Live do Kiss pretende quebrar recordes do Guinness para "todo tipo de coisa"
Por Igor Miranda
Postado em 06 de dezembro de 2020
O vocalista e guitarrista Paul Stanley conversou com o youtuber Kyle Meredith sobre a livestream que o Kiss fará no último dia de 2020. O show será transmitido online diretamente de um resort em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com grande estrutura e ingressos à venda a partir de US$ 39 (cerca de R$ 200, na cotação atual e em transação direta).
Em outra entrevista, à Rolling Stone, Paul Stanley já havia revelado que, com a livestream, o Kiss tentaria entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, pelo maior uso de pirotecnia em uma performance musical. Agora, no bate-papo com Kyle Meredith, transcrito pelo Blabbermouth, o frontman da banda reforçou essa intenção e falou um pouco mais sobre o show.
"Será o maior show do Kiss, se é que você acredita nisso. Será uma transmissão para o mundo todo. Vamos quebrar recordes do Guinness para todos os tipos de coisas. Vamos tocar músicas que todos amam. A banda está em ótima forma e mais ansiosa com isso do que com todas as outras coisas que fizemos recentemente. Para isso, investimos um milhão de dólares em pirotecnia, o que é muito até para a gente. Mesmo se você não assistir o pay-per-view, vai ouvir a pirotecnia. Será uma noite para todos se lembrarem", afirmou.
Stanley destacou que todos sofreram com o ano de 2020, marcado pela pandemia do novo coronavírus. "O que isso fez com a economia, com a saúde das pessoas, com os entes queridos, com todas as partes da vida foi algo insuportável. Então, estamos no fim de 2020 e podemos celebrar por termos sobrevivido, ainda que não ilesos, e estamos empolgados pela luz no fim do túnel. Vemos uma vacina chegando, mas quero alertar a todos que ela ainda não chegou, então precisamos de prudência. Ainda assim, acho que é uma ótima ocasião para celebrarmos. Deus sabe que precisamos disso", declarou.
O músico reforçou que quem assiste a outros shows de música por aí, "basicamente está vendo um show do Kiss, pois o DNA do Kiss está em todos os shows". "Porém, ninguém faz melhor que nós. No meio da turnê 'End of the Road', falamos em subir alguns degraus e estamos conseguindo fazer isso com segurança. É o mais importante, pois com tudo que está acontecendo, segurança vem em primeiro lugar. As pessoas precisam perceber que com a Covid, você não sabe com o que está lidando. Estamos levando tudo a sério. Temos 500 funcionários montando tudo, três mil pessoas comparecendo em uma distância segura. A segurança é fundamental para nós", disse.
A entrevista pode ser conferida, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
A livestream do Kiss
Chamada "Kiss 2020 Goodbye", a livestream do Kiss será realizada no dia 31 de dezembro, com mais informações disponíveis no site do projeto. A exibição para o público do Brasil está marcada para 14h (horário de Brasília). Em outros países, foram estabelecidos horários distintos.
Na entrevista anterior, à Rolling Stone, o Kiss confirmou alguns detalhes técnicos sobre a live. Em um palco de 250 pés (cerca de 76 metros), o grupo acumulará uma estrutura de 50 câmeras 4K com opção de 360°, US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões, na cotação atual) em pirotecnia e outros recursos impressionantes. Fora o custo para garantir que ninguém seja infectado pelo novo coronavírus: serão investidos US$ 750 mil (R$ 4 milhões) em testes e medidas de proteção aos 400 funcionários que farão o show acontecer.
Gene Simmons, vocalista e baixista, garantiu que a estrutura convencional dos shows do Kiss será amplificada "entre 10 a 100 vezes" para a livestream. "Será como o feriado de 4 de julho. Você não quer o caos. Você quer as maiores explosões, mas não as piores, pois se as explosões de fogos acontecem por todo o lado, não dá para curtir o som ou cantar junto. Precisa ter coordenação", disse.
Dan Catullo, diretor do show e proprietário da empresa responsável pela produção, a Landmarks Live, afirmou que os altos custos da livestream serão parcialmente garantidos por patrocinadores. Catullo também revelou que precisou trazer 37 contêineres de equipamentos para shows em navios de carga para realizar a stream em Dubai, que não tem histórico de espetáculos desse tipo.
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