Krisiun: material novo em 2021, o aval de Bill Ward e a retomada das atividades
Por Frederico Borges
Fonte: Goblin TV
Postado em 24 de novembro de 2020
Após 30 anos na estrada, o Krisiun se encontra em uma das melhores fases de sua carreira e segue desfrutando da ótima repercussão do álbum Scourge of the Enthroned, lançado em 2018. Assim como todo artista e profissional do setor cultural, no entanto, a banda de death metal foi impactada pelos efeitos da pandemia.
Em entrevista ao canal Goblin TV, o baterista Max Kolesne expõe os motivos de optarem por fazer um show com plateia, após meses de quarentena, como um primeiro passo na retomada das atividades – o evento aconteceria em São Paulo, no último dia 8 de novembro, e, embora objeto de polêmica, seguiria todas as normas e recomendações sanitárias.
À Goblin TV, o músico também anuncia planos para um novo álbum em 2021, filosofa sobre a verdadeira essência do metal, relembra a amizade com os caras do Cannibal Corpse e revisita momentos marcantes de sua carreira, como quando o Krisiun recebeu a chancela de ninguém menos que Bill Ward. Confira, a seguir, a transcrição de alguns trechos e, mais abaixo, a entrevista completa:
Receptividade do Scourge of the Enthroned
"Não é fácil você, depois de 11 discos, lançar um play que, digamos assim, na opinião dos fãs mais exigentes, chegue junto com os três primeiros ou com aqueles discos que são considerados os clássicos pelos fãs mais radicais, mais exigentes. Por incrível que pareça, a gente tem recebido críticas bem positivas".
Álbum novo em 2021
"A gente pretende gravar no ano que vem. Já estamos com a cabeça nas músicas novas. (...) Acredito que em breve a gente comece a juntar as ideias, a gente se junta no estúdio e vai encaixando, vai botando em prática e construindo a música, juntando os riffs, a bateria, os vocais. É mais ou menos assim que a gente constrói a música, em cima das ideias iniciais".
Show em São Paulo x Quarentena
"A gente topou, porque eu acho que é muito importante dar esse primeiro passo, para ver como vão funcionar as coisas. (...) Porque, pelo que eu estou vendo, está tudo funcionando. As empresas, os supermercados, os shopping centers, as praias, busão lotado, trem lotado. (...) A gente está dando um passo, está dando a cara pra bater".
A chancela de Bill Ward
"Ele citou o Krisiun, o disco Southern Storm. Ele colocou o disco nos 10 discos favoritos de metal dele. Aí realmente foi algo que deu orgulho, cara. De ver o baterista original do Black Sabbath, o criador do metal, o monstro sagrado que é o Bill Ward. Um cara genial, musicalmente falando e historicamente falando também, dentro da música, do metal, citar o Krisiun".
Influências do Krisiun
"Eu acho que o que mais nos influencia e continua influenciando são as bandas antigas mesmo, cara. (...) O que forjou o Krisiun lá no Black Force Domain foi um apanhado de bandas, tipo Possessed, Slayer, Dark Angel, Morbid Angel, Sarcófago, Sepultura e por aí vai. E também as bandas criadoras do metal, Black Sabbath, Judas Priest, não é? A gente é headbanger, então se criou escutando todos esses clássicos aí e tudo isso influenciou a gente".
A evolução da banda
"Sempre vai ter pentagrama, cruz virada. Isso faz parte e sempre vai fazer parte. Mas é uma coisa, assim, sem exagerar. Sem ser aquela coisa que acaba ficando até meio teatral demais. E o Krisiun nunca foi uma banda teatral, sempre foi a parte musical acima de tudo. (...) O anticristianismo e o satanismo que a gente tinha no começo da banda, tem até hoje. Só que a gente tenta falar de uma forma um pouco mais realista".
Amizade com o Cannibal Corpse
"Lógico que tem aquelas bandas que a gente faz turnê juntos e acaba rolando uma amizade mesmo. Tipo os caras do Cannibal Corpse. O vocalista, o George Corpsegrinder, ele é super nosso amigo. Quando a gente faz tour, às vezes ele sai do ônibus do Cannibal, para ficar no ônibus com a gente, tomando umas e falando merda".
A cena brasileira atual
"Exterminate, Havok, Chaoslace... As bandas da cena, eu acompanho muito a cena underground aqui do Brasil. Estou sempre ligado nessas bandas. Eu acho legal que eles mantem aquela crueza, aquela raiz do death metal tradicional, brutal".
Alma como princípio do metal
"Não aquela coisa que o cara quer tocar um milhão de notas e mudanças de ritmo e aquela coisa que, às vezes, não tem alma. Parece que o cara está se exercitando no instrumento e esqueceu da alma. Eu acho que o princípio do metal, seja heavy metal, thrash metal, death metal, é a alma. O som tem que ter alma".
A entrevista completa:
Sobre a Goblin TV:
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