próprio do Megadeth, com ideias bem legais. É isso que posso falar. Não sei muito. Além disso, eu evito falar muito sobre meus trabalhos antes, porque a música precisa falar por si só. A pessoa ouve o resultado final e a gente até mostra um pouco durante a gravação, mas sem falar tanto. Sou mais da velha guarda nesse sentido. Do 'Open Source' (novo álbum solo de Kiko Loureiro), quero fazer vídeo mostrando como toca as músicas e tudo o mais, mas agora eu quero que as pessoas ouçam, curtam e peguem profundidade, do jeito delas. Antigamente, eu não via os caras tocando as músicas no YouTube, só imaginava. É a mesma coisa com o Megadeth. As ideias estão legais, mas é legal a galera ouvir quando estiver pronto. Depois de lançado, a gente conta como foi, fala como nasceu, como foi o processo."
O Ellefson já é totalmente de outra vertente, porque toda semana tem uma entrevista dele dando um spoiler diferente, mas é até legal porque cria essa expectativa também. É até uma forma de marketing.
Kiko: "É, porque aí eles falam 'tá do c***lho o disco!', então eu posso falar também: 'os ritmos são f**a, tá do c***lho o disco, vocês vão ver, vai ser um dos melhores discos do Megadeth' (risos). Cria uma expectativa. Eu já evito. Com o 'Open Source', achava que estava legal, aí o Bruno (Valverde, baterista) e o Felipe (Andreoli, baixista) diziam: 'tá legal pra c***lho'. A galera vai falar que está legal quando ouvir. Eu, é claro, vou achar que está ótimo. São minhas melhores ideias, foi o melhor que eu fiz e estou feliz comigo mesmo. Até ouço vários defeitos, mas não é defeito - se a galera está gostando, não é defeito.
A entrevista completa com Kiko Loureiro pode ser lida no site da Guitarload. A edição da revista online segue disponível para acesso de forma gratuita, mas por tempo limitado.
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